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Por:   •  23/9/2013  •  2.035 Palavras (9 Páginas)  •  282 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO

TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA

JOELMA APARECIDA SANTIAGO DA SILVA

R.A 1109708

ADMINISTRAÇÃO

SÃO PAULO

Agosto/2013

JOELMA APARECIDA SANTIAGO DA SILVA

R.A 1109708

ADMINISTRAÇÃO

ATIVIDADE 1

Trabalho apresentado como requisito para avaliação parcial do curso de Gestão Pública do Centro Universitário Claretiano.

Orientador: Professor (a) /Tutor (a) a Distância: AGOSTINHO FERNANDO ADAMI

SÃO PAULO

Agosto/2013

Atividade no Portfólio

Objetivos

• Compreender os conceitos estudados.

Descrição da atividade

Leia o texto a seguir e realize os exercícios propostos.

Insegurança pública

Cerca de 200 assassinatos foram cometidos no Estado de São Paulo no Carnaval de 1999, alguns deles em chacinas (assassinatos de grupos). Não estivesse a opinião pública tão acostumada com a violência e as chacinas, teria ficado muito mais chocada do que ficou com uma delas, ocorrida na cidade de São Vicente, no litoral de São Paulo. Somente por insistência de parentes das vítimas, as autoridades se movimentaram, para comprovar que o assassinato de três adolescentes era obra de policiais militares, que os haviam detido na saída de um baile, para matá-los a sangue frio algumas horas depois, sob o comando de um oficial.

Esse episódio somou-se a outros na história de uma organização supostamente dedicada a proteger o cidadão.

Criada nos anos 70, a polícia militar funcionou como tropa de assalto durante a ditadura militar, sendo utilizada para reprimir passeatas e invadir escolas e sindicatos. Seus integrantes, naquela época, eram doutrinados para acreditar que estudantes e operários eram o “inimigo”.

Até os anos 70, existiam diversas organizações policiais fardadas nos estados do Brasil. O sistema jamais funcionou satisfatoriamente. Em diversas ocasiões, foram feitas propostas para unificar as diferentes corporações, que nunca prosperaram. Além disso, a existência das milícias estaduais, como a Força Pública em São Paulo, era motivo de preocupações para as autoridades federais, especialmente para o Exército, que sempre temeu sua utilização como instrumento de independência dos Estados.

A situação permaneceu assim até os anos 70. Nessa época, a ditadura militar, iniciada em 1964, fundiu todas as organizações policiais fardadas e as transformou nas polícias militares, abrangendo os bombeiros. As PMs estaduais foram subordinadas ao Exército, que criou um órgão, para seu controle. Ficaram as PMs responsáveis pelo policiamento ostensivo fardado, sendo virtualmente separadas das secretarias de Segurança Pública, que passaram a administrar a chamada polícia civil, responsável pelo policiamento judiciário.

As duas organizações, durante todo o período da ditadura, funcionaram como órgãos de repressão. Os militares (Exército, principalmente) controlavam as secretarias estaduais de segurança. Isso assegurava certa unidade de comando das duas corporações, que se perdeu completamente, quando o País foi redemocratizado, em meados dos anos 80. Quando uma nova Constituição foi promulgada, no final dessa década, o lobby dos militares conseguiu preservar a independência das PMs.

A criação das polícias militares e sua separação das autoridades civis tornou mais agudo o problema que havia antes dos anos 70. O que funcionava de forma relativamente mais bem integrada, quando havia diversas corporações fardadas, transformou-se em um conjunto sem unidade. Polícia militar e polícia civil tornaram-se organizações concorrentes, praticamente sem nenhuma interação. Diversos fatores contribuíram para que, no limiar do século XXI, a criminalidade se tornasse uma das grandes preocupações da sociedade brasileira, agravada pela ineficácia das duas corporações. A cada dia, ocorrem 23 assassinatos, 330 furtos e roubos de carros e cerca de 1.500 roubos de outros tipos somente na Grande São Paulo. O mais perturbador do aumento da violência no Brasil é o fato de contrariar a tendência de declínio de longo prazo em outras sociedades civilizadas.

A polícia, em vez de solução, tornou-se parte desse problema. E a violência policial, apenas um grande problema dentro de uma grande coleção de grandes problemas. Um estudo publicado em 1999 sobre a polícia apresentou um panorama de seriíssimas distorções: A PM de São Paulo, com 83 mil integrantes, transformou-se em uma usina de desperdícios. Contra 1.400 sargentos na ativa, mantém 14.000 reformados. Para 35 coronéis na ativa, sustenta mais de 1.000, precocemente aposentados, recebendo pensões de 11.000 reais. A banda da PM tem 620 músicos. Suas tropas de choque imobilizam 3.595 homens e 300 veículos, o triplo do necessário, e 10 vezes mais do que o efetivo das forças equivalentes da polícia de Nova Iorque. Milhares de homens e mulheres fardados não trabalham em qualquer atividade de segurança pública, mas como cozinheiros, garçons, motoristas, guardas de honra, sentinelas de quartéis, enfermeiros, mecânicos etc. Mais de 200 homens fardados trabalham como barbeiros.

A atividade-fim, o policiamento, não é valorizada. As unidades operacionais, que prestam serviços à população, são consideradas local de castigo para os expulsos das castas superiores, os ociosos que ficam no quartel-general.

Estes são promovidos muito mais por apadrinhamento, apoio político ou algum talento diferenciado. Um oficial tem duas vezes mais probabilidade de ser promovido no quartel-general, mesmo em atividades sem importância, como relações públicas, do que arriscando a vida em uma unidade operacional.

Jovens recém-saídos da academia militar, sem experiência profissional, são transformados em oficiais que podem chegar aos postos mais elevados

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