FRAGMENTAÇÃO DE SÓLIDOS
Trabalho Universitário: FRAGMENTAÇÃO DE SÓLIDOS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: cami2105 • 2/9/2014 • 1.709 Palavras (7 Páginas) • 1.095 Visualizações
FRAGMENTAÇÃO DE SÓLIDOS
A fragmentação de sólidos, também conhecida como cominuição, é a operação
unitária que pode ser definida como o agrupamento de um conjunto de técnicas que
tem por finalidade reduzir, por ação mecânica externa e algumas vezes interna um
sólido de determinado tamanho em fragmentos de tamanho menor. As técnicas de
fragmentação podem ser divididas em duas classes diferentes: a britagem e a
moagem.
A britagem ocorre quando a redução de tamanho envolvida visa à obtenção de
produtos com granulometria superior a 10 mm. A britagem se desenvolve em
estágios denominados britagem primária, secundária, terciária e eventualmente
quaternária. Os equipamentos tradicionalmente utilizados na britagem são os
britadores.
A moagem ocorre quando a redução de tamanho envolvida visa à obtenção de
produtos com granulometria inferior a 10 mm. A moagem também se desenvolve em
estágios subsequentes, considerando-se as relações de redução pertinentes. Os
equipamentos mais usados no processo de moagem são os moinhos.
A fragmentação é uma etapa muito importante em diversas atividades visto a
infinidade de aplicações que possui, dentre elas a moedura de alimentos,
beneficiamento de minérios, porcionamento de produtos industriais ou trituração de
rochas e demais materiais. Contudo, deve-se salientar que o processo de
cominuição está estreitamente ligado a gastos energéticos, e muitas requer uma
grande quantidade de energia para ser realizado.
Os processos industriais de fragmentação de partículas são bastante complexos e
apresentam baixa eficiência com relação à energia aplicada. Verifica-se que a
quantidade de energia elétrica consumida na operação dos equipamentos é muito
maior que aquela de fato necessária para fragmentar as partículas. Dessa forma,
uma pequena elevação na eficiência energética de tais processos, que pode ser
alcançada entendendo melhor as características de fragmentação das partículas,
pode resultar em redução considerável do consumo de energia elétrica e também de
custo.
O processo de cominuição possui uma série de objetivos, dentre os quais podemos
citar:
Aumento de superfícies externas, de modo que o processamento do sólido se torne
mais ágil. Dentre os principais exemplos deste objetivo, pode-se citar a moagem de
sementes oleaginosas para acelerar a extração com solventes e a moagem de
combustíveis sólidos antes da queima;
Diminuição do tamanho de partículas os principais exemplos desse objetivo é a
separação de dois ou mais constituintes de uma mistura e a produção comercial que
deva atender a especificações de tamanho de partículas bem definidas, como
abrasivos para lixas e pigmentos; Mistura entre dois sólidos, como na fabricação de
produtos farmacêuticos em pó; Modificação das propriedades de um material, como
reatividade.
A redução do tamanho de partículas também pode auxiliar em outros processos,
como o de extração ou de compressão, além de diminuir o tempo em processos de
tratamentos de calor.
PRINCÍPIOS DE FRAGMENTAÇÃO
A maioria dos minerais são materiais cristalinos, onde os átomos estão em arranjos
tridimensionais. A configuração dos átomos é determinada pelo tamanho e tipos de
ligações físicas e químicas que os mantém unidos na rede cristalina dos minerais.
Essas ligações Inter atômicas são eficientes a pequena distância, e podem ser
quebradas se tensionadas por forças externas. Estas forças podem ser geradas por
cargas de tensão ou de compressão.
Um material ideal se rompe quando o limite de ruptura é ultrapassado. Isto é,
quando se rompem todas as ligações atômicas de certo plano. Isso não ocorre
facilmente com as rochas e os minerais, pois eles são materiais heterogêneos,
anisotrópicos e contém falhas, fraturas, tanto em escala micro como macroscópica.
No campo da ciência dos materiais, as falhas microscópicas denominam-se
deslocamentos e em mecânica de rochas, "Gretas de Griffith". A existência dessas
falhas nos materiais explica sua baixa resistência mecânica. A teoria da fratura
estuda a formação de gretas a partir de falhas e sua propagação no sólido. Mesmo
quando as rochas são sujeitas a forças uniformes, as pressões internas não são
igualmente distribuídas, pois as rochas se constituem de uma variedade de minerais
dispersos com grãos de vários tamanhos. A distribuição da força depende, não só
das propriedades mecânicas de cada mineral, mas principalmente da presença de
gretas e falhas no corpo
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