Fichamento Ciro Marcondes
Casos: Fichamento Ciro Marcondes. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Rosakab • 30/10/2013 • 2.797 Palavras (12 Páginas) • 598 Visualizações
FICHAMENTO ROSA TRABALHO SOBRE OBJETIVIDADE JORNALISTICA
Item Conteúdo
Referência Ciro Marcondes Filho, A Saga dos Cães Perdidos, São Paulo, Hacker Editores, 2000. 176p.
Palavras-chave Comunicação e Jornalismo
Síntese O livro fala sobre a reconstituição da saga dos jornalistas, pessoas que a favor da sociedade provocaram verdadeiras revoluções na maneira de ver, sentir, e vivenciar o mundo, mas que diante do desafio de forças extraordinárias e hostis.
1- O SEGREDO DESVELADO
“O aparecimento do jornalismo está associado tambem a “desconstruçao” do poder instituído em torno da Igreja e da Universidade. O saber, o acesso aos documentos, o direto a pesquisa estiveram, até a invenção dos tipos móveis por Gutenberg, nas mãos da Igreja. As primeiras publicações começaram a multiplicar o número daqueles a quem era dado conhecer os textos reservados, secretos ou sagrados. O saber se espalha e começa a arruinar as bases da unidade religiosa. Martinho Lutero e o protestantismo serão a primeira conseqüência dessa abertura. O poder papal entra em crise.” (p.10)
2 - O FINANCIAMENTO PELA FALÊNCIA
“Desmoronando esse poder, entra em colapso igualmente seu monopólio do segredo. A época burguesa inverte o processo: agora tudo deve ser exposto, superexposto, ostensivamente mostrado. Uma radicalização eufórica, contudo, também compromete a divulgação livre: tudo o que é demasiadamente exposto se queima. Despotencia-se, esvazia-se o fato, o novo, o estranho, pelo excesso.”(p.11)
3 - O GATO DOS PATRÕES
“E é nessa nova imprensa, como objeto de alto investimento de capital, que manterá as caracteríscticas originais da atividade jornalística: a busca da notícia, o “furo”, o caráter de atualidade, a aparência de neutralidade, em suma o “caráter libertário e independente”. É a imprensa de massa, objeto de uma troca singular mas não muito rara nem muito estranha na história da imprensa: desaparece a liberdade e em contrapartida se obtém mais entretenimento. Este será o substituto funcional que os donos dos jornais encotrarão para preencher a lacuna criada com a supressão da liberdade de imprensa. Não obstante, também as funções “políticas”dentro do jornal são abaladas.” (p. 14)
4 - INFORMAÇAO FORTE, ÉPOCA FRACA
“A transformação ou a descaracterização da atividade (alguns chamam mesmo de “decadência”) tem a vercom a crise da cultura ocidental: o jornalismo é a expressão física de um espírito. O pano de fundo dessas mudanças é o fim da modernidade, caracterizado pelo (novo) processo universal de desencanto (defecção do socialismo e das alternativas ao capitalismo), pela crise dos meta-relatos e de todos os sistemas gerais de explicação, pela falência dos processos teleológicos (esperança de um futuro melhor, a subordinação do engajamento político a um projeto histórico) e – ultimo mas não menos sério – o desaparecimento do “conceito de agonística geral”, isto é, da política como embate, competição, confrontação radical.” (p. 15)
5 - JORNAIS QUE SE DISSOLVEM NO AR
“Essa “industria”, se bem que nascida na década de 30, expande-se mais plenamente no após-guerra. Nesse momento, os mitos surgidos em torno da comunicação e sua expansão em todo planeta (McLuhan, aldeia global, ete.) irão como que absorve-la e constituir esta nova e última fase do jornalismo, em que a atividade se divorcia de suas formas históricas e entra em novos domínios e novas práticas; em algo que hoje, com dificuldade, ainda se pode chamar de jornalismo.” (p. 29)
6 - INDUSTRIA DA CONSCIÊNCIA DOS ROBÔS
“O quarto e último Jornalismo, o do fim do século 20, é o jornalismo da era tecnológica, um processo que tem seu inicio por volta dos anos 70. Aqui se acoplam dois processos, primeiramente, a expansão da indústria da consciência no plano das estratégias de comunicação e persuasão dentro do noticiário e da informação. É a inflação de comunicados e de materiais de imprensa, que passam a ser fornecidos aos jornais por agentes empresariais e públicos (assessorias de imprensa) e que se misturam e se confundem com a informação jornalísitica (vindada reportagem principalmente), depreciando-a “pela overdose”. Depois, a substituição do agente humano jornalista pelos sistemas de comunicação eletrônica, pela redes, pelas formas interativas de criação, fornecimento e difusao de informações. São várias fontes igualmente tecnológicas, que recolhem material de todos os lados e produzem notícias.” (p. 30)
7 - DETALHAMENTOS
“E não há responsáveis por toda essa virada na forma de se fazer jornalismo. É a civilização humana como um todo que se transforma a partir de uma variável independente: a informatização. O processo digital, de tempo real, de comunicação on line estabelece novos parâmetros sociais. Tudo muda. O jornalismo, bem como os valores de progresso, evolução, e razão, foram emanações de outra época histórica, foram epifenomenos da revolução industrial e da revolução social burguesa nos séculos 18 e 19 (...), (...) e esses valores não são os mesmo do passado, mas aqueles que a nova época Poe em risco: o trabalho atento, cuidados, criterioso, lento com o objeto, o componente do ser humano não redutível a bit (paixões, emoções, sensibilidades), as questões éticas, etc.” (p. 37)
“As novas tecnologias digitais introduzem a “imaterialidade jornalística”. Na tela do computador, o texto jornalístico perde a materialidade e se torna pura fibrilação visual de pontos, um texto permanentemente provisório, nunca terminado, passível de interferências por todos os que por ele passam e em todos os momentos da produção do jornal. Imaterial está se tornando também o próprio jornal, cada vez mais editado on line, assim como a redação, acessível de qualquer ponto do planeta, tanto para se receber pautas como para se fazer uma reportagem, nela inserir fotos tiradas em tempo real, diagramar e enviar, tudo pronto, ao terminal instalado do outro lado do mundo.”(p.47)
8 - OS CÃES PERDIDOS
“É dificil caracterizar “o” jornalista. O jornalismo é uma atividade múltipla. Um repórter não faz o mesmo que um secretário de redação; este, por seu turno, tem atividades distintas das de um fotógrafo
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