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Por:   •  9/6/2014  •  2.712 Palavras (11 Páginas)  •  293 Visualizações

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A abordagem estruturalista surge nos primeiros anos do sec. XX. A idéia central do estruturalismo consiste no entendimento de que a estrutura é percebida como um todo, como a própria expressão já anuncia, no qual as partes só ganham sentido em relação umas às outras. A estrutura preserva a unidade que caracteriza qualquer coisa, através das conexões estáveis que se estabelecem entre os diferentes elementos que a constituem. Todos os objetos materiais manifestam grande quantidade de relações, de ligações internas e externas (elementos que compõem a água, terra, madeira, etc.)

Nessa perspectiva, o sistema social apresenta diferentes tipos de estrutura: social, econômica, educacional, comunicacional, etc. Cada estrutura pode ser estudada separadamente, é estável mas não permanente e a investigação científica não pode descartar todo o sistema do corpo que analisa, em sua totalidade:

• uma mudança quantitativa no sistema que altera sua essência transforma os elementos do objeto e surgem outras estruturas, outros objetos, outros corpos com outras qualidades;

• estruturalismo é a abordagem científica que pretende descobrir a essência do fenômeno. Busca a essência dos fenômenos para descobrir suas ligações determinantes;

• o estruturalismo rejeita o sentido histórico da estrutura.

• não aceita as contradições internas dos objetos como motor do desenvolvimento dos mesmos.

• nas ciências humanas o estruturalismo veio mostrar que os fatos humanos assumem a forma de estruturas;

• criam seus próprios elementos

• dá sentido pela função que os elementos ocupam no todo;

• nas estruturas o todo não é a soma das parte, mas o princípio ordenador,. diferenciador e transformador;

• as estruturas parciais como a linguagem, troca de objetos, o poder religiosos se organiza em uma determinada sociedade e definem a estrutura geral e específica de uma sociedade;

• análise de conteúdo é um método estruturalista. Ex.: quantas vezes foi usada a palavra: greve, paralisação, negociação. (pode servir para identificar ideologicamente um discurso).

Alguns dos principais autores: Umberto Eco, Edgar Morin, Roland Barthes. Ferdinand Saussure (lingüista) Levy Strauss (antropologia) Vigotiski (psicologia. Outra grande figura do estruturalismo foi Jean Piaget, célebre pelas pesquisas sobre inteligência das crianças.

Saussure (1857-1913) considerado fundador da lingüística moderna é um dos precursores do pensamento estrutural. Saussure sonhava com uma ciência geral de todas as linguagens, de todos os signos sociais –falados ou não.

Roland Barthes (1915-1980)

Herdeiro da semiologia (estruturalista) de Saussure.Coube a Barthes encarar o desafio. Em artigo publicado em 1964, com o título “elementos de semiologia define:

“A semiologia tem por objeto todo o sistema de signos, qualquer que seja sua substância, quaisquer que sejam seus limites: as imagens , os gestos, os sons melódicos os objetos e os complexos dessas substâncias que engendramos em ritos, protocolos ou espetáculos, constituem, se não linguagens, ao menos sistemade significação”. Matellart (2004, p. 86-87)

FAlamos um pouco sobre esses dois autores no semestre passado (a disciplina Semiótica aprofundará).

A partir da década de 60 estudos da mensagem na comunicação de massa foram desenvolvidos na Itália e França:

• teóricos europeus tinham em comum uma postura crítica em relação à cultura de massa, mas não preconceituosa

• divergiam tanto das posturas funcionalistas quanto das frankfurtiana (crítica)

• dedicaram-se à análise de conteúdo (técnica) através de uma abordagem estrutural (método estruturalista)

Umberto Eco (1932- )

Um dos mais expressivos estudiosos da comunicação e cultura na Europa, em sua crítica ambos utilizam “conceitos - ‘fetiche’ ” (massa, industria cultural), para tratar genericamente um fenômeno complexo como a cultura de massa:

Os integrados

• funcionalistas, por sua ausência de crítica, pela passividade diante de questões relativas à cultura de massa;

• são adeptos da indústria cultural , os que a toleram;

• os que defendem a idéia de que a função dos media é a de toda produção cultural, ou seja, revelação para o homem do mundo que o cerca, desta feita, mais depressa e para um maior número de pessoas (decorrente da tecnologia).

Os apocalípticos

• membros da Escola de Frankfurt, por seu pessimismo diante da sociedade de massa, por negar a cultura de massa sem realmente analisá-la;

• os que vêem na indústria cultural um estado avançado de "barbárie cultural" capaz de produzir ou acelerar a degradação do homem;

• a função da indústria cultual é a alienação;

• para HorKheimer e Adorno, por exemplo, a Indústria cultural desempenha o mesmo papel de um estado fascista.

Para Eco: Cultura de massa é a cultura do homem contemporâneo. Sua presença é um fenômeno evidente de um contexto histórico:

• nem mesmo o crítico da cultura de massa pode escapar à sua influência;

• a cultura de massa é uma realidade entrelaçada ao fenômeno da comunicação e já não se pode comparar o nível de produção recente com o de outras épocas.

(Obs.: comparar para negá-la como fez a Escola de Frankfurt).

Edgar Morin (1921- )

Antropólogo, Filósofo, educador, que se preocupou pioneiramente com a questão dos meios de comunicação na sociedade.

• Apaixonado pelas artes e ciências, muito polêmico, propõe uma reforma do pensamento por meio do ensino transdisciplinar, capaz de formar cidadãos planetários, solidários e éticos, aptos a enfrentar os desafios dos tempos atuais.

• Defende a formação do intelectual polivalente.

• Conceitua cultura de massa

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