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Edmundo Brandau Dantas

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Por:   •  8/10/2014  •  Seminário  •  827 Palavras (4 Páginas)  •  284 Visualizações

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Edmundo Brandão Dantas

E

m momentos de grande incerteza, marcados por mudanças radicais em termos sociais, políticos e comportamentais, administrar uma empresa ou organização de qualquer natureza se torna extremamente difícil. Ainda que se disponha de tecnologia e de um poderoso sistema de informações como a Internet, um ponto de suma importância se sobressai no ambiente de gestão: a magnitude dos riscos a que se expõem as organizações modernas.

Sabemos que o risco é inerente a qualquer negócio e que nenhuma organização, por mais sólida que seja, está livre dele. Entretanto, os riscos que se impõem ao mundo moderno atingem patamares de especial relevância, em função do volume de dinheiro que normalmente envolve as organizações. Eis, então, porque gerir uma empresa é hoje um grande desafio. As decisões, hoje em dia, devem, mais do que nunca, ser muito bem pensadas, pois não se pode correr o risco de tomá-las de forma leviana o suficiente para tornar a organização vulnerável.

Assim, surge nesse cenário outro fator importante: a necessidade da informação. Afirmamos que a Internet é um poderoso sistema de informações. E é mesmo. Mas, como mídia que se fundamenta no conceito de liberdade, temos que considerar que a Internet aceita tudo. Isto equivale a dizer que temos na Internet boa e má informação, informação confiável e lixo. Valer-se, portanto, apenas da Internet como sistema de informação, não dá segurança às organizações de que reduzirão o seu risco na tomada de decisões. É claro que os gestores das organizações devem ter algum conhecimento para saber discernir o que é bom e deve ser aproveitado, do que é ruim e deve ser descartado. Entretanto, o que se vê na prática é que há muitos dirigentes e empresários que, simplesmente por uma questão de economia, preferem valer-se de informações nem sempre confiáveis da Internet para tomar suas decisões. Do mesmo modo, há aqueles que confiam em sua intuição e tomam decisões simplesmente com base no feeling.

Para Clancy & Krieg (2002, p.14), as decisões tomadas “à base de testosterona, muitas vezes feitas por homens, diretores de marketing, de publicidade e de produto que precipitadamente optam por uma das alternativas que eles conseguem vislumbrar, e agem pronta e energicamente sem ter a informação necessária”, conduzem as organizações a sérios riscos. Criar produtos ou serviços sem se auscultar o mercado pode, inclusive, levar a empresa à falência. Pesquisas e experiências realizadas pela Copernicus Marketing Consulting and Research, dos Estados Unidos, revelam que, em mercados competitivos, as decisões tomadas apenas com base na intuição, ditadas pelo “bom senso”, raramente levam a resultados positivos.

Como muitos dos executivos, infelizmente, parecem não ser dados à literatura técnica, a tomada de decisões com base em intuição permanece. Em um livro editado em 2008, Clancy & Krieg afirmam, com base em pesquisas mais recentes, realizadas em diversos países do mundo, que a maioria das decisões de marketing, por exemplo, ainda é tomada apenas com base em feeling. Os autores apresentam vários casos contemporâneos de empresas que se deram mal no mercado americano porque conduziram o seu marketing com base na intuição.

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