Explícitos e Implícitos do Texto

Explícitos e Implícitos do Texto

Ex.:

- Pedro parou de fumar.

Posto → - Pedro parou de fumar. → É o posto. Ele é marcado linguisticamente pelas palavras ditas e não pode ser negado, pois está explícito.

Pressuposto → Marcador textual “parou” indica que, antes, Pedro fumava.

Subententido → Depende da interpretação do receptor. Ele pode encarar como uma informação ou como uma repreensão (cobrança para que ele também pare de fumar).

Quando escrevemos, deixamos implícitas algumas informações e cabe ao leitor  “completar as lacunas”. Os implícitos do texto são divididos em pressuposto e subentendido e dependem do conhecimento de língua, de gênero e de mundo.

Pressuposto (marca textual)

Depende uma marca textual que me permite identificar o pressuposto. Estão inscritos na língua, não há como fugir ao sentido que eles determinam. Óbvio, esperado, certo, inquestionável.

Ex.:

João não viaja mais. → Antes João viajava. → Marca textual: mais (o que me permitiu perceber o pressuposto da frase).

Letícia continua bonita. → Letícia já era bonita. → Marca textual: continua.

Finalmente você apareceu!

Subententido (contextual)

Depende do contexto para identificar o subentendido. Depende de interpretação. Sempre envolve um julgamento, um juízo de valor e por vezes leva à distorção da verdade. Refletem-se valores e preconceitos da sociedade. Provável, histórico, contextual, variável, incerto.

Ex.:

- Você tem horas? → Teoricamente, a resposta deveria ser “sim, tenho” ou algo do tipo. Porém o receptor entende que o enunciador quis dizer outra coisa e a informação implícita seria “Por favor, você pode me dizer que horas são?”.

- Você tem fogo?

- Você deixou o orgulho de lado e finalmente apareceu! → formula um subentendido. A ausência do outro seria interpretada como soberba.

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