Estresse Fisiológico
Pesquisas Acadêmicas: Estresse Fisiológico. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: SPIsabela • 23/11/2014 • 1.291 Palavras (6 Páginas) • 153 Visualizações
Os conceitos de estresse e tensão sobreviveram durante todo o século XIX e inicio do século XX, estresse e tensão foram considerados a causa de “má saúde” e de “doença mental”. A primeira evidência experimental do estresse foi conduzida na Universidade McGill, no Canadá, por Hans Selye, um endocrinologista, nascido na antiga Áustria-Hungria. O conceito de estresse e de adaptação tem sua origem na complexidade do corpo humano e das interações entre as células corporais e seus inúmeros sistemas e órgãos. A capacidade do corpo de funcionar e de manter a homeostasia em condições de mudança de ambientes interno e externo depende de milhares de sistema de controle fisiológico que regulam o funcionamento do corpo. O sistema de controle fisiológico que se põem à mudança operam através de mecanismo de retroalimentação negativa, que consistem em um sensor que detecta mudanças, um integrador/comparador que soma e compara os dados que chagam com um ponto de ajuste e, por fim, um sistema efetor que faz com que a função percebida retorne à faixa do ponto de ajuste. Um exemplo de mecanismo de retroalimentação negativa é o controle da glicemia. Uma elevação da glicose sanguínea estimula um aumento da insulina, que intensifica a remoção da glicose do sangue, quando a glicose é então captada pelas células, e os níveis de glicemia caem, a secreção de insulina é inibida, e o glucagon e outros mecanismos contrarreguladores estimulam a liberação de glicose do fígado, determinando o retorno dos níveis de glicemia a seu valor normal. As respostas ao estresse são mediadas pelo sistema nervoso autônomo (SNA) e pelo eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA), com ações complementares através de todo o organismo. O SNA é o responsável pela resposta mais imediata à exposição ao estressor. Suas duas partes, simpático e parassimpático, provocam alterações rápidas nos estados fisiológicos através da inervação dos órgãos alvos. O organismo ao receber um estímulo estressor (eventos ou agentes ambientais responsáveis por iniciar a resposta ao estresse), reage imediatamente, disparando uma série de reações via sistema nervoso, sistema endócrino e sistema imunológico, através da estimulação do hipotálamo e do sistema límbico. Estas estruturas compõem o sistema nervoso central (SNC) relacionadas com o funcionamento dos órgãos e regulação das emoções (Samulski, 1996). Uma das funções básicas do SNC é a regulação, mantendo a estabilidade do organismo por meio de diversas funções, sendo uma delas as funções vegetativas que asseguram sua organização e funcionamento (Guyton,1989). Estes estressores podem ser endógenos ou exógenos. Mas nem todo estresse é prejudicial; assim criou-se os termos eustresosse (períodos curtos, leves e controláveis de estresse podiam ser percebidos como estimulo positivo ao crescimento e desenvolvimento intelectual e emocional) e distresse (situações graves, prolongadas e descontroladas psicológicas e físicas). Os estressores tendem a produzir respostas diferentes em pessoas diferentes, ou na mesma pessoa em épocas diferentes, indicando a influencia da capacidade adaptativa da pessoa, ou que Selye chamou de fatores condicionantes. Esses fatores condicionantes podem ser internos (ex: predisposição genética, idade, sexo) ou externos (ex: exposição a agentes ambientais, experiências de vida, fatores dietéticos, nível de apoio social). O risco relativo de desenvolver um processo patológico relacionado a estresse parece depender, ao menos em parte, desses fatores. As manifestações da resposta ao estresse são fortemente influenciadas pelo sistema nervoso quanto pelo sistema endócrino. Os sistemas neuroendócrinos integram sinais recebidos ao longo de vias neurossensoriais e a parti de mediadores circulantes que são transportados na corrente sanguínea. O Fator de liberação da Corticotrofina (CRF) é de suma importância para o componente endócrino da resposta neuroendócrina ao estresse. O CRF pequeno hormônio peptídico em encontrado tanto no hipotálamo quanto em estruturas extra- hipotalâmicas, tais com o sistema límbico e o tronco encefálico. O CRF é importante regulador endócrino da atividade da hipófise e das glândulas suprarrenais e um neurotransmissor envolvido na atividade do SNA, no metabolismo e no comportamento. Os receptores do CRF esta distribuídos por todo cérebro, bem como em muitos locais periféricos. O CRF do hipotálamo induz a secreção de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) da adeno-hipófise. Por sua vez, o ACTH estimula a glândula suprarrenal a sintetizar e secretar os homônimos glicocorticoides (ex: cortisol). A estimulação do sistema nervoso simpático (SNS) também ativa o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) periférico, que medeia um aumento periférico no tônus vascular e retenção renal de sódio e de água. Essas alterações contribuem para as mudanças fisiológicas que ocorrem com a resposta ao estresse; se forem prolongadas, podem contribuir para alterações patológicas. A angiotensina II, liberada perifericamente ou produzida no local, também possui efeitos no SNC. Os receptores de angiotensina II tipo 1(AT1) estão atualmente distribuídos no hipotálamo e no locus ceruleus. Uma ampla variedade de outros hormônios, incluindo o hormônio do crescimento, o hormônio da tireoide e os reprodutivos,
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