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Estresse No Trabalho

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Por:   •  12/5/2014  •  4.947 Palavras (20 Páginas)  •  376 Visualizações

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Este trabalho teve como objetivo construir e validar um instrumento de estresse ocupacional geral, de fácil

aplicação e que pudesse ser utilizado em diversos ambientes de trabalho e para ocupações variadas. A Escala

de Estresse no Trabalho (EET), inicialmente composta por 31 itens, foi aplicada a 437 trabalhadores de

diferentes organizações, públicas e privadas, sendo 249 homens e 188 mulheres. A análise fatorial revelou a

existência de um único fator que, após eliminação de itens com carga fatorial abaixo de 0,45, ficou composto

por 23 itens e obteve um coeficiente alfa de Cronbach equivalente a 0,91. Uma versão reduzida da escala, com

13 itens e alfa de 0,85 foi proposta. Com base nos parâmetros psicométricos satisfatórios da EET, concluise

que esta é uma alternativa para investigações empíricas e trabalhos aplicados em organizações, podendo

orientar medidas que visem à qualidade de vida dos trabalhadores.

Palavras-chave: estresse ocupacional; estressores organizacionais; psicometria

Abstract

Validation of the work stress scale. The objective of this study was to develop and to validate a general

instrument to evaluate occupational stress, easily administered, used in different work environments and for

a variety of occupations. The Work Stress Scale (WSS) initially composed of 31 items was applied to 437

workers, 249 men and 188 women, of public and private organizations. The factor analysis detected only one

factor. After the elimination of the items with a factor loading below .45, the final version of the scale was

composed of 23 items and had a Cronbach´s coefficient of .91. A reduced version of the scale with 13 items

and a Cronbach´s coefficient of .85 has been proposed. Based on the satisfactory psychometric parameters

of the scale, it is concluded that the WSS is useful as an alternative in empirical investigations and organizational

diagnostics. The results obtained can be useful indicators for organizational decisions in relation to the life

quality of the workers.

Key words: occupational stress; organizational stressors; psychometrics

46 T. Paschoal & A. Tamayo

bilidade de enfrentamento; (3) estímulos estressores-respostas:

estresse ocupacional refere-se ao processo geral em que

demandas do trabalho têm impacto nos empregados.

De acordo com a definição priorizada, portanto, os

estudos podem se basear nos estressores organizacionais,

nas respostas do indivíduo a esses estressores ou nas diversas

variáveis presentes no processo estressor-resposta.

A conceituação do estresse ocupacional a partir do

enfoque nos estressores organizacionais permite diferenciar

dois tipos de estudo: os de estresse ocupacional e os de

estresse em geral. Os primeiros enfocam estressores relacionados

ao ambiente de trabalho e os últimos, estressores gerais

na vida do indivíduo. A abordagem que enfoca os

estressores organizacionais têm contribuído para a identificação

de demandas organizacionais potencialmente geradoras

de estresse. Apesar das contribuições, esta abordagem

tende a considerar o caráter objetivo dos estressores e tem

sido alvo de inúmeras críticas. Segundo Lazarus (1995) e

Lazarus e Folkman (1984), a simples presença de eventos que

podem se constituir como estressores em determinado contexto,

no qual o indivíduo esteja inserido, não caracteriza um

fenômeno de estresse. Para que isto ocorra, é necessário que

o indivíduo perceba e avalie os eventos como estressores, o

que quer dizer que fatores cognitivos têm um papel central no

processo que ocorre entre os estímulos potencialmente

estressores e as respostas do indivíduo a eles. A existência

de um evento potencialmente estressor na organização não

quer dizer que ele será percebido desta forma pelo indivíduo.

Por exemplo, um trabalhador que relata a existência de excesso

de trabalho pode não percebê-la como prejudicial, mas

sim, como positiva e estimulante. Características situacionais

e pessoais podem interferir no julgamento do indivíduo. Assim,

definir estresse ocupacional como estressores

organizacionais deixa uma lacuna relativa à avaliação do indivíduo

sobre os eventos do trabalho.

Quanto à definição do estresse ocupacional a partir

das respostas aos eventos estressores, pode-se apontar sua

contribuição para a identificação e compreensão de conseqüências

do estresse. A principal crítica a esta abordagem

refere-se à dificuldade em estabelecer se determinados comportamentos,

estados afetivos e problemas de saúde são conseqüências

de estressores organizacionais ou de outros

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