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ESTUDO DE CASE HIAE

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Por:   •  2/6/2014  •  1.855 Palavras (8 Páginas)  •  506 Visualizações

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ISCIPLINA: CULTURA BRASILEIRA I

DOCENTE: ANDRÉIA MARIA DA SILVA LOPES

MACUNAÍMA – O herói sem nenhum caráter

Ponto de contato entre a tradição e a modernidade – a obra traz inovações estéticas oferecidas pelas vanguardas europeias, antropofágica, mas não deixa de trazer a tradição folclórica, com a valorização de lendas, mitos e cantos nacionais.

Devoração antropofágica – objetivo de digerir os produtos culturais importados para explorá-los como matéria prima para uma nova síntese, direcionada contra o colonizador.

Valorização do primitivo – o primitivo é capaz de enfrentar as propagandas dependência e importações culturais

Obra universal – extrapola os limites territoriais, uma vez o herói Macunaíma “desgeograficaliza” o território nacional tornando-o, ao mesmo tempo singular e plural, nacional e universal.

A RAPSÓDIA BRASILEIRA

- Estrutura-se em 17 capítulos, divididos em três momentos:

- PRIMEIRO MOMENTO (4 capítulos iniciais) 1- Macunaíma, 2 - Maioridade, 3-Ci, Mãe do mato, e 4- Boiúna Luna – O nascimento do herói, a conquista e perda da Muiraquitã.

• Nascimento de Macunaíma

No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia, tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma (ANDRADE, Mário, 2008, p. 9).

• Moioridade – transformação em homem

Então pegou na gamela cheia de caldo envenenado de aipim e jogou a lavagem no piá. Macunaíma fastou sarapantado, mas só conseguiu livrar a cabeça, todo o resto do corpo se molhou. O herói deu um espirro e botou corpo. Foi desempenando crescendo

fortificando e ficou do tamanho dum home taludo. Porém a cabeça não molhada ficou pra sempre rombuda e com carinha enjoativa de piá (ANDRADE, Mário, 2008, p. 20).

Então o herói flechou a viada parida. Ela caiu esperneou um bocado e ficou rija estirada no chão. O herói cantou vitória. Chegou perto da viada olhou que mais olhou e deu um grito, desmaiando. Tinha sido uma peça do Anhanga... Não era viada não, era a própria mãe tapanhumas que Macunaíma flechara e estava morta ali, toda arranhada com os espinhos das titaras e mandacarus dó mato (ANDRADE, Mário, 2008, p. 21).

• Depois partem para o mundo

• Ci, Mãe do Mato

Era Ci, Mãe do Mato. Logo viu pelo peito destro seco dela, que a moça fazia parte dessa tribo de mulheres sozinhas parando lá nas praias da lagoa Espelho da Lua, coada pela Nhamundá. A cunha era linda com o corpo chupado pelos vícios, colorido com genipapo (ANDRADE, Mário, 2008, p. 23).

• Filho

Então chegou a Cobra Preta e tanto que chupou o único peito vivo de Ci que não deixou nem o apojo. E como Jiguê não conseguira moçar nenhuma das icamiabas o curumim sem ama chupou o peito da mãe no outro dia, chupou mais, deu um suspiro

envenenado e morreu (ANDRADE, Mário, 2008, p. 27).

• Ganha a Muiraquitã

Terminada a função a companheira de Macunaíma toda enfeitada ainda, tirou do colar uma muiraquitã famosa, deu-a pro companheiro e subiu pro céu por um cipó. É lá que Ci vive agora nos trinques passeando, liberta das formigas, toda enfeitada ainda, toda enfeitada de luz, virada numa estrela. É a Beta do Centauro (ANDRADE, Mário, 2008, p. 28).

• Perda da muiraquitã (Boiúna Luna):

SEGUNDO MOMENTO: 5- Piaimã, 6 A francesa e o gigante e 7-Macumba – Saga do herói para recuperar o talismã

• -Vai a São Paulo recuperar a Muiraquitã –

No outro dia Macunaíma pulou cedo na ubá e deu uma chegada até a foz do rio Negro pra deixar a consciência na ilha de Marapatá. Deixou-a bem na ponta dum mandacaru de dez metros, pra não ser comida pelas saúvas. Voltou pro lugar onde os manos esperavam e no pino do dia os três rumaram pra margem esquerda da Sol (ANDRADE, Mário, 2008, p. 38 - Piaimã).

• Transformação de Macunaíma

O herói depois de muitos gritos por causa do frio da água entrou na cova e se lavou inteirinho. Mas a água era encantada porque aquele buraco na lapa era marca do pezão do Sumé, do tempo em que andava pregando o evangelho de Jesus pra indiada brasileira. Quando o herói saiu do banho estava branco louro e de olhos azuizinhos, água lavara o pretume dele. E ninguém não seria capaz mais de indicar nele um filho da tribo retinta dos Tapanhumas (ANDRADE, Mário, 2008, p. 38 - Piaimã).

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“E estava lindíssima na Sol da lapa os três manos um louro um vermelho outro negro, de pé bem erguidos e nus” (ANDRADE, Mário, 2008, p. 39- Piaimã).

Eram máquinas e tudo na cidade era só máquina! (ANDRADE, Mário, 2008, p. 41- Piaimã)

• Morte de Macunaíma, mas pela magia ele retorna à vida

O herói picado em vinte vezes trinta torresminhos bubuiava na polenta fervendo. Maanape catou os pedacinhos e os ossos e estendeu tudo. no cimento pra refrescar. Quando esfriaram a sarara Cambgique

derramou por cima o sangue sugado. Então Maanape embrulhou todos os pedacinhos sangrando em folhas de bananeira, jogou o embrulho num sapiquá e tocou pra pensão. Lá chegado botou o cesto de pé assoprou fumo nele e Macunaíma veio saindo meio pamonha ainda, muito desmerecido, do meio das folhas. Maanape deu guaraná pro mano e ele ficou taludo outra vez. (ANDRADE, Mário, 2008, p. 00 - Piaimã).

“Lembrou de tomar leite. Subiu esperto pela capistrana pra não cansar porém a vaca era de raça Guzerá muito brava. Escondeu o leitinho pobre. Mas Macunaíma fez uma oração assim:

Valei-me Nossa Senhora,

Santo Antônio de Nazaré,

A vaca mansa dá leite,

A braba dá si quisé!” (ANDRADE, Mário, 2008, p. 00 - A

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