EIXOS DE ACESSIBILIDADE: CAMINHOS PEDAGÓGICOS RUMO À EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Casos: EIXOS DE ACESSIBILIDADE: CAMINHOS PEDAGÓGICOS RUMO À EDUCAÇÃO INCLUSIVA. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marina199 • 16/5/2014 • 2.531 Palavras (11 Páginas) • 481 Visualizações
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA – LICENCIATURA - EAD
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EIXOS DE ACESSIBILIDADE: CAMINHOS PEDAGÓGICOS RUMO À EDUCAÇÃO INCLUSIVA¹
INTRODUÇÃO
À luz dos constantes debates e questionamentos sobre a inclusão educacional este artigo objetiva realizar uma reflexão acerca dessa nova temática educacional, na busca de encontrar respostas quanto à importância da concretização dessa nova proposta de uma educação para todos.
É importante salientar que além de quebrar preconceitos e evitar segregações essa nova proposta de inclusão escolar pode e deve oferecer às crianças um ambiente escolar de qualidade, que valoriza e respeita as diferenças, sejam essas sociais, culturais, físicas ou mesmo emocionais e que possa atender de forma justa e igualitária as necessidades educacionais de todos os alunos.
Mas, essa compreensão de uma educação para todos tem que vir impulsionada por mudanças de atitudes, onde os educadores e sociedade passem a enxergar a escola como um lugar que respeita as diferenças. E para que essa política de educação inclusiva surta efeito há que se promover uma reforma efetiva do projeto pedagógico da escola, pautada no respeito pela diversidade e no direito a uma educação de qualidade, uma vez que, negar acesso a escola à criança portadora de deficiência é violar um fundamento constitucional preconizado na Constituição Federal de 1988.
Nessa perspectiva, pretende-se levantar uma reflexão sobre a importância da efetiva concretização dessa nova proposta de educação inclusiva sem segregações ou quaisquer outras formas de discriminações.
INCLUSÃO EDUCACIONAL
É notório que a educação contemporânea vive um desafio muito grande em se tratando do processo de inclusão educacional e que esse movimento além de contemplar ações sociais também agrega ações políticas, culturais, pedagógicas e éticas e onde a educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na idéia do respeito pelos direitos humanos.
Essa denominação de uma escola inclusiva e aberta para todos nasceu no ano de 1975 nos Estados Unidos através da Lei de nº. 94.142. No Brasil, além das inúmeras leis que garantem o direito de acesso a uma escola de ensino regular também firmou-se um termo de cooperação técnica com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para que mais ações surjam para respaldar e favorecer a perfeita implantação desse projeto (SÁ et al, 2008, p. 92).
Nesse sentido, começaremos por apresentar a definição do que sejam necessidades educativas especiais:
Partindo da premissa de que todos os alunos precisam ao longo da sua escolaridade, de diversas ajudas pedagógicas de tipo humano, técnico ou material, com o objetivo de assegurar a consecução dos fins gerais da educação, as necessidades educativas especiais são previstas para aqueles alunos que, para, além disso, e de forma complementar, possam necessitar de outros tipos de ajuda menos usuais. Dizer que um determinado aluno apresenta necessidades educativas especiais é uma forma de dizer que, para conseguir atingir os fins da educação, ele precisa usufruir de determinados serviços ou ajudas pedagógicas. Dessa forma, uma necessidade educativa define-se tendo em conta aquilo que é essencial para a consecução dos objetivos da educação (JIMENEZ citado por Silva et al, 2007, p. 8).
Ainda nos dizeres de Silva (2007) não basta entender que o aluno tem que ser incluso “porque esteve à margem da sociedade, não teve oportunidades de estudar no tempo ideal”, ou porque “apresenta um transtorno do desenvolvimento e que quanto mais estiver convivendo com a realidade maior será a possibilidade de um resgate de sua identidade”.
Á par dessas considerações premente se faz, para que se ofereça um ensino de qualidade para os portadores de necessidades educacionais especiais, que se modifique a forma de educar e ensinar, que haja uma mudança nas atitudes da comunidade escolar e da sociedade em geral, que se façam investimentos no intuito de se preparar de maneira adequada os educadores, prima-se também, pela necessidade de uma melhor estruturação nos métodos, técnicas e recursos para atender adequadamente esses alunos, que se faça uma “adaptação de currículos para atender às necessidades e especificidades dos alunos em classes regulares; e que haja um maior “envolvimento dos pais e pessoas da comunidade nesse processo” (SILVA et al, 2007, p. 8).
Nos dizeres de Werneck citado por Silva et al (2007) nessa proposta inclusiva,
A criança entrará na escola, na turma comum do ensino regular e lá ficará. Caberá à escola encontrar respostas educativas para as necessidades específicas de cada aluno, quaisquer que sejam elas. A inclusão não admite diversificação pela segregação. Tende para uma especialização do ensino para todos (SILVA, et al, 2007, p. 9).
Mas, para que a inclusão se concretize seguindo os ditames da igualdade, da dignidade, da cidadania e da justiça social é salutar que as crianças não sejam colocadas nas escolas regulares sem um apoio adequado, pois a ajuda de especialistas é muito importante para que o processo de inclusão alcance os fins pretendidos, dentre eles o de promover uma escola aberta para todos.
Nessa perspectiva Paulon et al (2007) aponta que a inclusão não pode ser uma preocupação apenas de uns poucos membros da sociedade, tem que ser dividida entre governantes, especialistas da educação e comunidade no geral, porque essa sociedade que demanda soluções para os problemas de sustentabilidade e de viabilidade, não é uma sociedade inclusiva. Diz que, os portadores de algum tipo de deficiência são “historicamente identificadas como páreas sociais em função de um conjunto de igualdades mais ou menos constantes que acabam por definir seu lugar na sociedade: lugar de exclusão”
Nesse contexto a escola também se vê inserida, pois como a sociedade, precisa lidar melhor com a diversidade das pessoas que ira atender.
Um público de “aprendizes da cidadania”, que, para exercê-la, querem mais que o mero direito de expressão. Mas também um público cheio
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