Engenhando Na Escola
Artigo: Engenhando Na Escola. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: AnaHeloisa • 7/9/2014 • 1.692 Palavras (7 Páginas) • 211 Visualizações
ENGENHANDO NA ESCOLA
Introdução - A educação no Brasil
A cada novo ranking internacional de educação, e a cada mau resultado do Brasil, muito se questiona sobre o que fazer para elevar a qualidade da educação brasileira.
No último ranking divulgado pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) 2012, da OCDE, o Brasil ficou em 38º lugar entre 44 países em uma avaliação de raciocínio rápido associado a problemas do dia a dia.
Isso quer dizer que na prova aplicada a estudantes de 15 anos sobre problemas matemáticos da vida real, o país teve uma média de 428 pontos, enquanto Singapura, que ficou com o 1º lugar, fez 562. Nos resultados oficiais do último Pisa, divulgados em dezembro do ano passado, entre os 65 países comparados, o Brasil ficou em 58º lugar em matemática, 55º em leitura e 59º em ciências.
Quase 98% das crianças e jovens entre 6 e 14 anos estão na escola. Seria o cenário ideal, se não fosse um único problema: eles não estão aprendendo de verdade. Parte deles, nem a ler e interpretar textos de tal maneira que possam ser considerados alfabetizados. É como se os pais estivessem sendo enganados ao ver os filhos indo à escola.
O IBGE considera 15,2% dos alunos com até 8 anos ainda não alfabetizados, mas na Prova ABC, aplicada pelo INEP e pelo Todos pela Educação no passado, 51% das crianças não aprenderam o que deveriam até os 8 anos. São crianças que, pelas dificuldades, aprenderão cada vez menos com o passar dos anos, porque nunca dominaram o básico.
Na imagem abaixo buscamos identificar por tópicos possíveis razões que condicionam à educação a um nível tão baixo, e aliado as razões, quais são as justificativas para que isso ocorra:
Escolha do problema
Dentro dos problemas apresentados e de suas justificativas, o grupo escolheu tratar do tópico relacionado ao INCENTIVO AOS ESTUDOS, que tem como razões: o não olhar dos estudos como solução e a falta de acompanhamento e cobrança por parte dos pais dos alunos.
Tomando como base a questão central dos pensamentos de Vygotsky, pioneiro no conceito de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida, o grupo tem como objetivo criar oficinas em escolas da rede municipal de educação de Ribeirão Preto, que atendem crianças da etapa 1 ao 4º ano, com faixa etária de 3 até 8 anos, buscando despertar e incentivar os interesses deles diante do aprendizado de conceitos fundamentais que poderão influenciar suas experiências escolares num futuro próximo.
Segundo Vygotsky a aquisição de conhecimentos se dá pela interação do sujeito com o meio. Para o teórico, o sujeito é interativo, pois adquire conhecimentos a partir de relações intra e interpessoais e de troca com o meio, a partir de um processo denominado mediação, ele ainda credita que as características individuais e até mesmo suas atitudes individuais estão impregnadas de trocas com o coletivo, ou seja, mesmo o que tomamos por mais individual de um ser humano foi construído a partir de sua relação com o indivíduo.
Casos de sucesso
No país existem exemplos de mudanças similares às propostas pelo grupo, como em Cocal dos Alves, no Piauí, uma pequena cidade, de economia rural, em um dos estados mais pobres do Brasil. Segundo reportagem feita pelo Fantástico, à escola Augustinho Brandão já acumula dezenas de medalhas em Olimpíadas de Matemática e Química, e prêmios nacionais de astronáutica, astronomia e física. No Enem, está acima da média nacional.
“Se o pessoal se conscientizasse que a educação pode transformar, ia acontecer uma grande diferenciação. E foi o que aconteceu nesse colégio. Conscientizar tanto alunos quanto professores”, diz Franciele de Brito, aluna.
“Eu ouvi a vida toda que a educação pública é uma educação de péssima qualidade. Cresci ouvindo isso. E eu faço de tudo para mudar essa realidade. Eu acredito na escola pública. Não é possível que não dê certo em um país tão lindo, tão cheio de diversidades culturais, tão ricos, não tem por que a educação não dar certo”, afirma Socorro Vieira, professora.
A mudança em Cocal dos Alves começou em 2003, quando a diretora Narjara e um grupo de professores receberam a missão de abrir a primeira escola de ensino médio da cidade.
“Aqui, nesse início de trabalho, vivenciamos as situações mais adversas que o público possa imaginar, de falta de tudo. Mesmo assim o trabalho aconteceu. Quando aconteceu, os apoios, aquilo que já era para estar sendo fomentado naturalmente, aconteceram”, revela Narjara Benício, diretora regional.
Depois que ela conseguiu enfrentar o sistema e formar um grupo de professores de Cocal dos Alves, eles se reuniram e fizeram um pacto para tentar fazer uma escola de qualidade que conseguisse colocar os alunos nas melhores faculdades da capital do estado, Teresina.
“Nosso maior desafio foi fazer os alunos acreditarem nisso. Alunos filhos de pais analfabetos, da roça, que só tinham o que comer, que só dava para o sustento, a roupinha ruim. Então para fazer esses meninos viajarem nesse sonho, de que era possível sem ter dinheiro, sem ter uma roupa boa, ir lá para Teresina, para a capital, estudar lá. Foi necessário o sonho. Acreditar no sonho. Quando a gente conseguiu fazer esse povo acreditar mesmo que era possível estudar fora, se formar e mudar de vida, pronto. O aluno entra na escola Augustinho Brandão e já começa a sonhar: ‘o que eu vou querer ser?’”, afirmou Aurilene Vieira, diretora.
Proposta
‘’Jogar não é estudar nem trabalhar, porque jogando, o aluno aprende, sobretudo, a conhecer e compreender o mundo social que o rodeia’’ (Moura 1996).
Ensinar matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas. Devemos procurar alternativas para aumentar a motivação para a aprendizagem, desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração, atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo, estimulando a socialização e aumentando as interações do indivíduo com outras pessoas.
Os jogos, se convenientemente planejados, são um recurso pedagógico eficaz para a construção do conhecimento
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