Efeitos Dos Anestesicos Inalatorios
Pesquisas Acadêmicas: Efeitos Dos Anestesicos Inalatorios. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: priscila2014 • 7/2/2014 • 2.254 Palavras (10 Páginas) • 458 Visualizações
Introdução
Pesquisas afirmam que o uso do termo anesthisia foi utilizado desde a década de 40 a 90 d.C. por médicos do Império Romano que utilizavam uma mistura de ópio, mandrágora e meimendro com vinho, para anestesiar o paciente antes dos procedimentos cirúrgicos. Anteriormente, há relatos que na Alexandria empregavam essas mesmas drogas, porém por via inalatória, conhecida como ‘’esponja soporífera’’ (MAIA; FERNANDES, 2002).
Todas as experiências realizadas eram descritas em manuscritos, nos quais contribuíram para as técnicas de anestesia moderna.
Crawford W. Long em 1842 no Estado da Geórgia, nos Estados Unidos da América, utilizando éter como agente anestésico, removeu um tumor cístico no pescoço de um paciente e em outras oportunidades utilizou o éter para outros procedimentos, no entanto não publicou trabalhos sobre o assunto (MEKKER; ROTHROCK, 1997).
Em 1844, no Estado Connecticut, um dentista Horace Wells começou a usar uma substância denominada de Óxido Nitroso para realização das anestesias, relatando seus resultados a seu antigo sócio William T. G. Morton; mais tarde com o insucesso do Óxido Nitroso, Wells abandonou o serviço de odontologia e cometeu um suicídio (MEKKER; ROTHROCK, 1997).
Com ajuda do químico Charles T. Jackson, Morton aprimorou seus estudos do efeito do éter e, 1846, quando empregava sua nova droga, conseguiram realizar uma obturação dentária sem que o paciente sentisse dor (MEKKER; ROTHROCK, 1997).
Posteriormente, ocorreu o fato que marcou a história da anestesiologia. Em 16 de outubro de 1846 aconteceu a primeira intervenção cirúrgica com anestesia geral. Neste dia, no anfiteatro cirúrgico do Massachusetts General Hospital, em Boston, o cirurgião John Collins Warren realizou a extirpação de um tumor no pescoço de um jovem, que foi anestesiado com éter por William T. G. Morton, que convenceu John a testar seu novo agente anestésico durante o procedimento cirúrgico. Morton utilizou um aparelho inalador por ele idealizado. Sem registros fotográficos, porém, imortalizada em um belo quadro do pintor Roberto Hinckley, em 1882.
Figura 1 – Primeiro procedimento anestésico com sucesso.
Fonte: http://www.unifesp.br/dcir/anestesia/imagens/anestesia.gif
Pressionado pela Associação Médica de Boston para que novas intervenções pudessem ser realizadas sem dor, o pesquisador teve que revelar a composição do seu novo agente anestésico, que era apenas éter sulfúrico puro (MEKKER; ROTHROCK, 1997).
As técnicas anestésicas proporcionaram ao cirurgião mais tempo para operar e permitiram que novos procedimentos pudessem ser realizados, assim permitindo realizar procedimentos que anteriormente eram impossíveis de serem realizados.
O termo anestesia tem origem na palavra grega anaisthesis, que significa an = privação e aísthesis = sensação + ia, que significa perda total ou parcial da sensibilidade, especialmente tátil, porém é mais abrangente e define como a perda de qualquer tipo de sensibilidade, que pode ser causada por estados patológicos diversos ou induzida por anestésicos (POSSARI, 2006).
Antes de passar por um procedimento cirúrgico o paciente recebe uma avaliação, através da qual o médico verifica suas condições fisiológicas, presença e severidade de doenças; condições mentais e psicológicas, recuperação pós-operatória de vários tipos de cirurgias; opções de manuseio da dor no pós-operatório; posição do paciente durante a cirurgia e outras exigências particulares do cirurgião (POSSARI, 2006).
O mesmo autor relata que no período anestésico devem ser avaliadas as condições de oxigenação, ventilação, circulação e temperatura do paciente.
Segundo Bagatini (2001) existe a entrevista preparatória, na qual o anestesiologista faz várias perguntas para determinar as características do paciente e da cirurgia; com a informação colhida, propõe a anestesia que julga mais indicada para cada situação particular, pois cada pessoa é diferente e não existe receita feita para anestesia; a técnica selecionada para cada caso deve ser bem explicada pelo anestesiologista e todas a dúvidas do paciente devem ser esclarecidas.
Segundo Nora (2006) atualmente a escolha é feita através da experiência, tradição, avaliação clínica e análise de custos de cada anestesiologista. E as dificuldades em avaliar desfechos em anestesia, dificultam as comparações entre uma técnica e outra, o que faz com que a maioria dos autores descrevam apenas os: Resultados maiores e os Resultados menores.
Os Resultados maiores: são decorrentes de ações protetoras específicas resultantes exclusivamente do uso de determinada técnica. Por exemplo: cardioproteção dos agentes inalatórios ou os estudos de morbi-mortalidade relacionados à técnica anestésica ou mesmo a utilização de monitores como oximetria de pulso, fração expirada de CO2 (gás carbônico) e, mais recentemente com os monitores de eletroencefalografia bispectrais.
Já os Resultados menores: são decorrentes diretos da técnica no que diz respeito aos seus efeitos colaterais mais frequentemente encontrados. Por exemplo: náuseas e vômitos cuja incidência é maior com a utilização de agentes inalatórios e menor com a utilização de agentes venosos. Podem ser apontados ainda outros exemplos, tais como: dor, velocidade de recuperação de funções cognitivas, funções renal e hepática, percepção subjetiva do paciente a respeito dos cuidados anestésicos e satisfação do paciente.
São diversos os tipos de anestesias, entre estas: a geral; a local; a loco-regional; a espinhal, entre outras.
A anestesia geral se caracteriza por um estado inconsciente reversível, obtendo uma amnésia, sedação, hipnose e analgesia, além da depressão dos reflexos, relaxamento muscular e equilíbrio das funções fisiológicas, podendo ser executado de forma endovenosa, inalatória e balanceada (MEKKER; ROTHROCK, 1997). A indução da anestesia geral ocorre quando um ser consciente é levado à inconsciência pelos efeitos do sistema nervoso através dos agentes administrados de forma endovenosa ou inalatória (GILMAN, 2003).
O mecanismo de ação dos anestésicos inalatórios ocorre através da transmissão sináptica dos impulsos nervosos que é inibida reversivelmente em varias áreas do Sistema Nervoso Central (SNC); a extensão da inibição e consequentemente a depressão progressiva da função estão relacionadas com a pressão parcial do anestésico inalado em vários locais do organismo,
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