Fertilizante
Projeto de pesquisa: Fertilizante. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: DVVG • 10/11/2014 • Projeto de pesquisa • 4.698 Palavras (19 Páginas) • 428 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA
ENGENHARIA AGRONÔMICA
DANIEL VINÍCIUS VAZ GOMES
FERTILIZANTES
11/06/2014
1. Introdução
Fertilizantes são compostos minerais ou não minerais com a função de fornecer nutrientes à planta. São dezesseis os elementos químicos chamados essenciais para as plantas:
I - Elementos químicos não minerais: carbono, hidrogênio e oxigênio. Encontrados na atmosfera e na água em abundância, participam diretamente do metabolismo do vegetal.
II - Os elementos químicos minerais são encontrados no solo e podem ser divididos em:
- Macronutrientes primários: nitrogênio, fósforo e potássio.
- Macronutrientes secundários: cálcio, magnésio e enxofre.
- Micronutrientes: boro, cloro, cobre ferro, manganês, molibdênio e zinco.
Todos os elementos são fundamentais para o bom desenvolvimento da planta, entretanto os macronutrientes primários tornam-se escassos no solo antes dos demais, pois são exigidos em maiores quantidades.
Existem duas categorias de fertilizantes:
I - Orgânicos — os estercos, turfas, lixos e resíduos da fermentação vegetal.
II - Inorgânicos ou Fertilizantes Químicos — os mais usados e produzidos pelas indústrias de fertilizantes: sulfato II. De amônio (SA), superfosfato simples (SSP), cloreto de potássio (KCL), monofosfato amônio (MAP), superfosfato triplo (SST), difosfato amônico (DAP), uréia e nitrato de amônio.
(Macronutrientes Primários).
A despeito da sua importância econômica, os fertilizantes são considerados insumos agrícolas de baixo valor agregado, necessitando de produção em grande escala, rigoroso controle de custos e, principalmente, logística eficiente. As empresas que dispõem de matéria-prima, possibilitando a verticalização da produção, gozam de uma importante vantagem competitiva.
2. Histórico
Aqui será explicado como se deu a evolução da utilização e produção de fertilizantes no mundo. Inicialmente, no primeiro tópico, em ordem cronológica, e de forma resumida será apresentado o histórico dos fatos relevantes no mundo que levaram a utilização do fertilizante como é conhecida hoje. No segundo tópico será apresentado o histórico, em fases, de como a indústria de fertilizantes chegou ao Brasil.
2.1. Histórico no Mundo
A atividade de agricultura começou a cerca de 10.000 anos
3000 a 200 A.C.: civilizações começam a usar dejetos animais e cinzas de plantas como adubo.
200 A.C. a 500 D.C: referências sobre os tipos de solo adequados para produção de diferentes produtos.
1650: Johann Glauder descobre origem do Salitre (Nitrato de Potássio). Aumento da produção em plantações tratadas com o salitre.
1767: Theodore de Saussure nota a influência dos sais minerais e nitratos do solo no crescimento das plantas
1803: Sir Humphrey Davy publica o livro “Elements of Agricultural Chemistry” sobre o crescimento e nutrição das plantas.
1824: Justus Von Liebig, o Pai da Indústria de Fertilizantes. Lei de Liebig o crescimento das plantas é determinado pelo elemento presente no solo na mínima quantidade adequada, de maneira mais simples. Isso quer dizer que as plantas crescem de acordo com os elementos encontrados no solo. Conclusão: só adicionar NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) que as plantas cresceriam mais.
1918: Fritz Haber, Nobel de Química pela síntese de amônia a partir do hidrogênio e nitrogênio, representando assim a invenção dos fertilizantes químicos para agricultura
1931: Karl Bosch, Nobel de Química pelo desenvolvimento de métodos para tratamento químico com alta pressão. Produção de fertilizantes em larga escala
2.2 Históricos no Brasil
1ª FASE (1950-1974)
A evolução do setor foi motivada pela importação de fertilizantes e de suas misturas. A indústria de nitrogenados teve seu início em 1954, com a entrada em operação da fábrica de fertilizantes FAFER, em Cubatão (SP). Nesse período, houve uma rápida expansão do setor. O consumo de NPK cresceu cerca de vinte vezes e a produção nacional mais de oitenta vezes.
2ª FASE (1974-1980)
Em 1974, a indústria brasileira era responsável pela produção de 29% do consumo de NPK (produto final, conforme a Figura 1). Naquele ano, foram consumidas 1.825 mil toneladas de NPK; a produção nacional foi de 537 mil toneladas, divididas entre nitrogênio e fósforo (REVISTA AGROANALYSIS, 2007).
Havia forte dependência da importação de matérias-primas básicas e intermediárias. Essa dependência ficou crítica quando os preços internacionais tiveram aumentos sucessivos em consequência da primeira crise do petróleo, ocorrida em 1973, provocando desabastecimento em um momento em que a agricultura nacional aumentava substancialmente o consumo de fertilizantes.
Em meio a esse cenário, o governo lançou, em 1974, o Plano Nacional para Difusão dos Fertilizantes e Calcários Agrícolas (PNFCA), que tinha como principal função aliviar a pressão sobre a balança comercial, além de estimular a autossuficiência nacional em fertilizantes, principalmente após a descoberta das jazidas de rocha fosfática em Minas Gerais e Goiás, viabilizando o suprimento interno de novas matérias-primas.
O PNFCA tratou de desenvolver e, sobretudo, proteger a indústria nacional de fertilizantes por meio de políticas tarifárias diferenciadas, assim como se fazia para os demais setores da indústria. O plano também foi marcado pelo aumento da participação do Estado em unidades de fabricação de matérias-primas básicas, sobretudo quando a necessidade de investimentos iniciais era muito alta. Em 1976, foi criada a Petrobras Fertilizantes S/A (Petrofertil), que passou a funcionar como holding, controlando cinco empresas: Ultrafértil, Nitrofértil,
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