Enfermagem
Exames: Enfermagem. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: NGDDS • 16/3/2015 • 767 Palavras (4 Páginas) • 194 Visualizações
Trata-se de estudo qualitativo, realizado em um hospital universitário, com 15 profissionais de enfermagem. Objetivaram-se analisar as razões, atitudes e crenças dos trabalhadores de enfermagem, referentes à adesão aos equipamentos de proteção individual. Os dados foram coletados por meio do grupo focal, analisados pelo método de interpretação de sentidos, considerando o referencial do modelo de crenças em saúde de Rosenstock. Dos dados, emergiram duas categorias temáticas, segurança no trabalho e relacionamento interpessoal. Identificaram-se várias barreiras que interferem nas questões de segurança e proteção individual como comunicação, sobrecarga do trabalho, estrutura física, acessibilidade aos equipamentos de proteção e aspectos organizacionais e gerenciais. A adesão aos equipamentos de proteção é determinada tanto pelo contexto vivenciado, no ambiente de trabalho, como, também, por valores e crenças individuais, mas a decisão sobre o uso dos equipamentos de proteção é individual.
Relacionamento interpessoal
A influência das relações e da comunicação entre as categorias profissionais, e dessas com a gerência, na adesão aos equipamentos de proteção individual, foram marcantes nas falas dos grupos. Os sujeitos expressaram falta de motivação para o uso desses equipamentos em ambientes de trabalho onde as relações interpessoais não são saudáveis.
Tem o estímulo para o uso e o estímulo para o desuso. Para a não aderência aos equipamentos de proteção eles falam: saiu da faculdade ontem e está querendo te dar uma ordem esdrúxula! (G1).
As relações no ambiente laboral são determinantes e, muitas vezes, decisivas para a tomada de decisão para a (des)proteção e interferem diretamente na segurança do ambiente de trabalho. No relacionamento, cada um coloca um pouco de si, mostra seu modo de agir e exerce sobre o outro influência positiva ou negativa(19). Estudo identificou que os colegas de trabalho podem influenciar, de maneira positiva ou negativa, na conduta do uso de luvas para a realização de punção periférica, dado que corrobora os achados deste estudo
Percurso metodológico
Trata-se de estudo exploratório, de abordagem qualitativa, com a perspectiva de compreender o universo simbólico que permeia a adesão dos profissionais da enfermagem aos equipamentos de proteção individual.
A pesquisa foi desenvolvida em um hospital geral, de grande porte e de ensino da Região Centro-Oeste do Brasil. Participaram deste estudo enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem que faziam parte do quadro permanente da equipe de enfermagem do hospital; atenderam ao convite e, voluntariamente, concordaram em participar assinando o termo de consentimento, após esclarecimento sobre os objetivos da investigação.
Considerações finais
Ao analisar as razões, atitudes e crenças dos trabalhadores de enfermagem para a adesão aos equipamentos de proteção individual, constata-se que os grupos conhecem os riscos a que estão expostos no ambiente de trabalho, mas nem sempre esse conhecimento é suficiente para evitar a exposição, revelando média susceptibilidade ao risco.
Apresentam alta percepção da severidade ao compreenderem que o não uso dos equipamentos de proteção individual representa possibilidade de aquisição
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