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Filme 400 Contra 1 Antropologia

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Por:   •  2/6/2014  •  501 Palavras (3 Páginas)  •  807 Visualizações

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O filme relata o inicio da organização do Comando Vermelho, que se iniciou no presídio de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, que ficou conhecida nos noticiários por realizarem ousados assaltos e grandes perseguições. Destaca bem a diminuição das liberdades individuais e das garantias fundamentais em nome da segurança nacional, aguçando desta forma a vontade de criação de uma facção que garantisse os direitos dentro das prisões.

A nova organização cria uma conduta de solidariedade entre os presos, algo inédito até então. Um grupo de presos resolve se unir para lutar por direitos e ideais coletivos.

A narrativa revela a divisão do presídio em bairros, fala dos jacarés (que dominavam o presídio) e da grade que dividia os presos políticos dos presos comuns.

Os presos políticos identificavam-se como “elitista”. Os outros se chamavam de "presos proletários".

William da Silva Lima, Professor, (interpretado por Daniel de Oliveira), um dos grandes articuladores do Comando Vermelho, vai parar no presídio de Ilha Grande, e passa a reivindicar, para ele e para seus companheiros, por regalias iguais às dos presos políticos.

O professor é quem articula as bases do Comando Vermelho, como a paz, não trazendo diferenças das ruas para a prisão; a justiça, olho por olho, dente por dente; e a liberdade, que era a fuga como o objetivo principal.

No desenrolar da trama, observam-se cenas de perseguições policiais, assaltos praticados com estilos clássicos, porém destaca das demais, a cena em que o Professor dá uma lição “programática” aos outros detentos, no meio de outra cena “quente” onde ele mostra muito bem, o verdadeiro discurso de “400 contra 1”, quando as conquistas consideradas como coletivas dos bandidos, são na verdade, vitórias pessoais, onde o que é vendido como filosofia, acaba sendo na verdade, só vaidade.

O crime organizado surge no sistema prisional como um fenômeno de proporções extremamente preocupantes. No longa podemos acompanhar o tratamento dos presos , observando as superlotações nas cadeias a ausência de condições sanitárias e higiênicas assim como a qualidade de alimentação, o tratamento dispensado dos presos acabaram provocando resultados desastrosos , os presos criaram uma postura radical de sobrevivência adotando então o nome que lhes foi dado “Comando Vermelho” com isso a facção criminosa conseguiu identidade e status deixando de ser apenas “os presos do fundão” e tornando-se uma das maiores quadrilhas de assalto . Esses crimes organizados acontecem em muitas cadeias, pois os presos veem isso como uma solução para eles, pois sabem que com rebeliões e mortes em presídios a atenção será voltada a eles e de certo modo terão o status e o “poder” que procuram. O sistema prisional precisa de informações corretas e confiáveis para balizar um plano de ações voltado à desmobilização da estrutura do crime organizado, na tarefa de garimpar dados que possam alimentar um sistema de processamento, que irá tratar de forma eficaz a informação e em seguida transformá-la em inteligência que possa se converter em ação efetiva de combate ao crime organizado. Onde o sistema penitenciário poderá fazer seu propósito de recuperar cidadãos.

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