Economista
Casos: Economista. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: conceicaovalerio • 12/12/2012 • 6.333 Palavras (26 Páginas) • 815 Visualizações
DUAL
Estudo de Viabilidade Económico-Financeira
Junho/2010
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0. INTRODUÇÃO PRELIMINAR
A velhice e a infância são duas fases marcadas por algumas alterações que ocorrem a diversos níveis. Nos idosos verifica-se algum enfraquecimento físico, motor e psicológico. “O envelhecimento é acompanhado pelo aumento da vulnerabilidade” (FONTAINE, 2000:30).
O entendimento da Educação Infantil e a sua importância no processo de formação da criança, requer uma compreensão sobre o papel da ludicidade educativa neste processo, pois os mesmos devem estar adequados ao interesse, às necessidades e às capacidades da etapa de desenvolvimento, na qual a criança se encontra.
Cada criança tem o seu ritmo próprio de desenvolvimento e características pessoais que a diferem das demais. Embora os estágios do desenvolvimento, pelos quais toda a criança passa, sejam semelhantes, a época e a forma como ele se processa pode variar bastante.
Nesse sentido, é fundamental o conhecimento das etapas do desenvolvimento Infantil enquanto componente do desenvolvimento integral do homem. Para essa análise, tomou-se por base os fundamentos teóricos de PIAGET (1986) que enfatizam as características básicas da criança em cada etapa do desenvolvimento infantil.
PIAGET na sua obra “A Formação do Símbolo na Criança” (1986:50) apresenta as seguintes Fases do Desenvolvimento Infantil:
Fase Sensório motora;
Fase Simbólica;
Fase Intuitiva;
Fase da Operação Concreta.
A fase ssensório motora (01 aos 02 anos aproximadamente), corresponde, na educação infantil, ao Maternal.
Nessa fase, a actividade lúdica surge primeiramente sob a forma de simples exercícios motores repetitivos.
Embora esses exercícios possam, parecer inúteis pelo seu carácter repetitivo, têm importante significado no desenvolvimento porque ao dominar condutas mais simples pelos exercícios, essas vão sendo interiorizadas, formando a base para a construção de condutas mais complexas.
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É indispensável o contacto com adultos visando o crescimento e desenvolvimento das relações sociais. É justamente esse contacto afectuoso e estimulante do adulto com a criança que caracteriza o primeiro sinal de uma verdadeira Educação Lúdica.
Na fase simbólica (02 aos 04 anos aproximadamente), a tendência lúdica manifesta-se sob a forma de jogo simbólico, isto é, jogo de ficção, ou imaginação ou de imitação. O jogo simbólico desenvolve-se a partir do esquema sensório-motor, à medida que são interiorizados, dão origem à imitação e, posteriormente à representação.
Nesse sentido o jogo simbólico tem como função assimilar a realidade, seja através dos conflitos, da compensação de necessidades não satisfeitas ou da simples inversão de papéis.
A fase intuitiva (04 aos 06 anos aproximadamente) constitui a fase do porquê. É a fase em que, sob as formas de exercícios psicomotores e simbolismo, a criança transforma o real em função das múltiplas necessidades do EU. Os jogos passam a ter uma seriedade absoluta na vida das crianças e um sentido funcional utilitário.
Nesse sentido, a família e a escola devem proporcionar um ambiente rico em informações para facilitar e estimular o desenvolvimento da criança, porém, nunca forçá-la a assimilar nada além daquilo que é capaz de fazer com prazer e naturalidade.
Na fase intuitiva, a criança define praticamente grande parte do seu desenvolvimento físico, mental e afectivo, onde a participação e a postura do adulto são importantíssimas.
Através do jogo de regras, por um lado a criança chega à inteligência operacional concreta; por outro lado, adquire o domínio de um código transmitido de geração em geração, porque a criança tem acesso a um universo social institucionalizado – normas, regras, leis compostas pela sociedade – esses dois recursos se complementam (inteligência operacional + regras) e permitem a socialização.
Relativamente aos idosos vão alterando os seus hábitos consoante as suas capacidades. Substituem as suas rotinas diárias por actividades que lhe exijam um menor grau de actividade. Outros começam a receber a reforma nesta altura, o que significa um aumento do tempo livre.
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As gerações mais novas, estão numa fase caracterizada por uma maior tolerância e cooperação, uma vez que “a capacidade crescente de compreender os pontos de vista dos outros, ajuda-as a comunicar mais eficientemente e a ser mais flexíveis nos seus julgamentos morais” (PAPALIA, 2001:420).
Uma vez que ambos os grupos estão em fases diferentes, mas, marcadas por algumas alterações semelhantes (com o aumento da tolerância e da compreensão), porque não juntar estes dois grupos? Os idosos podem transmitir os seus conhecimentos aos mais novos, preservando assim, a memória colectiva e a história
da comunidade. A pessoa idosa vivenciou várias experiências ao longo da sua vida, acontecimentos únicos, que passo a passo formaram a sua personalidade.
“Devem-se gerar processos de participação, criando espaços para a comunicação dos grupos e das pessoas, tendo em vista estimular os diferentes colectivos e empreenderem-se processos de desenvolvimento cultural”. (Trilla, 2004:255).
A troca de saberes e experiências entre as duas gerações é, em nossa opinião muito vantajosa e enriquecedora.
Ao longo dos tempos, o conceito de envelhecimento foi objecto de discussão. Actualmente, ele está associado a algumas modificações que ocorrem durante uma determinada altura.
Nesta perspectiva, “A velhice pode ser definida como um processo desfavorável e progressivo da mudança, de um modo geral associado à passagem do tempo, que se torna perceptível depois da maturidade e conclui, invariavelmente, com a morte”. (Cabrillo, 1992: 16).
Este processo é diferente de pessoa para pessoa e aponta sinais a diversos
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