Formas E Escoramentos

1 - As formas nas estruturas de concreto

1.1 - Generalidades:

O engenheiro que projeta uma obra, além de se preocupar com sua parte estética, deve também se preocupar com a questão financeira, que deve ser o menor possível, e se tratando de formas, essas duas coisas são às vezes dificilmente conciliáveis. Deve-se estudar cuidadosamente a viabilidade ou não da execução de um projeto de formas.

2 - Acessórios para formas

2.1 - Generalidades:

As formas para concreto, requerem tipos de acessórios, que permitirão um melhor travamento e escoramento para evitar deformações e facilitar a agilização dos trabalhos. Existem no mercado atualmente, os mais variados tipos de acessórios para formas.

2.2 - Tirantes para amarração de formas:

Os tirantes são empregados em pilares e paredes de concreto, para manter a sua espessura projetada, evitando deformações decorrentes da pressão lateral do concreto sobre as formas. Existe grande variedade de tirantes atualmente à disposição dos construtores no mercado. Os de maior utilização e maior funcionalidade são:

- Tensores

- Tirantes rosqueados

- Arames PG-18:

- Tirante "COIL-TIE":

- Tirante DAN:

2.3 - Gastalhos:

Apesar do maior custo inicial dos gastalhos pré-fabricados para pilares de concreto à venda no mercado, que normalmente excedem ao preço do conjunto de gravatas de pontaletes anexadas ao próprio painel do pilar, seu grande número de empregos e a redução da mão-de-obra de montagem e desforma, talvez dê como resultado, um custo inferior ao do convencional. Os tipos de gastalhos mais empregados são os seguintes:

- Pontaletes

- Gastalhos mistos

- Gastalhos Metálicos

2.4 - Gastalhos para vigas:

São peças que reforçam os painéis das vigas, evitando deformações decorrentes da pressão lateral do concreto sobre as formas. Existem vários tipos de gastalhos, sendo os mais empregados, os que são descritos abaixo:

- Gastalhos de sarrafos

- Gastalhos Gethal, Doka ou Ulma

- Gastalho-Escora Ueno

2.5 - Escoras metálicas:

São peças metálicas tubulares de altura regulável, que substitui o escoramento de madeira e são interessantes pelo seu grande número de utilizações. Podem ser travadas em pontos intermediários, para se conseguir maior rigidez e aumentar a sua capacidade de carga. Porém, na maioria das obras prediais, devido a pouca espessura geral das lajes, as escoras nunca chegam a trabalhar com a carga máxima que suportam, pois o madeiramento não permite um afastamento maior entre as escoras, limitando, pois, o seu emprego no caso de lajes. Possuem pequenos acessórios, que ajudam nos serviços de forma, tais como:

- Sapatas Ajustáveis

- Forcados Ajustáveis

- Cruzetas

- Tripé

2.6 - Vigas para formas de lajes e cortinas:

O mercado fornece atualmente diversos tipos de equipamentos, que substituem com grande eficiência o barroteamento convencional de lajes, ainda feito em muitas obras com pontaletes. São usados também para execução de cortinas e como formas de estruturas mais pesadas, tais como obras industriais e barragens. Os mais utilizados atualmente em nossas obras são:

- Treliça Gethal

- Viga compacta 14 GETHAL

- Viga mista de chapa dobrada e sarrafo

- Vigas ALUMA

3 - Sistemas de formas:

3.1-Fôrmas para Lajes

- Painéis estruturados apoiados sobre guias

- Mesas-voadoras

- Domus sobre guias treliçadas

3.2 - Sistemas de formas leves para pilares e cortinas:

Vamos apresentar em seguida, os mais variados tipos de painéis, fornecidos atualmente no Brasil para locação e que podem ser empregados na moldagem de formas de pilares, paredes, muros de arrimo e construções de casas populares com paredes de concreto. Começaremos pelos meados da década de 70, quando surgiram as primeiras formas metálicas para locação. De lá para cá, houve uma evolução muito grande nos sistemas e materiais de fôrmas e várias empresas estrangeiras conceituadas do ramo, já atuam no nosso mercado.

