Electro-narcóticos cresce com taxas de varejo em pequenas cidades

Eletrozema cresce com aposta em lojas nas pequenas cidades

Enquanto muitas empresas apostam nas grandes cidades e capitais para engordar o caixa, a Eletrozema, especializada em móveis e eletrodomésticos, faz o caminho inverso. Fundada em Araxá, no Alto Paranaíba, a rede possui 474 lojas no país e espera fechar o ano com pelo menos 500. Destas, 330 estarão em Minas Gerais. Em 2001, o grupo possuía 49 unidades.

A companhia atua em Minas Gerais e nos Estados vizinhos, com exceção do Rio de Janeiro. “Nossa meta é inaugurar 50 lojas por ano. Às vezes abrimos mais, como neste ano, que serão 52, 53 unidades”, afirma o diretor-geral da Eletrozema, Romeu Zema.

Cada loja recebe investimento médio de R$ 300 mil, somando um aporte de R$ 15 milhões ao ano, somente em inauguração de novas unidades. E o ritmo de crescimento será mantido por pelo menos seis anos. “Espaço tem”, diz.

Para que as cidades sejam escolhidas, alguns requisitos são levados em consideração. O primeiro é com relação ao tamanho. “A cidade não pode ser muito pequena, tem que ter no mínimo seis mil habitantes”, diz o diretor-geral. De acordo ele, se a Eletrozema for inaugurada em alguma capital, a loja poderia ser mais uma. No interior, é comum que a Eletrozema seja “a loja”.

Apesar de a concorrência física não ser tão alta, ele ressalta que os preços praticados nas unidades da rede competem com as demais lojas do mercado. “Temos plena consciência de que se o nosso preço não agradar, o cliente pega o carro e vai à cidade mais próxima”, afirma.

A logística também é importante. O município escolhido deve estar na rota dos caminhões da empresa, com o objetivo de não aumentar os custos. Seguindo na mesma linha de raciocínio, a emissora de TV na qual a propaganda da marca está sendo veiculada deve chegar àquela cidade. “Dessa forma, os custos com propaganda não aumentam”.

O perfil do público do interior chama a atenção. Enquanto nas grandes cidades as pessoas são mais individualistas, seguindo uma vida quase que anônima, nas pequenas cidades ninguém passa despercebido. Por isso, inadimplência é menor. Como consequência, os lucros são maiores. Na Eletrozema eles crescem 23% ao ano.

Distribuição

Atualmente, as mercadorias vendidas pela Eletrozema são escoadas a partir de um centro de distribuição (CD) construído em Araxá, mesma cidade onde funciona a sede da companhia. Em pouco tempo, no entanto, outros dois CDs serão inaugurados.

Um deles está em fase final de construção no município de Francisco Sá, no Norte de Minas. Os galpões, segundo o diretor-geral, foram construídos mediante investimento de R$ 25 milhões. “Vamos atender àquela região por meio deste centro de distribuição. Haverá redução de custos e melhoria da logística”, diz.

O outro está em fase mediana de construção em Leopoldina. Neste caso, no entanto, o espaço será alugado. “Um investidor vai construir e nós assinamos contrato garantindo o aluguel”, explica.

Vendas também pela internet

Além das vendas realizadas a partir dos pontos físicos, a empresa mantém um site na internet, onde os produtos também são comercializados.

O foco, porém, são as lojas, o que pode ser