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Efeito Robbin

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Por:   •  12/6/2013  •  1.119 Palavras (5 Páginas)  •  365 Visualizações

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layton Christensen fez a “pergunta do

ano” antes da eleição norte-americana

em 2012: ganhe quem ganhar, quando

é –mesmo, e sob que condições– que a

economia voltará a crescer?

A pergunta é fundamental para qualquer

país, em qualquer estágio de desenvolvimento

e performance, pois crises

econômicas são parte de ciclos de

longo prazo e, mais cedo ou mais tarde,

hão de ser tratadas em todo lugar. E deveria

ser reflexão obrigatória, de candidatos

a empreendedor a membros de

todos os poderes (não só o executivo),

pois é nas condições que o Estado impõe

à sociedade que está boa parte do

suporte à inovação.

Você duvida do papel do Estado na

inovação e no empreendedorismo de

hoje? O livro Innovation: the Missing

Dimension não deixa dúvida de que

boa parte da inovação e empreendedorismo,

especialmente quando capaz de

(re)criar o desenvolvimento econômico

e social de longo prazo e em larga escala,

ainda depende fundamentalmente

de políticas públicas. E pasme: assim

como o Brasil, embora em diferentes

níveis, os EUA sofrem da falta de políticas

públicas para inovação desde pelo

menos 2004 e, de lá para cá, quase nada

mudou (deu no que deu) e não há sinais

de que vá mudar... (Christensen está seguro

disso, a menos que se tomem providências

estruturais profundas.)

REAL PROBLEMA

Pense em três macrotipos de inovação:

• Inovações de categorias de produtos

e serviços, explorando novos

mercados, com novas tecnologias.

Trata-se da transformação de produtos

e serviços complicados e

muito caros (ou inexistentes) em

coisas simples e universais, como

o Amazon Kindle e a série “i” da

Apple. Tal classe gera trabalho porque

demanda novas competências

e, em geral, mais gente para criar,

fazer, vender, distribuir e cuidar da

manutenção dos produtos.

• Inovações de substituição, da “próxima

geração” de produtos e serviços,

que permitem o crescimento no

mesmo mercado ou a entrada em

mercados adjacentes. Esse tipo de

inovação não necessita de mais gente

(no mercado de trabalho, no total),

pois os produtos e serviços resultantes

normalmente substituem outros

(que saem do mercado), de classe

“inferior” ou “anterior”. Aí, como

quem compra o novo deixa de comprar

o velho... não há mais trabalho a

ser feito –talvez haja menos.

• Inovações de eficiência, associadas

a melhorias, extensões, variantes e

reduções de custo em linhas de produtos

do mercado atual, que liberam

capital empatado em processos ineficientes,

mas não geram empregos.

As inovações de eficiência estão ligadas

ao curto prazo, enquanto as de

substituição remetem ao médio prazo

e as que geram novos tipos de consumo

têm a ver com o longo prazo. De

acordo com Christensen, a doutrina

ensinada nas “grandes escolas” dos

EUA, bem entendida por executivos

e pelo governo de lá (e amplamente

copiada no mundo inteiro, inclusive

aqui), fomenta principalmente a ino-

O erro capitalista

e a ilusão de

Ro bin Hood

os Estados Unidos estÃO errando no que se refere a

inovação e todos que oS copiam (como o Brasil) também;

seu modelo não gera um trabalho novo e, portanto,

não cria empregos não exportáveis, o que deveria

ser a meta primordial. para beneficiar a economia, a

inovação requer um contexto radicalmente distinto,

com mudanças em métricas de desempenho induzidas

pelo governo (os programas Robin Hood só escondem

os problemas). por silvio meira

C

NOVAS

FRONTEIRAS

...

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