Educação Fisica Uma Avaliação Sistematica
Pesquisas Acadêmicas: Educação Fisica Uma Avaliação Sistematica. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: rikardaocanedo • 4/10/2013 • 3.836 Palavras (16 Páginas) • 435 Visualizações
Introdução
Apresenta-se considerando o crescimento, a qualidade da literatura na área da Educação Física, entre tantos, percebe-se a evolução contínua da área, que tem servido como temas para discussões em debates, estudos, enfim, local onde haja pessoas interessadas no desenvolvimento da disciplina. Assim como na educação em geral percebemos que o foco de ensino deixou de ser somente o desenvolvimento do raciocínio lógico ou a memorização de fórmulas e informações, na Educação Física as mudanças de ponto de vista também acontecem, comprovando a dinâmica da área. Citamos como exemplo o fato de vários profissionais refletirem sobre os aspectos negativos da supervalorização do esporte competitivo (TUBINO, 1992).
Relegada a um segundo plano, a Educação Física praticada nas escolas carece de uma reflexão mais aprofundada. O professor tem geralmente sua atuação restrita a desenvolver a aptidão física dos alunos e a ensinar os fundamentos técnico-tático dos esportes (OLIVEIRA, 1986). É discutível o fato de tais atividades serem de responsabilidade do professor de Educação Física, entretanto, este profissional em sua ação pedagógica precisa encontrar caminhos que apontem a descoberta de valores mais amplos para serem inseridos no planejamento dos objetivos da Educação Física escolar. As contradições existentes no sistema educacional resultam em grande parte, devido ao distanciamento que há entre a teoria e a prática. Ao qual abordaremos, neste.
Educação Física: refletindo a ação
A variedade de abordagens sobre a Educação Física depõe contra o estabelecimento dos seus objetivos. O que a distingue das demais disciplinas é o movimento humano, característica essencial da Educação Física. "Enquanto processo individual a Educação Física desenvolve potencialidades humanas. Enquanto fenômeno social ajuda este homem a estabelecer relações com o grupo a que pertence" (OLIVEIRA, 1986, p.105). Segundo este mesmo autor "... a colocação da disciplina nos centros de saúde subverteu os seus objetivos. Educação Física é educação, portanto seu espaço é nos Centros de Ciências Humanas e Sociais das universidades a que pertencem".
Para Oliveira (1994, p. 105), "A Educação Física no Brasil foi durante muito tempo considerada uma prática neutra, sem conotação ideológica. Restringia-se a uma atividade física cujo movimento era apreendido pela pedagogia do consenso em seus aspectos eminentemente biomecânicos". Não se pode esquecer que o corpo humano não se move, age; não se pode confundir, pois, pedagogia do movimento humano com pedagogia do deslocamento humano (Ferreira, 1990). Segundo Oliveira (1994, p. 105), "o panorama educacional brasileiro dos anos 1980 parece que desmistificou esse estereótipo. Apesar de educação e política terem suas especificidades, todo ato político pressupõe uma dimensão pedagógica, da mesma forma que toda pedagogia deixa transparecer uma dimensão política".
Os benefícios que a prática de exercícios físicos podem trazer à saúde foram considerados argumentos suficientes e decisivos para a inclusão da Educação Física na escola do século XIX. Considerando as ideologias as quais a Educação Física tem servido, pensamos nos benefícios que a Filosofia da Educação Física nos aponta, entre eles: "... a sabedoria filosófica não está apenas em conservar e utilizar o que nos foi deixado, está na transformação da realidade através do desenvolvimento da razão e da emoção formadora da condição humana..." (TOMELIN, 2003, p.63).
Na constante busca por uma identificação e servindo as ideologias dominantes, a Educação Física já assumiu diversos papéis na sociedade. Considerada como cultura do físico, como parte da medicina, como criadora de sofisticadas técnicas esportivas dentre outras atribuições, esta área acabou por possuir diversos papéis que geraram conflitos quanto à sua identificação.
Apesar da falta de reflexão teórica e de atitude científica que caracterizou a Educação Física como um todo até poucos anos, houve avanços consideráveis nas áreas de influência biomédica e técnico-desportiva, mas os avanços nesta área tendem a apresentar o professor como um formador de atletas, com tendências elitistas. Deve-se considerar que precisamos evoluir de forma mais conjunta, sendo capazes de formar mentes críticas e conscientes (OLIVEIRA, 1986). Neste sentido, estaremos nos direcionando à conquista quanto a capacidade de comprometimento e entendimento de conhecimentos filosóficos.
O pensamento pedagógico até o presente momento teve um real significado, pois possibilitou um aprimoramento da prática docente, bem como uma evolução constante na forma de pensar a Educação Física Escolar brasileira. Ao nos interarmos desse pensamento, novas concepções de ensinar, foram internalizadas, propiciando um distanciamento de abordagens de ensino mecânico, pautado nos métodos ginásticos, que objetivam trabalhar o corpo, fragmentando assim o direcionamento da Educação Física Escolar, que não pode preterir a influência da mente sobre os comandos corporais.
Percebe-se nesta prática, que muitos profissionais que não possuem acesso a esse pensamento acadêmico, e quanto tem, não o vê como possibilidade de mudanças em suas práticas docentes e, no entanto, desenvolvem o seu trabalho de forma dinâmica, criativa, atingindo objetivos formadores reais, atendendo plenamente o trabalho que a sociedade espera da Educação Física na escola.
De acordo com Pereira (1998, p. 170) "aos olhos dos professores, a teoria não é um problema, mas a relação teoria-prática é que se constitui um problema prático". Esta citação explica a preocupação do estreito relacionamento entre a teoria e a prática da Educação Física Escolar, porém o que temos percebido é o distanciamento e o caminhar independente da teoria e da prática.
Entendemos que as discussões teóricas que ocorrem nos espaços acadêmicos culminam em conceitos cada vez mais complexos. Por outro lado, nas ações docentes, na prática percebe-se que o exercício reflexivo sobre a ação não tem muito espaço. Dessa forma, somos levados à compreensão de que há um extenso trabalho teórico da Educação Física Escolar publicado que é decorrente do exercício da reflexão no espaço acadêmico que, nem sempre, é um produto real de uma prática concreta e pouco se tem publicado côo resultado dessa prática real da Educação Física Escolar.
De acordo com Oliveira (1986, p.5) está inserido na função
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