Engenho são João
Trabalho Universitário: Engenho são João. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jessbarros • 3/3/2014 • 891 Palavras (4 Páginas) • 371 Visualizações
Engenho São João
da Ilha de Itamaracá. Casa natal do Conselheiro João Alfredo, passou por algum tempo como residencia do diretor da penitenciaria São João, atualmente esta abandonado e em estado de ruína, sua moita conserva a primeira moenda a vapor do Brasil, no entanto teve seu telhado parcialmente desabado por conta do abandono.
Engenho do século 17 em ruínas
A casa-grande, que foi usada como residência da diretoria da Penitenciária Agrícola de Itamaracá nos anos 50 e 60 deste século, está cheia de lixo e de mato
A casa-grande do Engenho São João Batista, em Itamaracá, onde nasceu o conselheiro João Alfredo, pernambucano que assinou a Lei Áurea junto com a Princesa Isabel, está completamente em ruínas. Tombado pela Fundação do Patrimônio Artístico e Histórico de Pernambuco (Fundarpe) desde setembro de 1983, o imóvel pertence ao Governo do Estado e está à disposição da Secretaria de Justiça.
Um dos mais antigos engenhos da então Capitania de Itamaracá, o São João Batista foi erguido provavelmente após a restauração pernambucana, ocorrida em 1654 quando os holandeses foram expulsos pelos lusos-brasileiros. Ninguém sabe ao certo quando o engenho foi construído. O decreto de tombamento informa que ele já existia pelo menos em 1747.
No entanto, a publicação denominada Notas Históricas e Curiosas, pertencente ao Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, faz referência ao engenho ainda no século 17. O livro, sem autoria, é todo manuscrito e transcreve assentos de batizados, casamentos, óbitos, testamentos, escrituras, cartas de sesmarias e outros escritos.
Pelo documento, o Engenho São João Batista já encontrava-se em pleno funcionamento em meados de 1689. “Isso representa mais de meio século de diferença na data”, diz o pesquisador e sócio do Instituto Arqueológico Tácito Galvão.
No decreto de tombamento também consta que a atual casa-grande, pela tradição oral, teria sido edificada em 1790 sobre as ruínas de uma construção mais antiga. “O estado de abandono do imóvel onde nasceu o conselheiro João Alfredo, considerado a maior personalidade histórica de Itamaracá, é lamentável”, declara Tácito Galvão. O pesquisador acrescenta que o imóvel poderia ser um importante centro de visitação turística da ilha.
João Alfredo nasceu no dia 12 de dezembro de 1835, na casa dos avós maternos, como era de costume na época. No dia em que transcorre 165 anos do seu nascimento, a casa em nada lembra os áureos tempos da aristocracia açucareira. O sobrado ainda guarda a fachada neoclássica dividida em dois frontões triangulares, mas o telhado, o piso e as paredes estão desabando. “As chuvas de agosto desde ano destruíram mais ainda o imóvel”, diz Tácito Galvão.
A casa-grande, que foi usada como residência da diretoria da Penitenciária Agrícola de Itamaracá (PAI) nos anos 50 e 60 deste século, está abandonada, cheia de lixo e de mato, e serve de banheiro público. Por causa de alterações no terreno, para construção de uma nova casa, ossos de antigos sepultamentos estão aflorando no chão.
“Possivelmente havia um cemitério próximo à capela do engenho, o que justifica os ossos. A situação está muito precária”, diz Tácito Galvão. Ele sugere a realização de uma prospecção arqueológica no local, o mais rápido possível.
http://www2.uol.com.br/JC/_2000/1212/cd1212_16.htm
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