Determinação de pressupostos teóricos e metodológicos
Abstract: Determinação de pressupostos teóricos e metodológicos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucasreismassaro • 9/11/2014 • Abstract • 422 Palavras (2 Páginas) • 298 Visualizações
3. Definindo os pressupostos teórico-metodológicos
A EAD possui características diferenciadas do ensino presencial. Neste sentido, exige a utilização de estratégias pedagógicas e métodos diferenciados. Assim, fez-se a opção pela concepção problematizadora da educação, a qual compreende o homem como ser em constante busca, capaz de lidar a novas situações e de exercer sua autonomia, inserido num contexto social e cultural, no qual pode intervir e modificar.
Destaca-se a necessidade de resgatar aportes teóricos que privilegiam a construção ativa do conhecimento, a dialogicidade, a colaboração e autonomia para conceber um método diferenciado e adequado a EAD. Para definir os pressupostos metodológico partimos da idéias de Paulo Freire relacionadas a concepção do conhecimento como processo de busca e dos homens enquanto seres da busca, a partir da qual propõe-se uma metodologia baseada na educação problematizadora, pois segundo este educador ninguém educa ninguém e ninguém se educa sozinho, os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo. Assim, os educandos são investigadores críticos em diálogo com o educador e com outros educandos. E o papel do educador problematizador é proporcionar, com os educandos, as condições para a superação do conhecimento (FREIRE, 1987).
A educação problematizadora favorece o desenvolvimento de trabalhos colaborativos e permite o exercício da autonomia do aluno, pois o torna responsável pela construção do conhecimento para a configuração de propostas de solução.
A autonomia na relação pedagógica significa “reconhecer no outro sua capacidade de ser, de participar, de ter o que oferecer, de decidir, de não desqualificá-lo, pois, a educação é um ato de liberdade e de compartilhamento” (PRETI, s/d, p.6), o que implica em partir da compreensão do sujeito como ser capaz de gerir seu processo de aprendizado e responsável pela organização de seu estudo.
Partindo desta idéia, enfatizamos que a autonomia constituída no âmbito social facilita o desenvolvimento da colaboração, pois esta é fundada no diálogo e, assim como este, supõe a comunicação, configurando-se como um atuar junto para atingir metas comuns. Assim, os educandos consolidam um ambiente dialógico para superação dos problemas, enfatizando a participação ativa e a interação (CAMPOS et al, 2003).
Diante disso, o contexto e a interação social ganham relevância, convergindo para a perspectiva histórico-cultural, que destaca a importância da mediação e da interação social para a construção de Zonas de Desenvolvimento Potencial, descrita por Vygotsky (1994). Compreendendo a ZPDs como algo que o aluno ainda não consegue fazer sozinho, podemos pensar na metodologia problematizadora, como uma estratégia para a sua criação, pois se adianta ao desenvolvimento real, desafiando o sujeito a ampliar seus conhecimentos e superar-se para propor soluções criativas e eficientes.
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