– Painéis estruturados de compensado

- Forma modulada GETHAL

- Forma metálica JAHU

- Forma PASHAL

- Forma TEKKO

- Forma SL2000

- Forma StarTec

3.3 - Sistemas de formas pesadas para pilares e cortinas

- Forma TOP2000

- Forma FRAMECO

3.4 - Sistemas de formas para paredes de casas populares

No final e início da década de 80, com o BNH a todo vapor, houve um grande número de casas construídas com paredes de concreto e com uso de formas metálicas, que tinham a altura do pé-direito e permitiam a concretagem de uma casa por dia. Com um traço de concreto de resistência igual ao de um concreto magro, mas bem superior ao de qualquer alvenaria, com o ganho de produtividade na mão-de-obra, conseguia-se um custo de parede acabada, igual ao convencional de alvenaria e reboco. Não sabemos se com o aumento do custo em dólar do quilo de cimento, conseguiríamos viabilizar ainda hoje, esse tipo de sistema construtivo. As únicas restrições ao sistema são de que as moradias se tornam um pouco mais quente e não se pode mudar as divisões internas dos cômodos, nem abrir novas portas ou janelas.

- Formas IHL e PRECISE

- Formas habitacionais GETHAL

3.5 - Formas para pilares circulares:

- Formas de papelão DIMIBU

- Formas de fibra de vidro SYMONS

- Formas metálicas

- Formas curvas de tábuas

4 – FÔRMAS ESPECIAIS

4.1 - Generalidades:

Consideramos formas especiais, aquelas que não são de uso corriqueiro nas edificações usuais. As formas deslizantes e trepantes são formas usadas em estruturas especiais de obras industriais (chaminés, silos, torres de resfriamento, etc.) e em pilares de pontes e viadutos. Já as formas túnel são mais usadas em galerias subterrâneas, apesar de serem usadas com sucesso em construções residenciais na Europa, pois aceleram bastante os prazos de construção e reduzem drasticamente o custo da mão-de-obra. No Brasil, existe uma empresa de construção, que possui um sistema de formas túnel Outinord e que até hoje, ainda constrói prédios altos de luxo, em paredes monolíticas de concreto.

BIBLIOGRAFIA

1. Hurd, M. K., FORMWORK FOR CONCRETE, American Concrete Institute, Detroit, 1977.

2. Irwin, A. W.-Sibbald, W. I., FALSEWORK - A handbook of design and practice, London, 1983.

3. Pianca, João Baptista, MANUAL DO CONSTRUTOR, Porto Alegre, 1973.

4. Moliterno, Antonio, ESTRUTURAS DE MADEIRA, Volume 1,Parte Teórica,

1 - As formas nas estruturas de concreto

1.1 - Generalidades:

O engenheiro que projeta uma obra, além de se preocupar com sua parte estética, deve também se preocupar com a questão financeira, que deve ser o menor possível, e se tratando de formas, essas duas coisas são às vezes dificilmente conciliáveis. Deve-se estudar cuidadosamente a viabilidade ou não da execução de um projeto de formas.

2 - Acessórios para formas

2.1 - Generalidades:

As formas para concreto, requerem tipos de acessórios, que permitirão um melhor travamento e escoramento para evitar deformações e facilitar a agilização dos trabalhos. Existem no mercado atualmente, os mais variados tipos de acessórios para formas.

2.2 - Tirantes para amarração de formas:

Os tirantes são empregados em pilares e paredes de concreto, para manter a sua espessura projetada, evitando deformações decorrentes da pressão lateral do concreto sobre as formas. Existe grande variedade de tirantes atualmente à disposição dos construtores no mercado. Os de maior utilização e maior funcionalidade são:

- Tensores

- Tirantes rosqueados

- Arames PG-18:

- Tirante "COIL-TIE":

- Tirante DAN:

2.3 - Gastalhos:

Apesar do maior custo inicial dos gastalhos pré-fabricados para pilares de concreto à venda no mercado, que normalmente excedem ao preço do conjunto de gravatas de pontaletes anexadas ao próprio painel do pilar, seu grande número de empregos e a redução da mão-de-obra de montagem e desforma, talvez dê como resultado, um custo inferior ao do convencional. Os tipos de gastalhos mais empregados são os seguintes:

- Pontaletes

- Gastalhos mistos

- Gastalhos Metálicos

2.4 - Gastalhos para vigas:

São peças que reforçam os painéis das vigas, evitando deformações decorrentes da pressão lateral do concreto sobre as formas. Existem vários tipos de gastalhos, sendo os mais empregados, os que são descritos abaixo:

- Gastalhos de sarrafos

- Gastalhos Gethal, Doka ou Ulma

- Gastalho-Escora Ueno

2.5 - Escoras metálicas:

São peças metálicas tubulares de altura regulável, que substitui o escoramento de madeira e são interessantes pelo seu grande número de utilizações. Podem ser travadas em pontos intermediários, para se conseguir maior rigidez e aumentar a sua capacidade de carga. Porém, na maioria das obras prediais, devido a pouca espessura geral das lajes, as escoras nunca chegam a trabalhar com a carga máxima que suportam, pois o madeiramento não permite um afastamento maior entre as escoras, limitando, pois, o seu emprego no caso de lajes. Possuem pequenos acessórios, que ajudam nos serviços de forma, tais como:

- Sapatas Ajustáveis

- Forcados Ajustáveis

- Cruzetas

- Tripé

2.6 - Vigas para formas de lajes e cortinas:

O mercado fornece atualmente diversos tipos de equipamentos, que substituem com grande eficiência o barroteamento convencional de lajes, ainda feito em muitas obras com pontaletes. São usados também para execução de cortinas e como formas de estruturas mais pesadas, tais como obras industriais e barragens. Os mais utilizados atualmente em nossas obras são:

- Treliça Gethal

- Viga compacta 14 GETHAL

- Viga mista de chapa dobrada e sarrafo

- Vigas ALUMA

3 - Sistemas de formas:

3.1-Fôrmas para Lajes

- Painéis estruturados apoiados sobre guias

- Mesas-voadoras

- Domus sobre guias treliçadas

3.2 - Sistemas de formas leves para pilares e cortinas:

Vamos apresentar em seguida, os mais variados tipos de painéis, fornecidos atualmente no Brasil para locação e que podem ser empregados na moldagem de formas de pilares, paredes, muros de arrimo e construções de casas populares com paredes de concreto. Começaremos pelos meados da década de 70, quando surgiram as primeiras formas metálicas para locação. De lá para cá, houve uma evolução muito grande nos sistemas e materiais de fôrmas e várias empresas estrangeiras conceituadas do ramo, já atuam no nosso mercado.

– Painéis estruturados de compensado

- Forma modulada GETHAL

- Forma metálica JAHU

- Forma PASHAL

- Forma TEKKO

- Forma SL2000

- Forma StarTec

3.3 - Sistemas de formas pesadas para pilares e cortinas

- Forma TOP2000

- Forma FRAMECO

3.4 - Sistemas de formas para paredes de casas populares

No final e início da década de 80, com o BNH a todo vapor, houve um grande número de casas construídas com paredes de concreto e com uso de formas metálicas, que tinham a altura do pé-direito e permitiam a concretagem de uma casa por dia. Com um traço de concreto de resistência igual ao de um concreto magro, mas bem superior ao de qualquer alvenaria, com o ganho de produtividade na mão-de-obra, conseguia-se um custo de parede acabada, igual ao convencional de alvenaria e reboco. Não sabemos se com o aumento do custo em dólar do quilo de cimento, conseguiríamos viabilizar ainda hoje, esse tipo de sistema construtivo. As únicas restrições ao sistema são de que as moradias se tornam um pouco mais quente e não se pode mudar as divisões internas dos cômodos, nem abrir novas portas ou janelas.

- Formas IHL e PRECISE

- Formas habitacionais GETHAL

3.5 - Formas para pilares circulares:

- Formas de papelão DIMIBU

- Formas de fibra de vidro SYMONS

- Formas metálicas

- Formas curvas de tábuas

4 – FÔRMAS ESPECIAIS

4.1 - Generalidades:

Consideramos formas especiais, aquelas que não são de uso corriqueiro nas edificações usuais. As formas deslizantes e trepantes são formas usadas em estruturas especiais de obras industriais (chaminés, silos, torres de resfriamento, etc.) e em pilares de pontes e viadutos. Já as formas túnel são mais usadas em galerias subterrâneas, apesar de serem usadas com sucesso em construções residenciais na Europa, pois aceleram bastante os prazos de construção e reduzem drasticamente o custo da mão-de-obra. No Brasil, existe uma empresa de construção, que possui um sistema de formas túnel Outinord e que até hoje, ainda constrói prédios altos de luxo, em paredes monolíticas de concreto.

BIBLIOGRAFIA

1. Hurd, M. K., FORMWORK FOR CONCRETE, American Concrete Institute, Detroit, 1977.

2. Irwin, A. W.-Sibbald, W. I., FALSEWORK - A handbook of design and practice, London, 1983.

3. Pianca, João Baptista, MANUAL DO CONSTRUTOR, Porto Alegre, 1973.

4. Moliterno, Antonio, ESTRUTURAS DE MADEIRA, Volume 1,Parte Teórica,