Enxofre
Tese: Enxofre. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: vailton • 26/3/2014 • Tese • 7.955 Palavras (32 Páginas) • 409 Visualizações
INTRODUÇÃO
Gregos e romanos usavam o enxofre em fumigações e também se valiam dos vapores de sua combustão no branqueamento de tecidos. Misturado com salitre e carvão, foi empregado no fabrico da pólvora pelos chineses do século XI e introduzido na Europa por volta do século XIV.
O enxofre é um elemento químico não metálico, de símbolo S, pertencente ao grupo VIa da tabela periódica (grupo dos calcogênios), juntamente com o oxigênio, o selênio, o telúrio e o polônio. O enxofre apresenta a propriedade conhecida como alotropia, isto é, pode cristalizar-se de maneiras diferentes. A forma alotrópica mais estável à temperatura ambiente é o enxofre ortorrômbico (Sa), devido à sua estrutura cristalina octaédrica. Apresenta coloração de um amarelo característico, é frágil e insolúvel em água, mais solibiliza em dissulfeto de carbono. O objetivo desse trabalho é podermos conhecer melhor a respeito do Enxofre. Suas causas, seus efeitos, seus problemas etc.
Saberemos também aonde usarmos, e em que circunstancias.
Vamos entender melhor que grande parte dos combustíveis são de origem de enxofre e também como reagem.
1.0 HISTORIA
O enxofre tem uma história tão antiga como a de qualquer outra substância que evoluiu do amarelo místico dos Alquimistas até uma das mais úteis substâncias da civilização moderna.
Foi queimado nos ritos pagãos antigos, para espantar os maus espíritos, e já naquela época seus fumos eram usados como alvejantes para tecidos e palha. Durante muitos anos uma companhia francesa manteve o monopólio do enxofre graças ao controle de suprimentos mundiais provenientes da Sicília.
Em parte por isso, em parte pela abundância da pirita, o enxofre elementar foi pouco usado nos Estados Unidos antes de 1914. Embora o enxofre tenha sido descoberto na região do Golfo do México, em 1869, seu aproveitamento era difícil, pois os depósitos estavam abaixo de camadas de areia movediças.
Antes de 1914, a maior parte do ácido sulfúrico produzido nos Estados Unidos provinha da pirita, doméstica ou importada, e do dióxido de enxofre, que aparecia como subproduto da metalurgia do cobre e do zinco.
Principiando em 1914 a mineração do enxofre do Texas e da Lousiana pelo processo Frasch foi sendo ampliada, atingindo um grau suficiente para alimentar todas as necessidades internas (dos Estados Unidos) e para entrar no mercado mundial.
Nos anos mais recentes, um suprimento importante de enxofre elementar tem sido o proveniente do H2S, subproduto do gás natural, ácido ou do petróleo cru ácido.
Os maiores produtores do enxofre recuperado são o Canadá, França e os Estados Unidos. Em 1973 a produção do mundo ocidental foi de 33,75 milhões de toneladas longas (34,29 milhões de toneladas métricas) de enxofre sobre quaisquer formas; desta quantidade, 27,6% foram produzidas pelo processo Frasch, 41,0% são de recuperações e 30,3% provieram de fontes não elementares: piritas e gases de fumos.
2.0 Enxofre
O enxofre é um elemento representativo, que se encontra no 16º grupo da Tabela Periódica, que também é chamado de família dos Calcogênios. Ele é o segundo elemento deste grupo, possui número atômico igual a 16, massa molar 32,06 g/mol e símbolo químico, "S".
O enxofre é conhecido desde a antiguidade e até é citado na Bíblia: Gênesis 19,24: "O Senhor fez então cair sobre Sodoma e Gomorra uma chuva de enxofre e fogo, vindo do Senhor do céu". Outra passagem bíblica pode ser citada, tal como: Deuteronômio 29,23. Há registros que mostram a utilização do enxofre pelos egípcios, por volta do século XVI a.C..
Durante a Idade Média, os alquimistas acreditavam que era possível transformar outros metais em ouro. Uma mistura ideal de enxofre e mercúrio era creditada como possível formadora de ouro. Os alquimistas nunca provaram suas suposições referentes a isso.
O seu nome deriva do latim sulphurium, enxofre.
O enxofre é um sólido amarelo e de odor característico, que ocorre isolado na natureza, em jazidas localizadas em terrenos de origem vulcânica, com alto grau de pureza, acima de 99%. Ele ocorre também na forma de compostos, tais como: a pirita (FeS2), a galena (PbS), a blenda (ZnS) e o sal de Epson (MgSO4 . 7H2O), além de diversos sulfatos e outros compostos.
O enxofre é utilizado na fabricação de pólvora, fungicidas, fertilizantes, ácido sulfúrico e na vulcanização de borracha. Ele é também usado na produção de fármacos (alguns sulfatos e antibióticos, pomadas, etc.), de firmador de filmes fotográficos (Na2S2O3), na indústria do papel e na constituição de sabão em pó.
Grande parte do enxofre utilizado atualmente é obtido do petróleo, no qual ele é uma substância indesejável, pois em grandes quantidades, quando queimado, produz os chamados SOx.
Os combustíveis derivados do petróleo possuem determinadas quantidades de enxofre, que quando queimado no motor a combustão, gera compostos, como o SO2 e SO3, que livres na atmosfera, reagem com vapor d'água dando origem a ácido sulfúrico (H2SO4).
S(s) + O2(g) SO2(g)
O dióxido de enxofre quando em contato com a água da umidade atmosférica pode produzir o ácido sulfuroso.
SO2(g) + H2O H2SO3(aq)
Subseqüente oxidação lenta produz o ácido forte, ácido sulfúrico, H2SO4.
2 H2SO3(aq) + O2(g) -> 2H+(aq) + 2HSO4-(aq)
Esta pode ser uma via para a produção do ácido sulfúrico responsável pela chuva ácida, no entanto, uma outra via é mais comum, a oxidação do dióxido de enxofre em trióxido de enxofre.
SO2(s) + O2(g) ? SO3(s)
O SO3 é, então, hidratado, ou seja, entra em contato com água da atmosfera e produz o ácido sulfúrico.
SO3(s) + H2O H2SO4(aq)
O ácido sulfúrico é um dos compostos mais produzidos na indústria mundial, ele é altamente corrosivo e pode carbonizar matéria orgânica, assim como corroer matéria orgânica assim como rochas calcárias.
monoclínico (Sß), segunda variedade alotrópica desse elemento, é estável entre 95,5 e 119º C, e obtém-se a partir do vagaroso resfriamento do enxofre fundido.
O enxofre é encontrado
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