Formação do exército da reserva industrial
Resenha: Formação do exército da reserva industrial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Lauemissa • 1/4/2014 • Resenha • 1.534 Palavras (7 Páginas) • 665 Visualizações
Formação do Exército Industrial de Reserva.
Com a industrialização o trabalho humano, passou a ficar cada vez mais dependente da máquina o que deu origem a revolução industrial, acelerando o processo de migração do campo para a cidade aumentado o crescimento da população urbana, surge uma nova classe social, a operária.
A sociedade baseada no modo de produção capitalista produz e reproduz as desigualdades sociais, a pobreza e o desemprego o ritmo desigual do desenvolvimento econômico com superpopulação e mão –de –obra em abundância que ultrapassava a necessidade e o aumento do desemprego levou a formação do exército industrial de reserva, são operários sem emprego que constituíam de mão –de –obra disponível para a produção industrial. O capitalista busca uma força de trabalho menos qualificada de jovens e mulheres, substituindo a força masculina,o trabalhador com receio de perder o seu emprego, pois poderiam ser facilmente substituído passam aceitar baixos salários e submete a uma jornada de trabalho abusiva uma total exploração e passam disputar vagas entre si..
Segundo Marx o sistema capitalista não garante meios de sobrevivência para á sociedade, o desenvolvimento tecnológico e a acumulação do capital, são as principais causas de exploração do trabalhador. Para Marx o exército de reserva industrial era divido em três tipos: latente; flutuante e intermitente. O latente é gerada pela mecanização agrícola,flutuante composta por trabalhadores jovens atraindo pela industria moderna é intermitente parte do exército de mão-de-obra ativa,com emprego sumamente irregular.
A acumulação capitalista, portanto, sempre necessita da geração de uma força de trabalho desnecessária, excedente relativamente, para além das suas necessidades de expansão. Este movimento de expulsão ou de inserção dos trabalhadores depende do dinamismo do processo de acumulação ou, ainda, da correlação de forças na sociedade protagonizada pela organização dos trabalhadores. Em alguns momentos, a força de trabalho ocupada será mais demandada em face da expansão de alguns ramos da produção, ora esta força de trabalho será reduzida pelo emprego de mais tecnologia2. Esta crescente expansão de força de trabalho excedente se constitui como um dos pilares do processo de acumulação capitalista. Ou seja, formar uma força de trabalho excedente e disponível para ser absorvida no mercado de trabalho é imanente ao processo de produção tipicamente capitalista. A economia política clássica vê este aumento da população excedente como algo natural e até necessário à indústria moderna.
Para estes economistas, a importância de se criar um exército industrial de reserva é fundamental para o equilíbrio do sistema. Ele serve para ser absorvido pela produção quando necessário, mas sobretudo, para manter o nível dos salários relativamente no limite para não afetar o processo de acumulação de capital. Por outro lado, se o capital precisa da criação deste excedente de trabalhadores, pelas razões supracitadas, ele também vai necessitar de extrair mais trabalho da parte do capital empregado. Isto significa que a manutenção ou diminuição do capital variável não implica em menos trabalho ou mais tempo livre, mas, pelo contrário, em maior produtividade do trabalho. Quanto maior a produtividade extraída da força de trabalho pelo proprietário dos meios de produção, maior será a grandeza da sua riqueza e maior será a acumulação de capital. Desde o início da industrialização, o capital vem aprimorando suas técnicas para extrair maior produtividade do trabalho sem despender maior quantidade de capital. Por isto, em alguns momentos, lança mão de estratégias para extrair maior produtividade a custos mais baixos como, por exemplo, substituição da força de trabalho masculina pela feminina ou infantil, trabalho qualificado por aqueles com menos qualificação, a introdução de máquinas etc.
Esta relação aparece mistificada pelos apologetas da sociedade capitalista burguesa que defendem que estes mecanismos tendem a favorecer o trabalhador, propiciando-lhe tempo livre. Este tempo livre aparece como benéfico ocultando, na verdade, a liberação do trabalhador do mercado de trabalho. Esta relação é mais visível quando se trata da substituição dos homens pelas máquinas. Ao contrário dos mecanismos elencados anteriormente, o uso capitalista da maquinaria expulsa homens, mulheres e crianças. Nesse caso, não há a substituição de uns pelos outros, mas de todos pelas máquinas, afetando a lei geral da oferta e da procura e provocando uma concorrência entre os próprios trabalhadores que passam a disputar entre si as vagas oferecidas no mercado de trabalho, garantindo a formação do exército industrial de reserva ou a superpopulação relativa.
Porém, a superpopulação relativa não é uma categoria monolítica, estável, onde se incluem determinados segmentos de trabalhadores e excluem-se outros. Sua inserção ou exclusão do mercado de trabalho depende dos momentos de crise e/ou de expansão do processo de industrialização, da pressão dos trabalhadores organizados ou, ainda, das políticas governamentais adotadas pelos governos dos diferentes países. Marx (1988) define três formas em que a superpopulação relativa se manifesta. A primeira delas ele chama de flutuante. Nessa forma, o número de trabalhadores das fábricas, manufaturas, usinas siderúrgicas e minas podem aumentar ou diminuir, aumentando o número de empregados, porém não na mesma razão do aumento da produção.
A outra forma seria a constante migração do campo para a cidade, principalmente quando a agricultura introduz técnicas capitalistas e expulsa milhares de trabalhadores rurais que, por não encontrarem postos de trabalho na agricultura, voltam-se para as cidades em busca de oportunidade de trabalho, formando um excedente de trabalhadores também na área rural. Por último, tem-se a forma estagnada da superpopulação relativa representada pelos trabalhadores irregulares, cuja ocupação não se insere nem na grande indústria, nem na agricultura. São os trabalhadores supérfluos, precários e temporários, mas que contribuem para a lógica da acumulação, pois pressionam o contingente de trabalhadores excedentes para cima. A superpo- pulação relativa estagnada
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