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Durkheim

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Por:   •  30/3/2014  •  Seminário  •  657 Palavras (3 Páginas)  •  266 Visualizações

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A letra escarlate, é uma obra cinematográfica que retrata o cenário da colônia inglesa de Massachusetts, liderada por figuras puritanas masculinas e profundamente religiosas, que é abalada pela chegada da Sra. Hester Pryne e que através de sua trama nos permite realizar associações com as ideias do tão conhecido sociólogo Emile Durkheim.

Tudo se inicia a partir da chegada da Sra. Hester Pryne que tem por objetivo encontrar uma moradia para ela e seu marido o Sr. Roger que viria posteriormente. Contudo, já a primeira vista, é de certo modo constrangida pelos líderes patriarcais da cidade, que valorizam acima de tudo a ordem, a boa conduta e submissão das mulheres a seus maridos por motivo de suas vestes feitas com muita renda, sua notável resignação ao falar, e por ousar-se ao ponto de fazer negócios efetuando compra de escravos.

Ela tenta instalar-se na comunidade tomando parte de moralidade e ordenanças que esta sociedade compartilha, o que logo nos lembra a discussão de Durkheim a cerca de um dos principais componentes dos fatos sociais: os valores de uma sociedade. Durkheim apresenta os valores sociais e todo o conjunto de moralidade como os reguladores dos movimentos dos indivíduos, superiores aos mesmos, dotados de um poder de coerção que lhes impõem uma noção de dever, que regem as ações e permitem desta forma uma organização social equilibrada. Porém a tentativa da Sra Pryne de se estabelecer de acordo as normas de conduta que constrangem os moradores da comunidade é frustrada no momento em ela conhece o reverendo Arthur Dimmesdale e ambos se apaixonam, o que por motivo de ela ser casada e ele um ministro de Deus é um pecado hediondo.

Ambos conscientes das circunstâncias em que se encontravam e das consequências que a o ato de consolidarem sua paixão acarretaria tentam fugir de seus desejos, o que nos leva novamente a Durkheim quando explora a dualidade das das regras morais. Tais regras aparecem-nos como desejáveis, sabemos da importância de seu comprimento e de sua autoridade sobre nós, a desejamos como agradáveis, contudo seu comprimento se dá através de um grande esforço que nos arrasta para fora de nós mesmos e se difere das ações que praticaríamos se fossemos abandonados a nossa própria vontade.

A trama nos mostra que os dois personagens arrebatados por grande paixão não resistem ao desejo o que leva a gravides da Sra. Pryne. Esta por sua vez é interrogada a cerca da paternidade da criança, entretanto não revela-lhes o nome por saber da implicância que isso traria à fama do reverendo Dimmesdale. Hester é presa e após o nascimento de sua filha é exposta perante toda a comunidade e sentenciada a carregar costurada a seu vestido a letra A, como símbolo de sua vergonha, para que servisse de exemplo para as demais esposas e manutenção da ordem social. Isso vai de encontro ao que Durkheim salienta em seu discurso, dizendo que aquele que viola uma regra moral tropeçará nos outros indivíduos que por sua vez tentaram impedi-lo e restringir sua ação seja por meio de censura, risos ou violência.

Apesar de tudo Hester não anuncia publicamente seu arrependimento resistindo completamente às normas sociais impostas e dando continuidade à sua vida ao lado de sua filha, enfrentando com determinação a opressão por parte das outras pessoas e acima de tudo amando incondicionalmente seu amante secreto. Tudo isso mexe profundamente

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