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ELTON MAYO

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Por:   •  9/6/2014  •  Bibliografia  •  1.825 Palavras (8 Páginas)  •  1.216 Visualizações

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ELTON MAYO

Elton Mayo era australiano e foi considerado o fundador do movimento das relações humanas, que se opôs aos princípios científicos do trabalho de Taylor. Nasceu em 1880 e faleceu em 1949, era formado em medicina na Universidade de Adelaide, trabalhou na África e lecionou na Universidade de Queensland. Na Austrália, estudou as sociedades aborígenes o que o tornou sensível às múltiplas dimensões da natureza humana. Durante e após a Primeira Guerra Mundial, trabalhou na análise psicológica de soldados em estado de choque. Em 1923 partiu para os Estados Unidos, e passou a lecionar nas Universidades de Pensilvânia e Harvard. Iniciou então pesquisas financiadas sobre as relações humanas nas fábricas, pela pesquisa desenvolvida em Hawthorne, começou a notar o lado desumano da produção em massa. Os conceitos clássicos de autoridade, hierarquia, racionalização, departamentalização e princípios gerais da administração passaram a ser contestados. O engenheiro cede o lugar ao psicológico e ou sociólogo assim como o Homoeconomicus, cede lugar ao Homo Social.

A Teoria das Relações Humanas surgiu como consequência imediata das conclusões obtidas na Experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e seus colaboradores. Foi basicamente um movimento de reação e de oposição à Teoria Clássica da administração. A Teoria Clássica desenvolvia uma nova filosofia empresarial, uma civilização industrial, na qual a tecnologia e o método de trabalho constituíam as mais importantes preocupações do administrador. A Teoria Clássica não foi questionada por nenhuma outra teoria administrativa importante durante as quatro primeiras décadas deste século, os seus princípios nem sempre foram pacificamente aceitos, principalmente pelos trabalhadores e sindicatos americanos. Os trabalhadores e os sindicatos passaram a visualizar e interpretar a Administração Cientifica como um meio sofisticado de exploração dos empregados a favor dos interesses patronais. A Teoria das Relações Humanas nasceu da necessidade de se corrigir a forte tendência à desumanização do trabalho surgida com a aplicação de métodos rigorosos, científicos e precisos, aos quais os trabalhadores deveriam se submeter.

O objetivo inicial em Hawthorne era estudar a fadiga, os acidentes, a rotação do pessoal e o efeito das condições físicas de trabalho sobre a produtividade dos empregados. Essa experiência foi também motivada por um fenômeno apresentado de forma severa à época na fábrica: conflitos entre empregados e empregadores, apatia, tédio, a alienação, o alcoolismo, dentre outros fatores que tornavam difícil a convivência no meio de trabalho. A experiência foi subdividida em quatro fases:

- Na primeira fase: pretendia confirmar a influência da iluminação sobre o desempenho dos operários. Para analisar o efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários, foram escolhidos dois grupos que faziam o mesmo trabalho e em condições idênticas: um grupo de observação trabalhava sobre intensidade de luz variável, enquanto o grupo de controle tinha intensidade constante. Os operários se julgavam na obrigação de produzir mais quando a intensidade de iluminação aumentava e, o contrario, quando diminuía. Nos resultados, os observadores não encontraram correlação direta entre as variáveis, não apresentando comprovação do objetivo inicial, e sim somente a preponderância do fator psicológico ao fisiológico.

- Na segunda fase: ocorreu o desenvolvimento dos seguintes campos: social, gerado pelo trabalho em equipe; e de liderança: gerado pelos objetivos comuns. As condições da sala experimental permitiam que se trabalhasse com liberdade e menor ansiedade: supervisão branda (sem temor ao supervisor, que passou a desempenhar o papel de orientador); ambiente amistoso e sem pressões, proporcionando um desenvolvimento social e a integração do grupo entre si. O grupo experimental tinha um supervisor, como no grupo de controle, além de um observador que permanecia na sala. Quanto aos objetivos era determinar o efeito de certas mudanças nas condições de trabalho (período de descanso, lanches, redução no horário de trabalho etc.). A pesquisa foi dividida em 12 etapas:

1ª Etapa - Duas semanas: Foi estabelecida a capacidade produtiva em condições normais de trabalho (2.400 unidades semanais por moça) que passou a ser comparada com os demais períodos.

2ª Etapa - Cinco semanas: O grupo experimental foi isolado na sala de provas, mantendo - se as condições e o horário de trabalhos normais e medindo se o ritmo de produção.

3ª Etapa: Modificou-se o sistema de pagamento.

4ª Etapa - Inicio da introdução de mudanças no trabalho: um intervalo de cinco minutos de descanso no período da manha e outro no período da tarde.

5ª Etapa: Os intervalos de descanso foram aumentados para dez minutos cada.

6ª Etapa: Introduziu três intervalos de cinco minutos na manha e três á tarde.

7ª Etapa: Voltou-se a dois intervalos de dez minutos, em cada período, servindo-se um lanche leve.

8ª Etapa: O grupo experimental passou a trabalhar até ás 16h30min e não até as 17 horas, como o grupo de controle.

9ª Etapa: O grupo passou a trabalhar até as 16 horas.

10ª Etapa: O grupo experimental voltou a trabalhar até ás 17 horas.

11ª Etapa: Estabeleceu – se a semana de cinco dias, com sábado livre.

12ª Etapa: Voltaram ás mesmas condições do 3° período, tirando- se todos os benefícios dados, com a aceitação das moças.

Com esses benefícios, os trabalhadores passaram a produzir mais e com maior satisfação Atentos à relação entre os funcionários, na terceira fase, a equipe realizou uma série de entrevistas para colher as opiniões, expectativas e sentimento perante às punições recebidas.

- Na terceira fase: O objetivo era desvendar os motivos que levavam os funcionários a adotar postura diferente nos seus departamentos e na sala de provas. Foi constatada a existência de uma organização informal de operários, em que existia lealdade e liderança de certos funcionários em relação ao grupo, com suas próprias regras de procedimento e que, em caso de contradições à vontade deste grupo, havia uma punição que não era formal, mas aplicada pelo grupo ao membro. A partir desta fase as pesquisas passaram a ter um enfoque nas relações humanas e não mais na parte cientifica.

Sobre os resultados houve grande aprovação, e em consequência

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