Estagio

1. Relato da Vivência da Prática de Estágio com Fundamentação Teórica.

O trabalho em educação como um todo, requer do profissional flexibilidade e dinâmica, pois, é um trabalho complexo e cheio de desafios, principalmente o trabalho em gestão, sendo que, o gestor precisa estar presente em tudo o que acontece na escola, ou seja, possui uma grande responsabilidade, precisa utilizar de vários métodos e estratégias para enfrentar os problemas que surgem, problemas estes, em sua maioria, advindos dos meios sociais e, no entanto, vão parar dentro da escola.

O Estágio em Gestão foi uma oportunidade para conhecer a realidade do trabalho do gestor na prática e, este conhecimento deixou evidente que, a gestão escolar precisa ser democrática, isto contribui para o bom desenvolvimento do trabalho docente e, proporciona que a escola eduque para a cidadania.

De acordo com Lima (2008, p. 93),

A escola, como uma das mais importantes instituições sociais de um Estado Democrático, precisa incorporar, em sua estrutura e em sua prática pedagógica, a educação para a participação cidadã. Abrindo-se a participação, a escola estará educando para a democracia e para a cidadania, pois, a participação constitui a viga-mestra da construção da cidadania.

Esta participação tão necessária para o bom resultado do trabalho educacional, às vezes, se torna um grande desafio a ser enfrentado pelo gestor, uma vez que, a realidade em que a escola está inserida possui diversos fatores que geram divergências, ou seja, a formação social, culturas religiosas, desigualdades, são vários fatores presentes em um pequeno espaço social. Porém faz-se necessário ressaltar, a atuação da equipe gestora da instituição em que se realizou o Estágio, pois o trabalho é executado de forma a superar os obstáculos, procurando estabelecer um vínculo sustentável e participativo junto à comunidade. É neste sentido que o trabalho do gestor deve estar pautado, pois conforme diz Ball, apud Lima (2008, p. 96), “O trabalho do gestor envolve a infusão de atitudes e culturas, nas quais os trabalhadores se sentem, eles próprios, responsabilizadores e simultaneamente comprometidos ou envolvidos na organização”.

No período relativo ao Estágio Curricular III foi desenvolvido como projeto de estágio o tema Leitura na Escola, o mesmo foi escolhido a partir de um diálogo com a equipe gestora da instituição, pois, é um tema que permite aos discentes ampliarem e enriquecerem seus conhecimentos. Porém os gestores acharam que esta temática iria ser de grande relevância, uma vez que, eles consideravam que, o incentivo a leitura passada pelos professores aos alunos, possuía uma desconexão com as disciplinas trabalhadas e, também só professores de algumas disciplinas realizavam atividades relacionadas à leitura, no entanto, a interdisciplinaridade proposta pelas atividades do projeto, iria contribuir para a construção de novos hábitos nos professores, já que, a escola deve estar sempre voltada à prática da leitura, pois, segundo Kato (1999, p.135),

A criança que está fazendo uma leitura sem um objetivo específico pode ter falhas em sua compreensão, mas não detectá-las como problemas, situação que não ativa suas estratégias cognitivas. A escola pode, então, oferecer atividades de leitura orientadas com o fim específico de criar situações que exijam a aplicação dessas estratégias.

Assim compreende-se a importância de se trabalhar um projeto com esta temática, uma vez que, cabe ao orientador desenvolver situações que aproxime os educadores e os educandos, criando vínculos de aprendizagens concretos, que, deem resultados na escola como um todo.

De acordo com Nérici (1988, p. 108),

Se o planejamento de todas as atividades escolares deve ser feito dentro da unidade do programa geral de ação, com muito maior razão o da Orientação Educacional, cujas funções estão intimamente ligadas às exercidas por todos os elementos do estabelecimento. Justamente, em virtude da própria natureza que exerce, o Orientador Educacional é o elemento mais positivo, estabelecendo a unidade entre as relações formais e informais, possibilitando eliminar a distância entre educadores e educandos. Por outro lado, o diretor, os funcionários administrativos e mais especialmente os professores têm um papel muito importante na Orientação Educacional, papel esse que deve ser considerado no planejamento do serviço.

A prática do estágio ocorreu baseada nestes pressupostos, fazendo uma ligação do trabalho do professor com a equipe gestora, alunos e comunidade, sendo o planejamento realizado em parcerias com todo o corpo docente, deixando para os professores a tarefa de planejarem as atividades de acordo com as necessidades de cada turma, ficando a caráter da equipe gestora onde ocorreu o estágio, orientar e supervisionar os trabalhos seguindo a proposta do projeto e, assim ocorreu satisfatoriamente atingindo os objetivos almejados.

Uma questão relevante observada durante o estágio é que, ao se trabalhar