Filhos Do Silêncio

O professor deve ter em mente cada passo da aula, os tópicos que estarão sendo discutidos, os temas complementares que irão auxiliá-lo na explicação, quais outros recursos (além do filme) poderão implementar o trabalho, que estratégias devem ser usadas para dinamizar o rendimento, com que fazer com que os alunos se interessem pelo assunto, além dos melhores textos que possam ser oferecidos para discutir o assunto da aula. O uso da Língua de Sinais em sala de aula é algo conquistado recentemente no Brasil. A respeito da luta pelo direito de ter um intérprete em sala de aula, deve-se saber que a presença de um intérprete de LIBRAS não resolve todas as questões que envolvem a educação deste grupo diferenciado cultural e linguística. As atividades na Educação são um exemplo de que a presença de intérprete não é a única providência a ser tomada para que se alcance o êxito escolar e o desenvolvimento de todas as potencialidades do aluno surdo. Por que querem que o surdo aprende? Por que a Educação faz parte de um currículo para surdos? Se as razões para este aprendizado não ficarem muito claras para os professores, para os pais, e, principalmente, para os surdos, continuaremos assistindo a uma resistência dos surdos para com tudo o que diz respeito, o que poderá ser uma pena, pois o conhecimento pode ser utilizado em prol do desenvolvimento dos surdos em inúmeras áreas. O objetivo da inclusão não é o colocar crianças com necessidades especiais dentro de uma sala com as regulares. Difícil acreditar que, junto com essas crianças regulares, as que possuem necessidades especiais conseguirão, de maneira efetiva, desenvolverem as habilidades, que farão com que elas possam viver dentro da sociedade com um mínimo de individualidade. Diante disso não se deve encarar essas crianças como sendo regulares, ignorando as condições especiais que elas possuem. A escola tem buscado somente o colocar junto. Incluir é fazer com que ambas as crianças estejam envolvidas nas atividades propostas. É difícil, mas com um pouco de paciência e respeito por ambos essa inclusão poderá vir a ser possível. O filme nos mostra a realidade de uma escola destinada especificamente ao trabalho com deficientes auditivos. Não é essa a proposta que temos para o Brasil. Em nosso país a intenção é a de que as pessoas que tem necessidades especiais (auditivas, visuais, motoras ou mentais) possam ser integradas ao ambiente escolar em que as crianças que não apresentam tais dificuldades estão estudando. Uma outra importante lição do filme Filhos do Silêncio refere-se ao fato de que temos que aprender a lidar com as diferenças com tolerância e paciência. No primeiro caso referindo-se ao respeito e a consideração que devemos ter com as pessoas com necessidades especiais, sem jamais agir com piedade. No que se refere à paciência, entender a diferença não como um empecilho, mas como um fator que poderá exigir um pouco mais tempo e predisposição para verdadeiramente empreender a aprendizagem que queremos realizar.

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