FICHAMENTO. Autora Bertha Becker

Aluna: Diana Maria Garcia Corrêa

Texto: Políticas e planejamento de turismo no Brasil

Autora: Bertha K. Becker

Fichamento

Como questão primeira a autora problematiza se o turismo é realmente significativo como tema de pesquisa e de planejamento para a geografia, se é possível fazer um planejamento no caso do Brasil, e qual seria o papel dos geógrafos.

O texto ressalta que o turismo é híbrido, por ser um enorme potencial de desenvolvimento e de degradação ao mesmo tempo.

Sendo assim, é apresentada a necessidade de uma política federal de turismo, que ressalta ser de fundamental importância para um diagnóstico da zona costeira brasileira.

A autora comenta que a frangmentação da informação com relação ao turismo foi o grande problema inicial de seu estudo.

O texto ressalta que o turismo se confunde com a geografia, pois oferece condições de realização para o desejo de conhecer novos ambientes, que para muitos autores é inerente à condição humana.

A autora percebe que a promoção de atividades turísticas torna-se gradativamente uma nova fronteira de acumulação.

O turismo de massa é apontado como tendo surgido no século XX, principalmente no pós-guerra, com a regulação do trabalho e a utilização do avião.

Ressalta-se que a revolução científico-tecnológica no final do século XX atrai crescente número de consumidores, inserindo-os num circuito de mercado através de "pacotes" diversos.

Ressalta-se também que, ainda no final do século XX, a perspectiva de novos significados atribuídos à natureza traz a valorização da natureza como mercadoria para o turismo.

A autora cita Jean Gottmann e afirma que a zona costeira se tornou ponto de contato dos grandes circuitos logísticos de circulação em âmbito global e planetário, e que ao mesmo tempo sua natureza é revalorizada, com a possibilidade da intervenção tecnológica.

A Agenda 21 e sua ênfase nos oceanos e na zona costeira são mostrados como exemplo da importância da valorização da zona costeira, com suas múltiplas dimensões, pasa a geopolítica.

A autora cita exemplos para ressaltar que o turismo no Brasil já é um elemento importante da economia, embora seu crescimento tenha sido desordenado.

O texto aponta que a política nacional de turismo, baseada na perspectiva deste como dentro dos parâmetros valorativos que superem o desenvolvimento acelerado a qualquer custo, é recente no Brasil, apresentando como seu marco institucional a criação da Embratur em 1966.

A autora traz como exemplificação da implantação dessa política a legitimação de uma certa liberalização deste mercado no governo Sarney, cujo fato mais marcante foi o início da articulação do turismo com a questão ambiental.

O texto aponta que essa política nacional de turismo fortalece a ideia de turismo como fator de desenvolvimento, fundando-se não só no discurso, mas também na prática, e aponta como resultado de sua implantação o Plano Nacional de Turismo, que se fundamenta na diversificação e na distribuição geográfica da infraestrutura.

A zona costeira é apontada como um espaço