Esporte Na Adolescencia
Pesquisas Acadêmicas: Esporte Na Adolescencia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: pripretarara • 2/3/2014 • 9.395 Palavras (38 Páginas) • 347 Visualizações
Prática de Esportes durante a Adolescência
Fundamentos e objetivos: Inatividade física é importante fator de risco para as doenças crônicas. Os resultados da literatura são controvertidos em relação à prática de atividades esportivas na infância e adolescência e atividade física na vida adulta. O objetivo deste estudo foi verificar em adultos jovens a freqüência de atividade física de lazer (AFL) e determinar se a prática de esportes durante a adolescência influenciou esta atividade. Métodos: Foi realizado um estudo transversal, tipo inquérito, no período de novembro de 2003 a abril de 2004, em 170 alunos do curso médico que realizaram o estágio de internato em pediatria e tocoginecologia no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP). Foram considerados como atletas aqueles que afirmaram terem praticado algum tipo de esporte durante pelo menos dois anos consecutivos, entre a faixa etária dos 10 aos 19 anos. Atividade física desenvolvida atualmente foi aferida através da informação sobre AFL, na última semana que antecedeu a aplicação do questionário, para a prática de algum tipo de atividade física que provocasse sudorese e respiração acelerada. Foram considerados como fisicamente ativos aqueles que despenderam um mínimo de 150 minutos de atividade física por semana. Resultados: Apenas 22,5% dos internos desenvolviam AFL. Entre aqueles que foram atletas durante a adolescência, a prática de AFL na vida adulta foi maior; 26,8% (,do que aqueles não atletas, 6,2% (2/32); p < 0,03 (tabela 1). Entretanto, a presença de excesso de peso ou obesidade, hipertensão arterial, tabagismo e antecedentes familiares de doença aterosclerótica precoce não diferiu entre os grupos com maior e menor AFL. Conclusão: Práticas de atividades esportivas durante a adolescência contribuem para AFL na vida adulta.
Estudo de observação, transversal, tipo inquérito, no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP), Instituição de Ensino Superior (IES), reconhecida pelo Ministério de Educação e que desenvolve programas de graduação (internato do curso médico em pediatria e tocoginecologia) e pós-graduação na área materno-infantil. Foram elegíveis para o estudo todos os 170 alunos do curso de medicina, oriundos das escolas médicas do Estado de Pernambuco, Universidade Estadual de Pernambuco (UPE) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que realizaram o internato em Pediatria e Tocoginecologia no período de novembro de 2003 a abril de 2004. Aqueles que apresentaram alguma contraindicação de ordem médica para a prática de atividade física foram excluídos do estudo.
A amostra foi dimensionada para estimar a prevalência de sedentarismo com erro de estimativa não superior a 5% e nível de confiança de 95%. O tamanho amostral, calculado através do software EPI-6 e com intervalo de confiança de 95%, foi de 155 participantes. Admitindo-se uma perda amostral de 15%, estimou-se uma casuística de 170 participantes foram considerados como atletas durante a adolescência aqueles que afirmaram ter praticado algum tipo de esporte durante pelo menos dois anos consecutivos, entre a faixa etária dos 10 aos 19 anos. Atividade física desenvolvida atualmente foi aferida através da informação sobre a utilização de tempo de lazer (AFL), na última semana que antecedeu a aplicação do questionário, para a prática de algum tipo de atividade física (andar, correr, pedalar, nadar, jogar, fazer ginástica, etc.), que provocasse sudorese e respiração acelerada. Foi utilizado o questionário
validado, The Minnesota Leisure Time Physical Activity Questionnaire (MLTPAQ) (19), sendo considerados como fisicamente ativos aqueles que despenderam um mínimo de 150 minutos de atividade física por semana. O índice de massa corpórea (IMC), variável contínua, foi aferido através da equação IMC = peso (kg) /altura (m)dois, expressa em kg/m2.
Sendo considerados como portadores de excesso de peso ou obesidade aqueles que, respectivamente, apresentavam IMC >25 ou > 30. Foram considerados como fumantes os indivíduos que consumiam mais de um cigarro por dia. A pressão arterial foi aferida segundo as recomendações do Task Force Report (20), sendo considerados hipertensos aqueles que apresentaram a pressão sistólica ou diastólica acima do percentual 90 para a idade. Os dados foram coletados através de formulário padrão pré-codificado, preenchido por um dos pesquisadores durante entrevista com os participantes. As associações entre as variáveis categóricas foram avaliadas através do teste do qui quadrado. O estudo atendeu às determinações das Declarações de Helsinque e da resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, além de ser aprovado pelo Comitê de Ética do IMIP. Foi solicitado o termo de consentimento livre e esclarecido de todos os participantes do estudo.
INTRODUÇÃO
As doenças cardiovasculares (DCV) continuam a representar a principal causa de morbimortalidade nos países ricos, apesar de vir sendo observado um decréscimo de suas taxas nas últimas décadas. No Brasil, respondem por 33% das causas de morte e representam os maiores gastos para o SUS. Dentre os fatores de risco conhecidos para as DCV, vários deles vêm apresentando declínio nos países ricos, como o fumo, a hipertensão arterial sistêmica, a diabetes e os níveis de lipídeos circulantes. Entretanto, a obesidade e o sedentarismo vêm demonstrando uma curva ascendente.
Nos EUA, são 10 milhões de coronariopatas que originam 100.000 intervenções por ano. Estudos controlados nesses pacientes evidenciam que aqueles que entram num programa de atividade física regular diminuem em 25% o risco de morte(4,5). Estudos epidemiológicos, como os de Groot et AL , Prenticeetal. , Lees e Booth apontam forte associação entre atividade física ou aptidão física e saúde. A inatividade física é um fator de risco independente para a doença cardiovascular, hipertensão arterial, obesidade e hipercolesterolêmica(4,5). Blair et al. e Erikssen et al. Demonstraram que a melhoria da aptidão física em adultos de meiidade reduzia em mais de 50% a mortalidade geral por todas as causas. Estudos prospectivos populacionais demonstram que a atividade física diminui o risco de doença coronariana; metanálise de mais de 40 estudos demonstrou que o risco de doença coronariana em pessoas inativas é 1,9 vez maior, em comparação com as ativas, independente de outros fatores de risco. Esse risco individual é comparável com o risco associado do tabagismo, hipertensão e hipercolesterolêmica
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