Fenômeno Da Globalização
Monografias: Fenômeno Da Globalização. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: remedios65 • 27/11/2014 • 4.047 Palavras (17 Páginas) • 266 Visualizações
HISTÓRIA ECONOMICA
O FENÔMENO DA GLOBALIZAÇÃO
Embora pareça ser algo moderno, ele começou a se intensificar a partir séculos 15 e 16, em
consequência das grandes navegações que só foram possíveis com a invenção da
bússola, da vela oceânica e da formação dos estados nacionais
Foto: hist_econ_1
Crédito: Reprodução (hdasus.blogfa.com)
Por José Calixto de Souza Filho
Podemos definir globalização como sendo a integração e a interdependência econômica, financeira,
social e cultural dos países. Em consequência, ela se manifesta pela padronização de produtos,
comportamento e cultura. Contudo, recentemente, a globalização ainda estabelece uma nova
divisão internacional do trabalho, chamada de reestruturação produtiva (terceirização e
flexibilização tanto da produção quanto das leis trabalhistas) que, por sua vez, provoca mudanças
significativas na estrutura das empresas e na gestão econômica dos países.
Já o processo de globalização em si sempre esteve vinculado à economia, mais precisamente ao
comércio internacional. Portanto, ele se inicia quando o homem sentiu necessidade de trocar seu
excedente de produção, com o objetivo de melhorar sua qualidade de vida (leia-se aumentar seu
consumo) e de se fortalecer econômica e socialmente. Conclui-se, então, que esse processo se
desenvolveu ao longo dos séculos e jamais cessou. Em alguns períodos da História humana, ele se
intensificou e provocou grandes mudanças com quebras de paradigmas e, em outros, esteve apenas
adormecido.
Nesse contexto, normalmente, as quebras de paradigmas são resultantes de inovações
tecnológicas, mudanças sociais e políticas. Nos séculos 15 e 16, por exemplo, a globalização se
intensificou graças às grandes navegações que só foram possíveis com a invenção da bússola e da
vela oceânica e a formação dos estados nacionais.
Na época, a bússola e a vela foram inovações que permitiram aos navegadores estabelecer rotas
com maior precisão e alcançar o destino com mais rapidez no período. Já os estados nacionais
absolutistas que se formavam foram os responsáveis pelo financiamento das expedições que
partiram da Europa em busca tanto da ampliação do comércio quanto do alargamento territorial
ultramarino. As expedições comandadas por Cristóvão Colombo e Pedro Álvares Cabral, por
exemplo, foram financiados pela Espanha e Portugal respectivamente.
Sobre o excedente da produção
Foto: hist_econ_1a
Crédito: Reprodução (rosacarmen-uranus.blogspot.com)
Legenda: Ilustração de feira medieval de trocas de excedentes em Viana do Castelo, Portugal
O excedente de produção é a produção de um bem ou um serviço acima das necessidades de uma
comunidade, que pode ser uma tribo ou até uma nação. Podemos dizer que a ocorrência do
excedente está relacionada à intenção ou necessidade do homem de ter uma produção de bens ou
serviços que garanta sua existência tanto como indivíduo quanto como grupo. Isto começou a
acorrer quando o homem passou da fase de nômade coletor, que retirava seu alimento da
natureza, para a fase de agricultor, momento em que se fixou em determinadas regiões e se
organizou econômica e socialmente.
Portanto, a partir da fixação das comunidades agrícolas, o processo de produção também passou a
ser contínuo, o que permitiu um maior aprendizado e uma boa melhora, tanto do ponto de vista da
técnica quanto da organização da produção. De acordo com esse contexto, o aprendizado resulta
em aumento de produtividade, que com o uso da mesma quantidade de recursos humanos e
materiais, garante a geração do excedente econômico também chamado de excedente de
produção.
O excedente de produção faz com que, por exemplo, as “tribos” busquem a troca para melhorar
seu padrão de vida. A tribo A, que produz mandioca além de suas necessidades, poderá trocá-la
pelo excedente de milho produzido por uma tribo B. A partir desse processo de troca, as duas tribos
têm seu padrão de consumo melhorado.
Esse processo que, ao longo do tempo, foi aumentando, proporcionou o crescimento e o
desenvolvimento das nações. Foi por isso que Adam Smith, na obra a Riqueza das Nações de 1776,
ao escrever que “o comércio internacional promove a riqueza das nações”, traduziu os benefícios
desse tipo de comércio que foi e é um importante instrumento
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