Etica, Politica e Cidadania
Por: Cleber Moura • 18/11/2018 • Trabalho acadêmico • 714 Palavras (3 Páginas) • 1.636 Visualizações
Para a burguesia em ascensão na época, era necessária uma teoria para aferir sua legitimidade fazendo frente à hereditariedade que legitimava a nobreza. Tal teoria é a da propriedade privada – como direito natural – elaborada de forma coerente pela primeira vez pelo filósofo inglês John Locke (1632-1704).
Segundo ele, o trabalho é o que assegura o direito natural – como direito à vida, à liberdade e aos bens necessários para manter e conservar a vida e a liberdade.
Locke defende que a organização das leis e do Estado deve ser feita com o objetivo de assegurar o respeito aos direitos naturais: a proteção da vida, da liberdade e da propriedade de todos. Essa é a única razão de ser de um governo.
Explique a relação entre as ideias de Locke e o desenvolvimento do capitalismo na transição do século XIX ao século XX e algumas de suas consequências:
Conforme Várnagy (2006) John Locke (1632-1704) foi um filósofo nascido na Inglaterra que se sobressaiu em muitos campos, como na epistemologia, na política, na educação e na medicina, que o levaram a ser considerado o precursor do empirismo e o grande teórico do liberalismo.
A filosofia de Locke fundamenta o liberalismo econômico, chamado de “livre mercado” não tendo a intervenção do Estado e a concorrência entre produtores permitida, surgindo assim à lei da oferta e da procura.
Após ser adotada a República Liberal e a com Revolução Francesa, a teoria liberalista de Locke e de outros iluministas prevaleceram nos governos francês e inglês, assim mudando a forma como a sociedade estava estruturada, fazendo com que a função da burguesia crescesse, consequentemente diminuindo o poder da igreja e das monarquias.
Com a Revolução Industrial em meados do século XIX houve uma grande transformação no sistema capitalista, a produção que antes era artesanal e manual, passou a ser realizado por maquinas, aumentando à efetividade da produção e em consequência a contratação de mão de obra especializada, porém com o uso das maquinas na maior parte do processo fizeram com que os trabalhadores perdessem o controle do processo produtivo, pois passaram a trabalhar para um patrão, com isso perdendo a posse da matéria-prima, do produto final e do lucro. Essa transformação na forma de produção marca o ponto culminante de uma evolução tecnológica, econômica e social que vinha acontecendo na Europa.
Durante o século XX, as ideias liberais se difundiram ainda mais, pois as democracias liberais estiveram no lado vencedor nas duas grandes Guerras Mundiais. Com isso o capitalismo se fortaleceu e houve um crescimento econômico rápido o que levou ao crescimento também das diferenças econômicas e culturais.
De acordo com Cavalcante e Silva (2011) a grande consequência destes eventos foi o surgimento da revolução tecnológica que é vivida até os dias atuais, a produção em massa, e conheceu também o lado negativo, que é a busca pelo lucro sem respeito às vidas humanas.
Para Collyer (2015) as consequências foram na maior parte negativa, como a robotização do trabalhador, a vulnerabilidade a acidentes de trabalho, a concentração de grandes multidões nas áreas de fábricas, modificou a urbanização das cidades onde os pobres passaram a habitar bairros populosos e em péssimas condições.
Já para Kohn e Moraes (2007) houve um grande aumento das tecnologias, primeiramente com a otimização dos jornais, o surgimento do telégrafo, a ascensão dos rádios que primeiramente eram de uso de guerra, e depois passaram a ser disponibilizado para a população, o desenvolvimento da televisão e finalmente com desenvolvimento do computador. O surgimento de novas tecnologias é cada vez mais rápido, produzindo mudanças importantes num curto espaço de tempo.
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