Elton Mayo E A Escola Das Relações Humanas
Trabalho Escolar: Elton Mayo E A Escola Das Relações Humanas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Flavio129921 • 13/1/2015 • 1.665 Palavras (7 Páginas) • 1.240 Visualizações
Tema: Elton Mayo e a Escola das Relações Humanas
Sem dúvida nenhuma, todas as teorias da administração tiveram um papel chave e contribuíram, de sua forma e no seu tempo, para que chegássemos até o ponto que estamos hoje. A administração é considerada o principal fator de desenvolvimento. A sociedade moderna está centrada nas organizações administrativas. A administração constitui a ferramenta básica que capacita as organizações a gerarem resultados e produzirem o desenvolvimento econômico e social. Escolhi descrever, neste portfólio, sobre a teoria das relações humanas, porque é a que eu considero mais importante de todas, se formos olhar apenas uma isoladamente e também é a que eu mais gosto e me identifico. O livro que eu mais admiro e respeito, a Bíblia Sagrada traz em Mateus 7:12 as palavras de Jesus Cristo: “Todas as coisas, portanto, que quereis que os homens vos façam, vós também tendes de fazer do mesmo modo a eles”. Confúcio disse algo parecido: “Não devemos fazer para o outro o que não gostaríamos que fizesse para nós”. As palavras de Confúcio são certas, mas as de Jesus são mais abrangentes, pois envolve fazer algo, ou seja, são palavras que nos levam a ações. Entendo que na Teoria das Relações Humanas, em que a ênfase passa a ser nas pessoas, estas palavras Bíblicas estão mais presentes, ou seja, os empregadores atendem as necessidades das pessoas (funcionários) e eles por sua vez atendem as necessidades dos empregadores e da empresa.
Podemos dizer que a abordagem humanística trouxe uma revolução conceitual na teoria administrativa. A ênfase que antes era colocada na tarefa, pela administração científica, e na estrutura organizacional, pela teoria clássica, cedeu espaço para a ênfase nas pessoas. A preocupação com a máquina e com o método de trabalho e a preocupação com a organização formal cedeu lugar para a preocupação com as pessoas e grupos sociais.
Tenho atualmente 34 anos de idade e já trabalho com carteira assinada desde os 15 anos, ou seja, há 19 anos eu trabalho dentro de empresas e sempre em atividades voltadas a administração. Faz 06 anos que trabalho como gerente administrativo e neste tempo pude perceber que, as principais habilidades que precisei e preciso usar a cada dia são as habilidades humanas.
As habilidades humanas consistem na capacidade e no discernimento para trabalhar com pessoas em equipe. Estão relacionadas à interação com pessoas e envolvem a capacidade de comunicar, motivar, coordenar, liderar e resolver conflitos pessoais ou grupais para obter cooperação na equipe, participação e envolvimento das pessoas.
A Teoria das Relações Humanas surgiu nos Estados Unidos como consequência das conclusões da experiência de Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo e colaboradores. Hoje esta teoria se conecta especialmente com a área de Recursos Humanos, dentro das empresas, mas creio que qualquer supervisor, gerente, diretor, ou outra pessoa em cargo de liderança terá resultados muito positivos uma vez que conhecer esta teoria, refletir no que ela nos ensina e aplicar seus princípios.
Os precursores da Administração Científica se baseavam no conceito do homo economicus, pelo qual o homem é motivado e incentivado por estímulos salariais – e elaboravam planos de incentivo salarial para elevar a eficiência e baixar os custos operacionais. Para a Teoria das Relações Humanas, a motivação econômica é secundária na determinação do rendimento do trabalhador. Para ela, as pessoas são motivadas pela necessidade de “reconhecimento”, de “aprovação social” e “participação” nas atividades dos grupos sociais nos quais convivem. Daí o conceito de homem social.
Na sede da empresa, em que eu trabalho como gerente administrativo, acontecem coisas que me fazem acreditar muito no que diz a Teoria das Relações Humanas. Nas obras os funcionários ganham salários maiores que na sede da empresa além de mais benefícios, porém eu vejo que não há união entre eles assim como não há um contentamento muito grande com a empresa. Já na sede, com salários mais baixos, os funcionários trabalham felizes, dispostos e com alto rendimento o tempo todo. A diretoria da empresa sempre prefere colocar a culpa pelos problemas da empresa no pessoal da sede. Os donos da empresa "enxergam" que são os serviços das obras que trazem dinheiro para a empresa, portanto há certo preconceito para com o pessoal da sede, mas mesmo assim esses colaboradores trabalham felizes, satisfeitos e dão o seu melhor, com bastante honestidade. Por que isso acontece? Vou descrever algumas coisas que penso influenciar esta atitude e que se relacionam inteiramente com a Teoria das Relações Humanas:
01) Na sede, embora eu tenha sido colocado pela diretoria da empresa, como Gerente Administrativo, na prática eu não adoto esta “postura hierárquica” arcaica. Todos me veem como alguém igual e no mesmo nível que eles. Sempre deixei bem claro que a nossa postura deveria ser a de honestidade máxima para com a empresa e também entre nós. Quando alguém erra essa pessoa não mente, não esconde que errou, ela chega até a minha pessoa e expõe o erro, pois sabe que ela não será criticada, pelo contrário, encontrará em mim uma ajuda para juntos procurarmos uma saída criativa que traga menos consequências ruins a longo prazo.
02) Procurei ao longo destes 06 anos sempre trabalhar com pessoas comprometidas, competentes e acima de tudo honestas, com espírito de equipe e hoje somos uma turma que realmente gostamos uns dos outros e nos preocupamos uns com os outros. Até no que diz respeito aos salários, sempre procurei interferir, junto à diretoria da empresa, para ir aumentando gradativamente o salário desse pessoal até o ponto de ficar bem próximo ao meu próprio salário. Hoje a pessoa que ganha menos na sede ganha a metade do meu salário como Gerente Administrativo e, a que recebe mais recebe praticamente o mesmo que eu (5% a menos para ser mais exato).
03) Faço elogios sinceros a cada um individualmente, e sempre que possível na frente de outras pessoas. Demonstro o quanto eles são importantes, o quanto confio e preciso de cada um deles.
04) Sempre que um deles está com seus serviços um pouco acumulados, fazemos um “mutirão” em algum horário extraordinário
...