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Familia E Sociedade

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Por:   •  10/5/2014  •  1.706 Palavras (7 Páginas)  •  290 Visualizações

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SERVIÇO SOCIAL CONTEMPORÂNEO

Prof.ª Ma. Edilene Xavier Rocha Garcia

Sorocaba/SP

2012

Em entrevistas realizadas com duas profissionais de Serviço Social, atuante no mercado a dois e três anos, constatamos que ambas optaram pelo Serviço Social pela visão de ajudar as pessoas em situação de vulnerabilidade. Perante constatação, verificamos aqui reforçada a teoria de MONTANO, na qual afirma que o Serviço Social é eminentemente feminino, e de caráter assistencialista.

Em experiências obtidas em empresas privadas e Serviços Públicos, as entrevistadas relatam que como profissional elas ficaram limitadas, executando somente o que era de interesse da empresa e órgão público, gerando uma frustração, pois percebiam que poderiam fazer algo a mais. Assim como MONTANO critica, dizendo que como funcionário público e empregado do capital, o assistente social surge como executor terminal das políticas sociais, ele não terá possibilidade de efetivar uma prática satisfatória, estará sempre sujeito à manipulação política do empregador que é o Estado.

Diferentemente em relação às ONG’s, tratando diretamente com indivíduos em situação de vulnerabilidade, as profissionais puderam ter maior liberdade para atuar. Com remunerações, mesmo que não regular, verifica-se novamente a tese de MONTANO, que os profissionais atuais inseridos no mercado de trabalho contribuem significativamente no orçamento familiar, não eliminando o voluntariado, apenas reformulando, tornando profissional de

subalternidade.

“É importante sim aumentar o número de profissionais para que tenhamos mais força para lutar em defesa da categoria.” (Profissional de Serviço Social entrevistada).

MONTANO chama a atenção para a necessidade de o serviço social estar atento às novas demandas na atualidade, para que a prática profissional do assistente social não fique presa a concepções ultrapassadas. Adverte que devemos entender as políticas públicas, não como meros instrumentos de redistribuição de renda, proporcionando ao bem-estar social das pessoas carentes, pois se não há mudanças desses conceitos, as funções de competência do assistente social são reproduzidas mecanicamente, quase que ritualmente.

Analisa ainda, novas frentes de trabalho na sociedade, como preservação do meio ambiente e ecologia, microempresas, catástrofes naturais e suas conseqüências sociais, o serviço social nas empresas que tem crescido muito, entre outros. Diz que a visão desse profissional precisa ser ampliada, além dos campos tradicionais.

O profissional de Serviço Social deve ter um conhecimento crítico sobre seu modo de agir e as mudanças trazidas pela transformação da sociedade, pois é com esta realidade que ele interage.

Diante dessas afirmações de MONTANO refletiremos a cerca do Serviço Social na Saúde e sobre o Serviço Social e a aplicação do Direito.

* Inicialização do Serviço Social na área da Saúde e seus desafios na atualidade

A partir de 1945 em função do término da 2º Guerra Mundial, a ação profissional na saúde se amplia, em 1948 foi elaborado um “novo” conceito de

Saúde, enfocando aspectos biopsicossociais, o que determinou a requisição de outros profissionais para atuar no setor, entre eles o assistente social.

O assistente social consolidou uma tarefa educativa com intervenção normativa no modo de vida da “clientela”, com relação aos hábitos de higiene e saúde, e atuou nos programas prioritários estabelecidos pela normalização da política de saúde.

Ele vai atuar nos hospitais colocando-se entre a instituição e a população, a fim de viabilizar o acesso dos usuários aos serviços e benefícios. Para tanto, o profissional utiliza-se das seguintes ações: plantão, triagem ou seleção, encaminhamento, concessão de benefícios e orientação previdenciária.

No pós 64 o Serviço Social sofreu profundas transformações, que tiveram rebatimento no trabalho do assistente social na área da saúde.

O Serviço Social na saúde vai receber as influências da modernização que se operou no âmbito das políticas socias, sedimentando sua atuação na prática curativa, principalmente na assistência médica previdenciária maior empregador dos profissionais.

Na distensão política, 1974-1979, o Serviço Social na saúde não se alterou, apesar do processo organizativo da categoria, do aparecimento de outras direções para a profissão, do aprofundamento teórico dos docentes e do movimento mais geral da sociedade. O trabalho profissional continuou orientado pela vertente “modernizadora”.

Na década de 80, dá-se início a maturidade da tendência atualmente hegemônica na academia e nas entidades representativas da categoria intenção de ruptura e, com

isso, a interlocução real com a tradição marxista. O serviço social cresceu na busca de uma fundamentação e consolidação teórica, mas pouca mudança consegue apresentar na intervenção.

Nos anos 90, dois projetos políticos em disputa na área da saúde apresentaram diferentes requisições para o Serviço Social, o projeto privatista e o projeto da reforma sanitária.

O projeto privatista requisitou, e vem requisitando, ao assistente social, ente outras demandas: seleção sócio-econômica dos usuários, atuação psico-social através de aconselhamento, ação fiscalizadora aos usuários dos planos de saúde, assistencialismo através da ideologia do favor e predomínio de práticas individuais.

Entretanto, o projeto da reforma sanitária vem apresentando como demanda que os assistentes sociais trabalhem as seguintes questões: em busca da democratização do acesso as unidades e aos serviços de saúde, atendimento humanizado, estratégia de interação da instituição de saúde com a realidade, interdisciplinaridade, ênfase nas abordagens grupais, acesso democrático às informações e estímulo a participação cidadã.

Na atualidade pode-se considerar que se tem uma entidade forte e combativa na defesa das políticas públicas, inclusivo às da saúde.

O Trabalho do Assistente Social na saúde deve ter como eixo central a busca criativa e incessante da incorporação dos conhecimentos e das novas requisições à profissão, articulados aos princípios dos projetos da reforma sanitária e ético-politico do Serviço Social. É sempre na referência a esses dois projetos que se poderá ter a

compreensão

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