Experiências De EJA No Brasil: Final Do século XX E Início Do século XXI
Exames: Experiências De EJA No Brasil: Final Do século XX E Início Do século XXI. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Elidiana • 25/9/2014 • 992 Palavras (4 Páginas) • 2.881 Visualizações
Experiências de EJA no Brasil: final do século XX e início do século XXI
O fortalecimento da EJA, particularmente pelo empenho da sociedade civil organizada. Entretanto, notamos neste início do século que há uma infinidade de projetos e programas que têm a EJA com objeto da ação. É hora de analisarmos alguns desses programas em desenvolvimento do Brasil e indagamos acerca da prática educativa que os sustentam. Essa modalidade da educação básica tem sido praticada por meio das chamadas parcerias entre o poder público e as organizações da sociedade civil.
As autoras Rummert e Ventura (2007,p.33) afirma que “uma identidade da EJA” vem se forjando desde 1990. São diferentes órgãos governamentais, diversos programas e projetos que dão essa nova face à EJA. Para as autoras, a EJA “Passa a apresentar-se de forma mais ampla, mais fragmentada e mais heterogênea”. Há conhecimento da importância dos diversos programas e projetos de EJA, entretanto, salientamos que eles pouco alteram a estrutura das relações sociais. Alteram os índices de escolaridade, mas nem sempre alteram a situação de acesso a um conhecimento que fortaleça processos de emancipação da classe trabalhadora. São os números de reprovados, desistentes, a distorção idade-série etc. que levam à existência da EJA, para que a escolaridade possa ter outra “cara” no país. Para garantir a certificação dos alunos da EJA, certamente haverá parceria entre o poder público e a sociedade/organização/sindicato, universidade etc.
Uma programa é um plano que integra vários projetos articulados à obtenção de um resultado, num tempo delimitado, definido. O programa tem uma temática central, por exemplo, a alfabetização. O Projovem Campo pertence à Secad, junto ao Ministério da Educação. Esse projeto abriga as ações que estão voltadas aos jovens do campo. Já o Projovem Urbano pertence à Secretaria Nacional de Juventude. É importante verificar o material didático-pedagógico de cada programa e identificar se a mensão a um “ sujeito concreto” nas proposições das atividades.
O programa Brasil Alfabetizado “ representa um portal de entrada na cidadania, articulando diretamente com o aumento da escolarização de jovens e adultos e promovendo o acesso à educação como direito de todos em qualquer momento da vida”. Esse programa representa uma iniciativa governamental, no plano federal, voltado ao segmento de jovens e adultos com vistas à ampliação da escolaridade no país. O formato do programa permite que continue a ser destinados recursos públicos a instituições privadas´, coerentemente com as teses de redução da presença direta do Estado na área social, a ausência de compromisso com a consolidação da EJA nos sistemas públicos de ensino. A indagação sobre a dinâmica e lógica dos programas é importante para fortalecer o debate acerca da educação e do acesso ao conhecimento no país, superando os discursos e práticas que têm foco específico nos índices de escolaridades.
Em 1998, foi criada a associação de apoio ao Programa de alfabetização Solidária (Aspas), que possui um estatuto próprio e faz o gerenciamento da Alfabetização Solidária (Alfasol). Esse programa está presente desde 1997 nos municípios brasileiros com os maiores índices de analfabetismo indicados pelo IBGE e em municípios que possuem desempenho mais baixos, medidos pelo Índice de desenvolvimento Humano (IDH), ou em áreas de bolsões de pobreza de municípios de IDH médico e alto. O objetivo é reduzir os altos índices de analfabetismo que ainda vigoram no Brasil e no mundo. Até final de 2004, cerca de cinco milhões de jovens e adultos haviam sido atendidos (Alfabetização Solidária,2006). O Projeto Nacional tem como objetivos oferecer curso de alfabetização inicial a jovens e adultos com pouca ou nenhuma escolarização que estão excluídos de
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