Estagio Enssino

4. DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO

O Campo de pesquisa aconteceu em uma, das escolas públicas do município de Campinas, localiza na periferia.

O estagio de observação participativa que é entendida como um momento em que o estagiário, inserido no espaço da sala de aula de alfabetização acompanhará e participara de toda as atividades desenvolvidas por alunos e professores, ocorreram no mês de fevereiro do ano vigente no período de 18/02 a 24/02, em um 5º ano, composta por 32 alunos.

Como fazer, então para educar diferente? Em primeiro lugar é preciso entender que o diferente é normal. Na verdade, a exceção seria se todos fossem iguais numa sala de aula, somente pronto a obedecer ao professor, a seguir suas ordens, sem levar em conta suas próprias expectativas e limites. Então considerando que em salas de aula de alfabetização/letramento o professor vai encontrar a todo o momento alunos diferente, cumpri que ele possa valorizá-los, acolhe-los, dedicando a eles um tempo de estreitamento de relações que possa colaborar com sua aprendizagem (Valle, 2011. p. 82).

A turma é calma, carinhosa com a professora e concentrada (apenas duas alunas mais velhas conversa um pouco).

A interação dos alunos com os alunos é amistosa e rica de aprendizagem, pois se ajudam mutuamente (claro que a disposição das carteiras ajuda bastante) gostam de executar todas as atividades que lhe são propostas com muito entusiasmo e possuem um grande respeito e afeto com a professora.

Eles interagem entre si e declaram suas duvidas e dificuldades, alguns alunos tem dificuldades no raciocínio lógico, na leitura e na escrita; eles não gostam de ler em voz alta.

A professora é bastante calma carinhosa e ouvinte de tudo que seus alunos relatam, muito consciente de sua função e do porque quis se tornar alfabetizadora tem uma grande experiência e vibra com os alunos quando eles descobrem do que são capazes.

Ela possui alguns procedimentos que são permanentes em sua sala como: recepção aos alunos (sempre com bom humor), leitura diária (que não pode faltar).

No inicio da aula ela cumprimenta seus alunos tem uma conversa informal (roda de conversa, atividade permanente), sobre o dia deles e então começa a aula.

Sua sala é ampla e ventilada as disposições das carteiras são em duplas (ela faz uso de agrupamento produtivo).

A sala de aula possui um ambiente alfabetizador e estimulante para aprendizagem.

Como também é utilizado pelo 1º ano Ensino Fundamental Ciclo I, nesses dias a sala estava cheia de brinquedos fabricados com material reciclável.

As paredes também têm vários cartazes produzidos por esses alunos, letras e números emborrachados.

No primeiro dia de observação a professora me apresentou a sua turma que me receberam muito bem, alguns inclusive me abraçaram e beijaram outros apenas disseram palavras de bem-vinda.

A professora iniciou a aula com uma leitura compartilhada entre todos, inclusive eu, cada um lia um parágrafo do texto, cujo tema era água e sua importância. Nos intervalos de cada parágrafo a professora vai explicando, questionando e fazendo com que eles participem e identifiquem a importância para vida de cada um. Em meio à leitura ela representa a quantidade de água na terra com um globo, demonstrando a coerência do texto em dizer que a maior parte da terra é água.

A obra, encarada por muitos autores e profissionais da educação de nosso país como verdadeira revolução nos conceitos até então conhecidos sobre alfabetização, é fruto de uma pesquisa feita por Ferreiro com crianças e descreve o processo por meio do qual a escrita se constitui como objeto de conhecimento para a criança. Antes de Ferreiro, a alfabetização era muito discutida, mas sempre sob a perspectiva de “como ensinar”. O grande diferencial dessa teoria é que a autora mudou o foco da alfabetização para “como aprender”. A pesquisa tinha o intuito de descobrir como a criança aprende a escrever, quais mecanismos utilizam até chegar à escrita convencional, tirando da escola o monopólio da alfabetização e voltando o foco dessa prática para o ser que aprende (Valle, 2011 p.39-40).

Foi muito interessante. No quadro ela descreveu as mudanças do estado físico da água, explicando um a um com exemplos práticos, como o cubo de gelo se derretendo a panela de água fervendo entre outros, depois entregou atividades para corrigir no próximo dia.

Na próxima aula corrigiu a atividade que foi bastante interessante, com caça-palavras sobre assunto do texto e também anotar essas palavras em ordem alfabéticas.

Fez também um ditado do texto explicativo sobre o ciclo da água. Após todos fazerem o ditado a professora colocou todo o texto no quadro para correção textual, principalmente de palavras escritas erradas. Foi muito bom porque ela transitou entre a ciência e português trabalhando escrita e pontuação e o foco que foi finalmente explicado por ela sobre o ciclo da água.

Quando falava do ciclo da água, começou a colocar a falta de água no planeta, falou dos polos se deslocando e o risco de não mais existir essa população. De acordo com o PCN de ciências naturais que enfatiza sobre a natureza sobre uma postura consciente.

Na sequencia a professora voltou a dar continuidade ao tema da água, agora com uma vertente sobre a poluição. Mais uma vez compartilhou a leitura do texto sobre o tema e começou a desenvolver a atividade na sala, um questionário. Durante essa atividade ela sentou-se ao lado de cada aluno tirando duvidas esclarecendo algumas questões como a prevenção das doenças causadas pela poluição e acumulo de água.

Também entregou um panfleto sobre a dengue, que mostrava como preveni-la e algumas informações sobre os sintomas.

A discussão foi muito interessante, porque percebemos que um tema tão divulgado ainda é pouco esclarecido entre alguns.

Quando a professora falou sobre a leptospirose foi estarrecedor perceber que ninguém soubesse o que era e ainda achasse que é difícil adquiri-la. A ultima questão do questionário foi uma pesquisa sobre outras doenças transmitidas por águas contaminadas tema da próxima aula.

Essa discussão foi riquíssima, pois os alunos levarão pesquisas sobre diversas doenças, inclusive pontuando a que eles e familiares já tiveram.

Segundo o PCN, o