Energia Elétrica
Artigos Científicos: Energia Elétrica. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: dani.bbzin • 2/6/2013 • 3.151 Palavras (13 Páginas) • 1.361 Visualizações
4. MÉTODO DA PESQUISA
Neste capítulo é analisado o método empregado para atingir o objetivo desta pesquisa de maneira a garantir a confiabilidade e a capacidade de replicação da mesma. São abordados, ainda, a obtenção dos dados, o trabalho de campo e as limitações do estudo.
Com base em critérios selecionados de uma revisão sobre método científico, realizou-se estudo de caso de empresas de cerâmicas para revestimento do Pólo de Santa Gertrudes. A obtenção de dados e o trabalho de campo foram feitos através de entrevistas semi-estruturadas guiadas por meio de questionário aplicado às empresas.
O presente trabalho é um estudo exploratório e descritivo com abordagem de pesquisa qualitativa. As limitações da pesquisa referem-se principalmente ao método empregado.
4.1 MÉTODO CIENTÍFICO
O objetivo dos pesquisadores é explicar, produzir e controlar fenômenos. O método científico é o mais eficiente campo de conhecimento comparando-o com outros campos de conhecimento como a experiência e a autoridade.
Basicamente, o método científico envolve a indução de hipóteses baseadas em observações, dedução das implicações das hipóteses, teste das implicações e confirmação ou não das hipóteses. (GAY & DIEHL 1992:20).
POPPER ( 1992 ) desenvolveu critérios de demarcação entre Ciência e a Pseudo-Ciência a partir da Falseabilidade: “a teoria que não pode ser falseável, onde nenhuma restrição pode ser colocada sobre sua aplicação, deve ser considerada falsa ciência”. É um outro alerta sobre o método que não deve procurar apenas dados e informações que confirmem a teorias sobre o risco de não alimentar o crescimento do conhecimento.
Para SOLOMON (1991), os problemas relevantes para a ciência são aqueles que têm relevância operativa, contemporânea e humana. A relevância operativa surge na geração de conhecimento devido à solução de um problema e refere-se à atualização e a novidade, o estágio atual de conhecimento e a relevância humana requerem que a solução tenha utilidade para a humanidade.
Para GAY e DIEHL (1992), um “bom problema” é aquele que tem um número de características identificáveis. A identificação de um objeto de estudo compreende alguns passos:
A) Reconhecimento e definição do problema;
B) Formulação de hipóteses;
C) Coleta de dados;
D) Tratamento de dados (estatísticos ou qualitativos);
E) Corroboração ou não.
As pesquisas científicas são classificadas por vários critérios. De acordo com SOLOMON (1991), o problema determina o tipo de pesquisa a ser desenvolvida. Ela pode ser de três tipos:
A) Pesquisa Exploratória ou Descritiva – cujo objetivo é definir o melhor problema, proporcionar “insights” sobre o assunto, descrever comportamentos, definir e classificar fatos e variáveis;
B) Pesquisa Aplicada – o objetivo é aplicar lei, teorias e modelos na descoberta de soluções ou no diagnóstico de realidades; e
C) Pesquisa Pura ou Teórica – o objetivo é buscar a interpretação, a explicação e a predição por meio de teorias, leis ou modelos.
Já GAY e DIEHL (1992 : 22) empregam critérios para a classificação da pesquisa científica baseada nos objetivos e nos métodos. A classificação por objetivos pode ser de dois tipos:
a) Pesquisa Básica: é a forma pura, a pesquisa básica é conduzida para a proposta do desenvolvimento e refinamento da teoria.
b) Pesquisa Aplicada é conduzida para aplicação ou teste da teoria e evolução de seu uso na solução de problemas e é subdividida em Pesquisa de Apoio a Decisão (facilitar a decisão), Pesquisa e Desenvolvimento (esforço em desenvolver produtos) e Pesquisa Ação (solução de problemas específicos através de métodos científicos).
Os estudos científicos representam um método ou uma estratégia. Todos os estudos têm procedimentos em comum tais como a definição do problema, coleta de dados e esboço das conclusões. Os métodos influenciam fortemente estes procedimentos e a pesquisa científica pode ser classificada pelos métodos. A seguir são descritos os tipos de pesquisa segundo GAY e DIEHL (1992 :22)
A) Pesquisa Histórica: envolve estudo, entendimento e explicação de eventos. A proposta da pesquisa histórica é atingir as causas, efeitos ou direções das correntes passadas que pode ajudar a explicar eventos presentes e antecipar eventos futuros;
B) Pesquisa Descritiva: envolve a coleção de dados em ordem para testar hipóteses ou respostas às questões do objeto de estudo. Os dados são coletados através de questionários, entrevistas ou observações;
C) Pesquisa Causal: o objetivo é determinar as correlações (e o grau) entre duas ou mais variáveis quantificadas. A proposta do estudo é estabelecer a relação ou não e usá-la para predições;
D) Pesquisa Comparativo-Causal e Pesquisa Experimental: a característica refere-se a “causa”, ou tratamento que é uma variável independente e seu efeito ou não sobre uma variável dependente. Em um estudo experimental pelo menos uma variável independente é manipulada pelo pesquisador e são observados os efeitos sobre a(s) variável (s) dependente(s). A essência da experimentação é o controle.
Com base nos critérios apresentados por SOLOMON (1991), esta pesquisa será do tipo Exploratória ou Descritiva por enfocar o ganho de “insights” sobre o tema de Estratégia de Produção e procurar definir e descrever o comportamento das empresas frente ao paradigma de Estratégia. A pesquisa também é classificada como Descritiva (GAY e DIEHL, 1992), pois envolve a coleta de dados para testar as proposições do objeto de estudo.
4.2 ABORDAGENS DE PESQUISA
Existem dois tipos de abordagem mais difundidos para a realização de pesquisas organizacionais: pesquisa quantitativa e pesquisa qualitativa. BRYMAN (1989), GODOY (1995) e CAMPOMAR (1991).
A pesquisa quantitativa é mais difundida nas ciências naturais. Nesta abordagem, a hipótese é formulada a partir da teoria. A hipótese é transformada em variáveis a serem manipuladas ou medidas para efeito de quantificação, inferência estatística
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