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Yahoo! quer acabar com o "home office"

A decisão da CEO do Yahoo! de reunir os colaboradores embaixo de um mesmo teto, acabando com as jornadas de trabalho feitas em casa, incendiou os noticiários e blogs de tecnologia durante toda a semana passada. A empresa liderada por Marissa Mayer, vive um momento de reorganização e a aproximação das equipes faz parte do rol medidas que visa tornar o Yahoo! mais competitivo. Estima-se que existam 10 mil+ pessoas trabalhando fora das instalações da empresa atualmente.

A medida, no entanto, está longe de ser uma ação estratégica e terá pouco peso numa eventual retomada do Yahoo! à posição de destaque que já ocupou no passado. É preciso muito mais do que a realocação de postos de trabalho e algumas mudanças cosméticas na home page, como as que foram introduzidas recentemente em seu site.

O teletrabalho, ou telecommuting [como é conhecido na América] é comprovadamente vantajoso tanto para as empresas quanto para os seus colaboradores, desde que implementado de forma adequada. Para que isso aconteça, é preciso que ele esteja integrado aos processos e principalmente à cultura da empresa. A eliminação do benefício, por outro lado, é uma questão bem mais complicada de ser enfrentada.

No caso do Yahoo! reduzir o quadro de colaboradores, pode ser o objetivo subjacente da polêmica medida que a empresa, por razões óbvias, não admite. De tempos em tempos, é preciso "chacoalhar a árvore", como se costuma dizer usando um jargão empresarial.

Alguns argumentam ainda que a medida de Mayer é, além de tudo, antifeminista, por não apoiar o balanceamento entre a vida privada e a profissional das colaboradoras. O efeito que a mudança da rotina de trabalho terá sobre o clima organizacional do Yahoo! é incerto.

A empresa Survey Monkey divulgou hoje (4/3) uma pesquisa aqui realizada com americanos que dividem sua vida entre o trabalho e os afazeres de casa. Das 5 questões respondidas, duas delas revelam com mais ênfase a percepção e a possível reação dos entrevistados se colocados frente a tal situação: