Economia política: uma introdução crítica
Artigo: Economia política: uma introdução crítica. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: raquelmoreira • 2/6/2014 • Artigo • 7.945 Palavras (32 Páginas) • 618 Visualizações
NETO, José Paulo. BRAZ, Marcelo. Economia Política: uma introdução crítica, São Paulo: Cortez, 2006.
A complexa evolução na passagem do século XVIII ao XIX “Desde a sua consolidação, na passagem do século XVIII ao XIX, ele experimentou uma complexa evolução e se, durante cerca de setenta anos, no decurso do século, teve a concorrência de experiências de caráter socialista atualmente não se confronta com nenhum desafio externo à sua própria dinâmica: impera na economia das sociedades mais desenvolvidas (centrais) e vigora na economia das sociedades menos desenvolvidas (periféricas), nas quais, por vezes subordina modos de produção precedentes.”( P.95)
A fórmula D- M- D “(...) à diferença do produtor mercantil simples, que tem no dinheiro um mero meio de troca e cujo objetivo é a aquisição dás mercadorias de que carece e que, portanto, vende para comprar, o capitalista compra para vender, isto é, o que ele visa com a produção de mercadorias é obter mais dinheiro. A fórmula O ~ M ~ D' exprime o movimento do capital: o ponto de partida é o dinheiro e o ponto de chegada é mais dinheiro. Este é o sentido específico da ação do capitalista: a partir de dinheiro, produzir mercadorias para conseguir mais dinheiro.” (P.96).
O lucro é um sujeito social e egoísta “Cumpre observar que a busca incessante de lucro nada tem a ver com elementos psicológicos ou de natureza moral- o capitalista não procura O lucro porque é um sujeito social egoísta, ambicioso, mau, voraz etc. Não, trata, aqui, de questões que digam respeito às pessoas dos sujeitos sociais: trata-se, no campo das atividades e relações econômicas, da função social que tais sujeitos desempenham.” (p.96-97).
A força motriz do MPC “Como o lucro é a força motriz do MPC como o MPC só pode existir e reproduzir-se na escala em que a busca do lucro é interminável, a função social do capitalista não pode ser compreendida através de (ou reduzida a) traços psicológicos, biográficos ou morais: nas suas características individuais, os capitalistas, assim como os proletários, apresentam-se numa infinita gradação - das personalidades generosas às figuras mais canalhas.” (p.97).
Os meios de produção não criam novos valores ”No processo de produção, os meios de produção não criam novos valores, apenas têm transferido o seu valor à mercadoria que está sendo produzida: ' por exemplo: na produção de automóveis os meios de produção utilizados (máquinas, aço, borracha etc.) têm transferido o seu valor ao valor do automóvel- se urna máquina tem a vida útil de dez anos, a cada ano ela transfere um décimo do seu valor ao valor dos carros.” (p.98-99).
A força de trabalho é comprada pelo capitalismo “(...) o capitalista compra a força de trabalho dos trabalhadores pelo seu valor, paga-lhes um salário que corresponde ao valor da sua reprodução. Até aqui, como se verifica, não há diferença significativa entre a compra, pelo capitalista, de meios de produção e força de trabalho – a diferença se marcará na utilização capitalista da força de trabalho: aí se revelará a peculiaridade da força de trabalho, aquilo que faz dela uma mercadoria especial.” (p.100)
A força de trabalho durante a jornada de trabalho “A força de trabalho, durante a jornada de trabalho, produz mais valor que aquele necessário, sua produção/reprodução, valor esse expresso no salário; assim, mesmo pagando o valor da força de trabalho, o capitalista extrai da jornada de trabalho do trabalhador um excedente (a mais-valia, fonte do seu lucro).” (p.101).
O capital constante “Ora, sem o capital constante (o trabalho morto), é impossível produzi-la; o capital constante é uma condição necessária para produzir mais-valia; porém; não é, nem de longe, condição suficiente - esta é representada pela força de trabalho (que devemos designar por trabalho vivo): a mais-valia é criada exclusivamente por ela” (p.102).
O salário não deve cobrir apenas as necessidades fisiológicas “(...) o salario não deve cobrir apenas as necessidades fisiológicas do trabalhador e sua família - o desenvolvimento social põe em cena necessidades de outra ordem (sociais, culturais etc.) que também devem ser atendidas.” (p.103).
Os fatores que influenciam nessa flutuação “De qualquer forma, o preço da força de trabalho (como o das outras mercadorias) também flutua, podendo está acima ou abaixo do seu valor; muitos fatores influem nessa flutuação, entre os quais o desemprego: aproveitando-se deste, o capitalista força os, salários para baixo; por outra parte, quando há pouca oferta de força de trabalho, os trabalhadores pressionam-nos para cima”. (p.103)
O que constatou ao longo da evolução do capitalismo
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