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Desigualdade Social E A Questaoo Da Religião

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Por:   •  11/10/2013  •  4.516 Palavras (19 Páginas)  •  258 Visualizações

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Curso Serviço

DESIGUALDADE SOCIAL E A QUESTÃO DA RELIGIÃO

RIO BRANCO-ACRE

DEZEMBRO/2008

Apresentação

Este presente trabalho tem como objetivo fazer uma breve análise como era feito a ajuda aos pobres antigamente e como é feito na atualidade através da religião, ou seja, como a religião se situa nessa questão, a desigualdade Social.

O fato de ajudar o próximo vem da antiguidade, vê-se que de uma forma ou de outra sempre estão tentando ajudar os pobres, porém com o passar dos séculos, essa pobreza que era pequena vem se tornando muito grande, essa questão tornou-se um assunto tão complexo, que várias Igrejas estão trabalhando em prol das desigualdades sociais. As Igrejas tomam medidas paliativas, mas é o que podem fazer, elas se baseiam pelo princípio bíblico que diz o “amor conduz a perfeição”.

Nesta apresentação contém algumas idéias que são mais aperfeiçoadas no desenvolvimento do trabalho.

As pessoas que vivem nessa situação pedem socorro, vamos fazer alguma coisa para mudar...

Antiguidade – interpretação do passado sobre a desigualdade social

O fato de ajudar o próximo, corrigir ou prevenir os males sociais, levar os homens a construir seu próprio bem-estar, existe desde o aparecimento dos seres humanos sobre a terra, podemos ver a evolução na passagem dos séculos.

Na antiguidade não podemos dizer que não existisse pobres e miseráveis, a pobreza era o estado daqueles que não contavam com o meio de subsistência ou porque eram velhos ou doentes ou porque não tinham arrimo para sustentá-los, como as viúvas e as crianças órfãs ou abandonadas. O sistema sócio-econômico, que eram os nômades semi-sedentário ou sedentário, baseado na pecuária e na agricultura da subsistência, oferecia trabalho para todos os membros da tribo ou clã. A miséria só aparecia em época de crise econômica causada pelas invasões, guerras, catástrofes, que destruindo cidades, habitações e lavouras, provocavam a falta de alimento e de trabalho.

A assistência aos pobres, aos velhos e aos abandonados, era feita através da família das tribos ou clãs, cada um tomava conta dos seus e o modo de assisti-los variava entre as tribos.

Nas sociedades místicas onde o sujeito se confunde com o objeto, num mundo essencialmente mágico, as causas encontram sentido no sagrado. Assim explicavam que a miséria, a doença, as enfermidades, as catástrofes são castigos dos deuses por falta da própria pessoa ou de seus pais. Para eles os fortes e bons eram bem sucedidos na vida, e os pecadores eram castigados com a pobreza e a doença.

Para os Judeus, Deus castigava duramente os que não observavam os preceitos da caridade. A caridade neste contexto se revestia de um conceito utilitário: “faça para que quando precisar encontre quem o ajude”

O cristianismo

O cristianismo transformou o conceito de caridade: todos os homens, de qualquer que seja a raça, são irmãos. Ser pobre ou doente não é castigo de Deus, e sim, pobreza, dificuldade na vida, é constituída por conseqüência da imprevidência individual ou das circunstâncias ; a pobreza e a doença são consideradas como provação, da qual se poderiam alcançar grandes merecimentos. Ajudar o pobre, recebê-lo é meritório, pois ele representa a própria pessoa do Salvador. A caridade constituía, assim, para quem a dispensava, um meio de alcançar méritos para a vida eterna, era uma virtude.

No primeiro século a igreja criou os diáconos, verdadeiros ministros de seus bens materiais, a quem competia recolher e distribuir os auxílios. Logo depois aproveitando a tradicional boa vontade e a dedicação das mulheres, instituiu as diaconisas, que deviam ser viúvas, piedosas e modestas, e cujas funções consistiam também em prestar socorro, visitar os enfermos e cuidar das crianças.

Durante toda a Idade Média, a Igreja manteve o privilégio da administração das obras de caridade. Eram nos mosteiros, ou junto a eles, que funcionavam dispensários, hospitais, leprosários, orfanatos e escolas.

As grandes ordens religiosas que, além de se dedicarem à vida contemplativa, se ocupavam igualmente da agricultura e subsidiariamente do ensino e de outras obras sociais mantidas à sombra dos conventos e mosteiros, mostravam-se insuficientemente para arcar com a responsabilidade de tão grandes tarefas. Nos séculos XIII e XIV, surgiram congregações religiosas dedicadas especialmente à assistência social, auxílios materiais, visitação domiciliar, assistência hospitalar. Por sua vez, as corporações de ofícios e as confrarias leigas instituíram vários sistemas de auxílios mútuos para seus membros.

A reforma protestante

Com a reforma protestante rompe-se a unidade religiosa, instaura-se a era da secularização, do humanismo e, mais tarde, do racionalismo. Nessa época rompe com as concepções fechadas do mundo e a ruptura dos mitos sobrenaturais e símbolos sagrados. Não se vê mais a pobreza como uma provação, mas pela sua extensão, como um fenômeno social normal, que o sistema societal do momento aceita, sem ter, no entanto, idéia de que pode ser prevenida ou eliminada. A pobreza é, assim, uma conseqüência das condições sociais e à sociedade cabe o dever de ajudar os pobres, que passam a ter direito a esta assistência.

Os senhores têm obrigação de distribuir esmolas, vestimentas, dinheiro e também conselhos e exortações. É estabelecida certa prioridade: os velhos, viúvas e os órfãos quando não possuíam familiares para assisti-los. Os desempregados são ajudados a encontrar trabalho. Os que têm boas condições de saúde e não trabalham ou não querem trabalhar, como os alcoólatras, as prostitutas, ladrões e viciados são considerados criminosos, merecem punição e são tratados com discriminação. Discriminação essa que vai perdurar até o começo do século XX.

Damas de caridade

São Vicente de Paulo (1581-1660), filho de uma família camponesa das

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