Era Medieval
Artigo: Era Medieval. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: sheilaangeli • 28/5/2014 • 5.748 Palavras (23 Páginas) • 283 Visualizações
RESUMO
A Idade Média (Era Medieval) se estendeu da queda do Império Romano invadido pelos Bárbaros em 476. A.C.
A Era seguinte à Idade Média, o Renascimento, arrogantemente considera esse período como uma era obscura.
O final do Império Romano do Ocidente, trouxe um dos períodos mais conturbados da história ocidental, quando as tribos bárbaras destruíram física e intelectualmente o legado de Roma. As tribos germânicas eram muito atrasadas, não constituíam propriamente Estados e muitas viviam nômades; mo meio da anarquia reinante.
A única instituição que permanecia organizada era a Igreja Católica, a qual empreendeu a conversão e civilização dos bárbaros e conseguiu reunir todas as nações.
O feudalismo tem inicio com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente (Europa). As características gerais do feudalismo são: poder descentralizado (nas mãos dos senhores feudais), economia baseada na agricultura e utilização do trabalho dos servos.
PALAVRAS-CHAVES: O Pensamento Político Medieval, São Tomás de Aquino, Dante Alighieri, Marsílio de Pádua
1.0 Introdução
A Idade Média teve início na Europa com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente. Essa época estende-se até o século XV, com a retomada comercial e o renascimento urbano. A Idade Média caracteriza-se pela economia ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia da Igreja Católica, sistema de produção feudal e sociedade hierarquizada.
Nosso principal objetivo neste trabalho é apresentar que, no que tange à finalidade última do direito e das leis sociais, ligada à busca de uma justiça perfeita, os pensamentos de Marsílio de Pádua e Santo Tomás coincidem, apesar de terem dado contribuições opostas para a interpretação da política eclesiástica medieval. Santo Tomás, de um lado, afirma a superioridade incondicional do poder dos papas diante do governante político; Marsílio, por outro lado, afirma veementemente a superioridade jurídica das ordens do governante. Além disso, objetivamos mostrar que Marsílio conserva a essência do pensamento político-filosófico de Santo Tomás quando postula que o bem supremo não pode ser realizado apenas na ordem temporal.
1.1 Idade Média
Os estudos da Idade Média geralmente se referem a Historia da Europa, em particular à parte Ocidental. Mas não pode generalizar os aspectos históricos de uma região para o restante do planeta, pois cada lugar tem suas especificidades, sua história. Além disso, nessa época que passaremos a estudar, o mundo não estava interligado como hoje, os contatos entre os povos e as regiões eram muito precários e, em alguns casos, inexistentes.
O período da Idade Média foi tradicionalmente delimitado com ênfase em eventos políticos. Nesses termos, ele teria se iniciado com a desintegração do Império Romano do Ocidente, no século V (476 d. C.), e terminado com o fim do Império Romano do Oriente, com a Queda de Constantinopla, no século XV (1453 d.C.), também chamado de Império Bizantino e pela chegada dos europeus à América.
Entre esse marcos, passaram-se cerca de mil anos. Foi um tempo em que os europeus viveram, em sua maioria no campo, restritos a propriedades que buscavam sua auto-suficiência.
A sociedade – muito diferente daquela do Império Romano – era rigidamente hierarquizada e marcada pela fé em Deus e pelo controle da Igreja católica, sem dúvida a instituição mais poderosa de toda a Idade Média. O poder político era descentralizado, isto é, estava nas mãos de inúmeros senhores da terra.
Por todas essas características, muitos estudiosos acabaram chamando esse momento de Idade das Trevas. Eles acreditavam que o mundo medieval tinha soterrado o conhecimento produzido pelos gregos e romanos. O estudo dos fenômenos naturais e das relações sociais por meio da observação, por exemplo, teria sido substituído pelo misticismo religioso.
O certo é que durante esses mil anos a sociedade européia construiu grande parte de seus valores culturais, que iriam se espalhar por todo o mundo a partir do século XV, com as Grandes navegações. Valores que são, até hoje, plenamente perceptíveis.
A origem do mundo feudal
Durante séculos, o Império Romano dominou grande parte da Europa. Uma poderosa estrutura administrativa, com exércitos e estradas que interligavam todo o território possibilitou aos romanos impor as populações dessa parte do continente seu domínio, seu modo de vida e seus costumes.
A partir do século III, esse cenário começaria a se alterar. Com dificuldades para proteger as fronteiras, o Império Romano passou a ser invadido por diversos povos, sobretudo os de origem germânica, como os anglos, os saxões, os francos, os lombardos, os suevos, os burgúndios, os vândalos e os ostrogodos.
No século IV, os hunos, que habitavam a Ásia central, invadiram a Europa e tornaram essa situação mais grave. Esses guerreiros passaram a percorrer os territórios ocupados pelos povos germânicos, obrigando-os a procurar refúgio dentro das fronteiras romanas.
As invasões e os saques a cidades tornaram-se então constantes. Muitas famílias passaram a procurar o campo, considerando mais seguro. Com isso teve início um processo de ruralização em toda a Europa ocidental.
Com o passar dos anos, as propriedades rurais tornaram-se mais protegidas. Transformadas em núcleos fortificados, elas estavam sob a administração de um proprietário com poderes quase absolutos sobre as terras e seus habitantes.
O poder centralizado do Império Romano começava, assim, a se fragmentar. Em 476, os hérulos, povo de origem germânica, invadiram Roma e, comandados por Odoacro, depuseram o imperador Rômulo Augústulo. Foi o passo final para a desagregação do Império Romano do Ocidente.
Em seu lugar, com o tempo, surgiram diversos reinos independentes. No interior deles, iria se formar a sociedade feudal, a partir da mistura de valores e costumes romanos com os dos povos invasores. As principais características dessa nova sociedade seriam a ruralização, o poder fragmentado e a forte religiosidade.
Dividindo o mundo feudal
Muitos estudiosos costumam
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