Estabilidade Provisória
Artigos Científicos: Estabilidade Provisória. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: karininhazinha • 24/2/2015 • 1.154 Palavras (5 Páginas) • 284 Visualizações
INTRODUÇÃO
A presente pesquisa pretende observar e descrever os aspectos atuais de aplicação e as inovações legislativas relacionadas à estabilidade provisória da gestante no mercado de trabalho, aqui, especificamente, o impacto nas relações de trabalho e na sociedade como um todo.
Parte-se do pressuposto que ao instituir a estabilidade provisória da mulher em estado gravídico, o dispositivo constitucional tem por escopo tanto a proteção da gestante quanto assegurar o bem-estar do nascituro, erigindo-se em genuíno direito fundamental.
O que se pergunta neste projeto de estudo, e que futuramente tentar-se-á responder, é o quão respeitado é o direito de a empregada gestante manter-se no emprego, desde a concepção ocorrida no curso do contrato de emprego até cinco meses após o parto, sem prejuízos dos salários e com consequente restrição ao direito de resilição unilateral do contrato, sem justa causa, pelo empregador, sob pena de sujeitar-se às reparações legais.
Não se partirá aqui, simplesmente, de uma análise estatística dos dados obtidos junto aos provedores de serviços das empresas. Acredita-se que esses números, neles mesmos, não diriam claramente o que acontece verdadeiramente nos grandes e pequenos centros empresariais. Pretende-se, também, averiguar qualitativamente, a visão que tem a empregada de tal benesse a seu favor e se o instituto em comento é exercido e garantido de acordo com sua função social.
Assim, qualitativa e quantitativamente pretende-se lançar um olhar panorâmico acerca da questão, tirando daí algumas considerações. Adiantando, parte-se, nesta pesquisa, da hipótese de que a garantia do direito estabilitário à gestante trata-se de norma de ordem pública e que a interpretação que se dá ao dispositivo constitucional que preleciona a referida remete à ilação que a responsabilidade do empregador é objetiva, considerando a proteção do nascituro.
No entanto, essa é somente uma hipótese de trabalho, avançada aqui simplesmente para nortear a presente intenção de pesquisa; respostas diferentes do que aqui se adiantou serão analisadas de forma tão imparcial quanto possível.
1 OBJETIVOS
1.1 Geral
O objetivo básico da presente pesquisa é observar até que ponto o direito à estabilidade provisória é obedecido pelos empregadores e exercido pelas empregadas, e se tal instituto afeta negativamente o desempenho das empresas que o exercem, mormente a questão da produtividade. Pretende-se mensurar também se o instituto atende satisfatoriamente a função social que lhe foi imposta. Ademais, pretende-se desbravar os diversos desdobramentos que o instituto do direito estabilitário à gestante angariou desde a sua instituição, bem como casos concretos em que fora aplicado.
1.2 Específicos
Realizar uma abordagem histórica da instituição do direito estabilitário da gestante no mercado de trabalho
Analisar as correntes doutrinárias acerca do tema
Pesquisar o tempo de permanência das funcionárias na empresa X após concedida a estabilidade provisória
Realizar um estudo comparado acerca da proteção à mulher gestante e da mulher que procede com a adoção de uma criança
Observar a possível má-fé aplicada pela empregada ao notificar a gestação ao empregador após o período estabilitário
Outros objetivos específicos que se fizerem necessário
2 JUSTIFICATIVA
A Constituição Federal disciplina a proteção à dispensa arbitrária da gestante, instituindo a estabilidade provisória como um direito das trabalhadoras, visando não somente a proteção destas, mas também a proteção dos direitos do nascituro.
O direito estabilitário da gestante o único ponto que diferencia mulher e homem no mercado de trabalho, sendo ambos, nos demais âmbitos das relações trabalhistas, tratados igualmente.
Durante toda a história do Direito do Trabalho a estabilidade passou por algumas alterações legais, como exemplo a empregada doméstica sendo tutelada pela estabilidade provisória, a aplicação do instituto mesmo em casos de contrato de trabalho por tempo determinado, dentre outros.
No entanto, o que nos mobiliza neste projeto é o fato de que a divergência na doutrina é grande quando se trata da estabilidade da gestante. Parte das divergências encontram-se sanadas com a edição da Súmula 244 do TST, que trouxe a desnecessidade do conhecimento da gravidez por parte do empregador e sua aplicação mesmo em contratos determinados. Nos tribunais trabalhistas as divergências também são inúmeras quando há a ocorrência da gravidez no curso do aviso prévio. Os posicionamentos da doutrina e dos tribunais são divididos entre os favoráveis e os contrários à possibilidade da gestante adquirir estabilidade quando engravida no curso do aviso prévio. Logo, é bastante atual e pertinente a questão.
3 QUESTÃO-PROBLEMA
O direito estabilitário está realmente alcançando sua função social?
4 HIPÓTESE
A presente pesquisa parte da hipótese, e como simples hipótese, sujeita a caminhos diferentes dos aqui vislumbrados, de que
5 METODOLOGIA
A presente pesquisa pretende ser bibliográfica e de campo.
A bibliografia referente à temática em pauta será pesquisada nos seguintes meios: livros, revistas científicas, revistas informativas, jornais, sítios da internet etc. Antecipadamente e de modo ainda provisório encontram-se ao final deste projeto algumas das referências a serem utilizadas. Outras, com certeza, futuramente, comporão o corpo bibliográfico da pesquisa.
Como a pesquisa será tanto quantitativa quanto qualitativa, a seleção da amostra se balizará por esses quesitos específicos: quantitativos serão os dados selecionados a partir dos registros de trocas de mensagens oriundas dos e-mails e navegadores instantâneos dos funcionários-alvo
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