ECONÔMIA E GESTÃO FARMACÊUTICA
Monografias: ECONÔMIA E GESTÃO FARMACÊUTICA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: trakelila • 16/3/2014 • 6.992 Palavras (28 Páginas) • 333 Visualizações
Farmácia na Pré-História
Desde o começo do recente passado da humanidade, a Farmácia tem sido parte do dia a dia da vida humana. Escavações datadas de mais de 30 mil anos atrás registram que pessoas do período pré-histórico colhiam plantas com propósitos medicinais. Os conhecimentos de cura foram adquiridos através de tentativas de erro e acerto e as doenças eram sempre atribuídas a fenômenos sobrenaturais
Quando os povos sedentários chegaram nos vales férteis adjacentes aos rios Nilo, Tigre e Eufrates, mudanças ocorreram gradualmente, influenciando os aspectos de cura. Enquanto estes povos foram ganhando o controle sobre a natureza através da agricultura, a crença de que doenças eram associadas a deuses e fenômenos sobrenaturais, ia desaparecendo. O maior avanço neste campo do conhecimento ocorreu quando o homem passou a ter tempo de observar seu próprio corpo e de comparar sua estrutura e funcionamento com os de outros animais. Algumas técnicas de dissecação e conservação do corpo além do uso racional de drogas surgiram aí. Estas evidências são encontradas nos registros de grandes civilizações como a Mesopotâmica e a Egípcia. Uma maior análise destes dados revela uma gradual separação entre a cura empírica, baseada em experiências, e a cura puramente espiritual
Galeno e a Evolução dos conhecimentos Anatômicos
As raízes das ciências médicas, no Ocidente, remetem à Grécia Antiga, onde se identifica a interação entre várias áreas do conhecimento, dentre elas a Medicina, a Farmácia e a Filosofia. Nesta época ainda existia um conceito confuso entre droga e pharmakon (fármaco). A tradição racional dentro das ciências médicas gregas, evidenciada em Homero (800 a.C.), foi refinada por Hipócrates de Cos (425 a.C.), que desenvolveu uma explicação racional para as doenças. Outros nomes se destacam nesta intersecção de conhecimentos como Teofrasto, Galeno e Dioscorides (4,5,7).
Dentre estes homens, cujos nomes são conhecidos nas áreas da Farmácia e Medicina, Galeno (130-200 d.C.), é o que mais se destaca. Praticou e ensinou Farmácia e Medicina em Roma e seus princípios na preparação de compostos foram utilizados no mundo Ocidental por 1.500 anos. Galeno aprofundou-se no saber anatômico adquirindo prestígio e autoridade. A dissecação do corpo humano era considerada ilegal, por isso, utilizava porcos e macacos-de-Gibraltar em suas demonstrações de anatomia e fisiologia. A primeira coisa que recomendava aos médicos era o profundo conhecimento da Anatomia, seguido da Filosofia. Combatia as doenças por meio de substâncias ou compostos que se opunham diretamente aos sinais e sintomas das enfermidades, sendo, portanto, precursor da alopatia. Descreveu detalhadamente: os ossos do crânio, o sistema muscular, a importância da medula espinhal para os movimentos, as válvulas do coração e o sistema nevoso simpático. Galeno contribuiu para a ciência médica e farmacêutica mais do que qualquer outro homem, pois seu nome ainda é associado à classe de farmacêuticos que produzem medicamentos por métodos mecânicos aplicados diretamente a ingredientes vegetais e animais, os Galênicos; e sua filosofia médica ainda persiste e constitui a base filosófica da medicina atual
A Taça de Higéia
O mais tradicional símbolo da profissão farmacêutica é a taça com a cobra nela enrolada.
Mas, o que significa isso e de onde vem este símbolo?
Este símbolo é a taça de Higéia.
Na mitologia grega Hígia era a filha de Esculápio. Era a deusa da saúde, limpeza (daí a raiz da palavra higiene) e da sanitariedade, e exercia uma importante parte no culto do pai. Enquanto seu pai era mais associado diretamente com a cura, ela era associada com a prevenção da doença e a continuação da boa saúde. Posteriormente, como Esculápio foi vinculado à medicina e então, Hygéia foi vinculada à farmácia.
A taça Higéia representa atualmente a moderna farmácia. E assim era para ser: diferentemente de outros deuses gregos, Higéia não era aversa ao trabalho, mas era cuidadosa e cooperava em fazê-lo com perfeição.
O símbolo é composto por duas partes: a cobra e a taça.
A cobra é denominada Serpente de Epidauro, um dos templos dedicado a Esculápio. Para as sociedades ocidentais e do oriente médio, a serpente simboliza a sabedoria, a imortalidade e a cura.
A taça é uma variante do símbolo da serpente, significando a cura por meio daquilo que se ingere, ou seja, pelos medicamentos.
Ensino de Farmácia se constitui num marco do setor no Brasil
A História da Farmácia no Brasil se inicia no século XVI, quando os primeiros registros históricos demonstram que nossos indígenas possuíam um vasto conhecimentos e tinham práticas semelhantes às da Antigüidade, com base no empirismo e na magia. Eles são os nossos primeiros profissionais de saúde, infelizmente dizimados pelos colonizadores portugueses.
Mais tarde, os próprios Jesuítas estabelecem as primeiras boticas nos acampamentos e instalam boticas nacionais nas proximidades dos conventos e colégios.
Mas é no século XVIII, através do Regimento de 1744, que se dá a legalização do profissional responsável técnico, com a afixação da Carta de Aprovação em local visível, são definidos os equipamentos mínimos, a fiscalização e as multas impostas aos que infrigiam as normas mínimas de exercício da profissão, que se constituem no embrião das legislações sanitária e profissional.
No início do século XIX, mais exatamente em 1808, com a chegada da Família Real ao Brasil, é criada a Botica Militar, em ato de D.João VI. Ela viria a se tornar o embrião do Laboratório Químico Farmacêutico do Exército. Em 1832, são criados os cursos de Farmácia ainda ligados às Escolas de Medicina do Rio de Janeiro e da Bahia. E em 1839 é Fundada a Escola de Farmácia de Ouro Preto, a primeira a se tornar autônoma em relação ao curso de Medicina.
O século XX chega com a fundação, em 1916, da Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF). Em seu Estatuto, entre outras finalidades, era priorizada a tarefa de ''promover como supremo escopo a fundação da Escola Superior de Farmácia''.
Em 1924, é elaborada por Rodolpho Albino Dias da Silva a Primeira Farmacopéia Brasileira e em 1947 dá-se a instalação da Faculdade de Farmácia da Universidade do Brasil (hoje UFRJ).
A criação
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