FAMILIA KLEIN
Tese: FAMILIA KLEIN. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: luisdiogenes • 9/5/2013 • Tese • 785 Palavras (4 Páginas) • 402 Visualizações
322.0 FAMILIA KLEIN
Samuel Klein nasceu em 15 de novembro de 1923, na pequena aldeia Zaklikov, na Polônia, filho de uma família da comunidade judia que representava 30% da população de 3.000 habitantes do local. Aprendeu com o pai o ofício de marceneiro e com a mãe a importância da fé. (AWAD, 2003)
Em 1º de novembro de 1939, em plena Segunda Guerra Mundial, o exército alemão invadiu a Polônia. Quase três anos após a invasão, em outubro de 1942 o governo alemão tirou dos judeus o direito à liberdade, nessa ocasião, dois dos irmãos de Samuel, Césia e Sloma fugiram para a União Soviética.
Os Klein como todos os judeus do local foram agrupados na sinagoga, deixando todos seus pertences para traz. Com isso, os alemães se agruparam na entrada do prédio e anunciaram uma seleção entre os judeus. Os Klein foram separados, Samuel e o pai foram encaminhados a um trem, ao lado de outros judeus e encaminhados para um campo de concentração em Budzin, a 200 km de Varsóvia. Esther, sua irmã de 14 anos, num lance de sorte, conseguiu fugir. Os demais membros da família de Samuel foram levados a um campo de extermínio em Treblinka, onde os judeus eram mortos em câmaras de gás. (AWAD, 2003)
Samuel e o pai trabalhavam como marceneiros o que os permitiu um tratamento mais brando, pois eram considerados bons no ofício e, por conseguinte, úteis. Em junho de 1944, os alemães deixaram a região de Lublin, fugindo dos soviéticos, nessa oportunidade levaram junto alguns judeus, dentre eles Samuel e o pai. Durante a fuga, Samuel conseguiu escapar dos soldados alemães e partiu abandonando o pai. De volta à Lippe reencontrou sua irmã Césia, que junto com Sloma, que estavam na União Soviética. Em 1945, uni-se a eles Esther, a irmã que fugiu da sinagoga e sob o disfarce de Julia Tobler – polonesa, trabalhou como semiescrava em fazendas de agricultores alemães, em troca de abrigo e comida, e foi assim que sobreviveu à guerra.
Samuel trabalhou vendendo vodka e teve uma barraca na feira onde vendia salame e toucinho. Com o dinheiro arrecadado comprava roupas que vendia em Lublin. Recebeu de um amigo judeu, uma informação sobre fábricas abandonadas em território alemão, onde o havia um grande lote de açúcar estocado. Samuel, perspicaz logo percebeu a possibilidade promissora de negócio e, conseguiu, inclusive com a colaboração de soldados soviéticos, um caminhão e auxílio para buscar o produto para comercialização em troca de pagamento em dinheiro. (AWAD, 2003) O negócio com o açúcar se mostrou promissor e quando se esgotou Samuel passou a comercializar farinha da Polônia central com dois sócios. Nesse período, os Klein souberam que o pai estava numa instituição das Nações Unidas de proteção a refugiados, então partiram para Munique para encontra-lo.
Em 06 de janeiro de 1949, Samuel conheceu Ana, na época com 17 anos, com quem viria a se casar em dezembro do mesmo ano. Em novembro de 1950, nasce o primeiro filho do casal, Michael, e a partir daí ele começou a providenciar a retirada da família da Alemanha, que era dividida entre alemães, soviéticos, franceses e ingleses vivendo sempre num clima tenso, à beira da guerra.
Em maio de 1951, Samuel recebeu uma carta de amigos que haviam se instalado na Bolívia. Samuel e a família se mudaram e depois de uma breve estadia em La Paz, mudaram-se para o Brasil.
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