Energias Renováveis

1. INTRODUÇÃO

O intuito deste artigo consiste em demonstrar as possibilidades de implantação das mais diversificadas fontes renováveis de energia, e como essa implementação é a base para um desenvolvimento sustentável na geração de energia do país.

As fontes renováveis de energia são assim denominadas, pois fornecem energia através de combustíveis inesgotáveis e que podem ser utilizados infinitamente. Outra característica fundamental das energias renováveis é serem energias limpas, e, portanto, não produzem poluentes decorrentes da geração de energia. Algumas destas fontes podem causar impactos ambientais, como o caso das hidrelétricas, ou produzir algum poluente atmosférico, como a biomassa, no entanto, a quantidade de poluentes emitidos é irrisória e bem menos impactante.

2. AS ENERGIAS RENOVÁVEIS

O Brasil é o país que possui a matriz energética mais renovável existente no mundo. As usinas hidrelétricas representam o maior potencial de geração elétrica instalado no país, no entanto, a variabilidade de recursos alternativos desponta como vias complementares as hidrelétricas, e que podem ocupar em pouco tempo a maior fatia da matriz energética brasileira.

O cenário mundial encontra-se, desde o início do século XX, em colapso devido à intensa exploração dos recursos naturais e degradação dos mesmos. Os recursos hídricos e a atmosfera são prejudicados constantes em decorrência da poluição produzida por recursos não renováveis. As fontes renováveis são a solução para o alcance de um desenvolvimento sustentável, e são representadas pelas: energia solar, energia eólica, a biomassa, a energia hídrica e as células a combustível.

2.1. Energia Solar

A energia solar pode ser usada na geração de eletricidade por meio de painéis solares ou células fotovoltaicas. Um dos fatores que mais contribuem para expansão deste tipo de energia são os altos índices de radiação freqüentes em quase toda extensão do território brasileiro. A energia solar pode apresentar-se sob duas formas: a energia solar térmica e a energia solar fotovoltaica. A primeira consiste na captação dos raios solares por meio de um corpo capaz de absorver a energia solar incidente, este sistema de apreensão é composto essencialmente por placas coletoras, responsáveis pela absorção da radiação e um reservatório térmico no qual ficarão armazenados os fluidos aquecidos decorrentes do processo de captação até que sejam finalmente utilizados. Estes sistemas são destinados, principalmente, para o aquecimento da água e ar.

Na segunda, as células fotovoltaicas funcionam como geradores de eletricidade a partir da luminosidade ou como sensores aptos para a medição da intensidade luminosa incidente. As células fotovoltaicas são formadas por lâminas de silício cristalino, e deste modo, as grandes reservas de silício existentes no Brasil é outro fator preponderante para exploração da energia solar. Os únicos empecilhos existentes para os dispositivos fotovoltaicos são o baixo rendimento e os custos relacionados à confecção dos painéis, decorrentes da pouca disponibilidade de materiais semicondutores. No entanto, apesar da existência de alguns inconvenientes, os incentivos governamentais sustentam o caráter promissor de energia solar. Em Abril de 2012, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) elevou o desconto de 50% para 80% relativo à: Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Transmissão (TUST) e Tarifa de Uso dos Sistemas Elétricos de Distribuição (TUSD) para os empreendimentos que insiram até 30MW de geração de energia elétrica provenientes de fonte solar.

Figura 1 – Placa coletora de energia solar

Fonte: Aneel

Figura 2 - Painel fotovoltaico com sistema de rastreamento solar

Fonte: Cresesb

2.2. Energia Eólica

A energia eólica é obtida através da energia cinética proporcionada pelo deslocamento das massas de ar afetadas principalmente pelas diferenças térmicas existentes na superfície da Terra. A geração eólica provém do contato entre as pás do cata – vento e o vento, as pás ao giraram dão origem a energia mecânica que aciona o rotor do aerogerador que produzirá, consequentemente eletricidade. O potencial para a geração de energia elétrica por meio da eólica está condicionado a determinados fatores, tais como a densidade do ar, intensidade, direção e velocidade dos ventos, portanto, assim como na energia hidroelétrica, pressupõe – se a existência de condições naturais específicas. No Brasil, estes fatores condicionantes são encontrados, principalmente, na região Nordeste.

O Brasil possui um grande potencial para geração de energia elétrica através da energia eólica, o volume de ventos no país é duas vezes maior que a média mundial, além da estabilidade referente à velocidade de deslocamento dessas massas de ar (5% de volatilidade). Estudos revelam que o Brasil tem capacidade para produzir 300 milhões de kW anualmente, todavia, atualmente, são produzidos, por ano, apenas 114 milhões de kW.Muitas empresas estrangeiras investem na produção de energia eólica, entre elas, destacam-se a espanhola Gestamp Wind Steel e a argentina Impsa Wind. A primeira possui instalações em Recife de fábricas de torres eólicas que abastecem outras empresas: GE, Alstom e Vestas. A maioria dos projetos, segundo o diretor da Gestamp Wind Steel, concentra-se nos Estados da Bahia e Ceará. A segunda possui uma fábrica de aerogeradores em Pernambuco e pretende construir outra em Porto Alegre, com previsão de inauguração para 2013. A Impsa Wind é responsável por parques eólicos localizados em Santa Catarina e no Ceará cujo potencial instalado é de 100 a 222 MW e possui bastante expressividade no mercado nacional.

Figura 3 – Turbinas de Eixo Horizontal

Fonte: Unicamp

2.3. Biomassa

Biomassa é toda matéria orgânica não fóssil, de origem animal ou vegetal, que pode ser utilizada na geração de energia elétrica, que é feita