Fisica
Pesquisas Acadêmicas: Fisica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: edneiju • 18/3/2015 • 1.042 Palavras (5 Páginas) • 255 Visualizações
Instituto Superior de Engenharia do Porto- Departamento de Física
Rua Dr. António Bernardino de Almeida, 572
4200-072 Porto. T 228 340 500. F 228 321 159
Laboratórios de Física
Tensão Induzida por
Fluxo Magnético
Transformador
defi departamento
de física
www.defi.isep.ipp.pt
Laboratórios de Física
Tensão Ind. por Fluxo Magnético Transformador
DEFI-NRM-2045
Versão: 02
Data: 02/03/2011
Departamento de Física Página 2/6
Objectivo:
Determinar a dependência da tensão induzida por fluxo magnético na bobina
secundária de um transformador, em função:
· Da tensão existente no primário
· Do número de espiras do primário
· Do número de espiras do secundário
Introdução Teórica
Para o estudo dos transformadores torna-se necessário ter alguns conceitos básicos de
electromagnetismo. Na figura 1 (a), uma bobina é percorrida por uma corrente Ia. De acordo com
a lei de Ampere, o fluxo de campo magnético (ou simplesmente fluxo magnético) produzido por
uma espira Φa é proporcional à corrente, assim se Ia for uma corrente variável com o tempo, o
fluxo magnético também varia proporcionalmente.
Nessa situação, e de acordo com a lei de Faraday,
haverá uma tensão induzida (força electromotriz
auto-induzida, que deve ser igual à tensão aplicada
no caso do indutor ideal) que é dada por:
Va = - N dΦa/dt (1)
em que N é o número de espiras.
Figura 1 – (a) Bobina com núcleo de ar. (b) Bobina com um íman no seu interior.
Considerando a proporcionalidade mencionada, temos que Φa = k Ia. Onde k é o factor de
proporcionalidade. Substituindo na equação (1),
Va = - k N dIa/dt (2)
O termo k N é denominado de indutância (símbolo L, unidade SI: henry - H) da bobina. É uma
característica da bobina, que não depende da corrente circulante, mas apenas da sua forma
construtiva. Podemos então dizer que, para uma bobina ideal genérica, podemos escrever:
V = - L di/dt (3)
Tensão Induzida por Fluxo Magnético Transformador
DEFI-NRM-2045
2024
Φa
Φb
Laboratórios de Física
Tensão Ind. por Fluxo Magnético Transformador
DEFI-NRM-2045
Versão: 02
Data: 02/03/2011
Departamento de Física Página 3/6
Na figura 1 (b) temos a situação inversa, isto é, em vez de uma corrente, aplicamos um fluxo
magnético variável com o tempo (por exemplo um íman que se desloca no interior da bobina).
Assim, a força electromotriz induzida na bobina é dada pela aplicação da lei de Faraday:
Vb = - N dΦb/dt (4)
Ao observar a figura 1, convém lembrar que as setas indicativas do fluxo magnético, Φ, não são
uma grandeza vectorial. Dado que por definição seria:
Seja, uma superfície genérica S.
As linhas tracejadas são algumas das linhas de
indução de um campo magnético que passa por
essa superfície. Seja dS uma porção infinitesimal
da superfície e uN um vector unitário perpendicular
à mesma. Neste local temos o vector campo
magnético (ou indução magnética) B, que é
tangente à linha de indução por definição desta
última. Então, o fluxo de campo magnético para
essa porção da superfície é dado pelo produto
escalar, dΦ = B . uN dS. No caso de toda a
superfície, S, teríamos a integração:
Φ = ∫S B . uN dS.
Salienta-se que, para um campo magnético uniforme e uma superfície plana perpendicular ao
campo, a igualdade anterior é simplificada para Φ = B S.
Em termos de unidades no Sistema Internacional, o fluxo magnético Φ, vem em weber (Wb), e o
campo ou indução magnética B, vem em tesla (T), que, de acordo com definição, equivale a
weber por metro quadrado (Wb/m²). No caso da unidade gauss (G) está equivale a 10-4 T.
Transformador ideal
Um transformador ideal pode ser esquematizado conforme se mostra na figura seguinte. Em que
duas bobinais compartilham o mesmo núcleo. O material deste é altamente magnético (em geral
o ferro), de forma que todo o fluxo magnético gerado é conduzido pelo núcleo.
Ao aplicar uma corrente variável com o tempo
...