Fundamentos De Serviço Social
Artigo: Fundamentos De Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ceni1111 • 17/9/2014 • 2.561 Palavras (11 Páginas) • 336 Visualizações
UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS
CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
Atividade apresentada como requisito parcial para aprovação na disciplina Sociedade Direito e Cidadania no Curso de Serviço Social da UNIFACS sob acompanhamento da Profª: Leila Guevara e do tutor (a) Profª: Leila Ferreira de Sales Macedo.
SANTO ANTONIO DE JESUS
2013
QUESTÕES
1-A sociedade que vivenciamos hoje tem como uma de suas principais características o consumismo. Consumir, ainda que não se faça necessário, é uma constante no mundo atual. E é neste cenário que surgem a Indústria de Massa a Cultura Popular e a Indústria Cultural.
Por Indústria de massa entendem-se as empresas e instituições que tem como principal atividade econômica a produção de cultura com fins lucrativos. Neste contexto pode-se incluir o jornal, a revista, o rádio, a TV, ou outro meio que produza cultura com o objetivo de obter lucro. Por tanto faz- se necessário que esta produção atinja o maior numero de pessoas possível, para que o volume financeiro captado seja compensador. Na cultura de massa o modismo, sejam eles referentes à música, roupas, sapatos, cortes de cabelo, modo de andar e etc., são ditados pelos meios de comunicação, igualando os “gostos” no oriente e no ocidente, uma “massa” só. Sem atitude crítica, que vai consumindo aquilo que lhe é oferecido.
Alfredo Bossi comparando cultura de massa e cultura popular faz a seguinte análise; O poder econômico expansivo dos meios de comunicação, parece ter abolido, em vários momentos e lugares, as manifestações da cultura popular, reduzindo-as para a função de folclore para turismo. Tal é a penetração de certos programas de rádio e TV junto às classes pobre, tal é a aparência de modernização que cobre a vida do povo em todo o território brasileiro, que à primeira vista, parece não ter sobrado mais nenhum espaço próprio para os modos de ser, de pensar e falar, em suma, viver, tradicional-populares...
A cultura de massa entra na casa do caboclo e do trabalhador de periferia ocupando- lhe as horas de lazer em que poderiam desenvolver uma forma de criativa de auto-expressão: eis ai seu primeiro tento. Em outro plano, a cultura de massa aproveita-se dos aspectos diferenciados da vida popular e os explora sob a categoria de reportagem popularesca e turismo. O vampirismo é assim duplo e crescente: destrói-se por dentro o tempo próprio da cultura popular e exibe-se para consumo do telespectador, o que restou desse tempo, no artesanato, nas festas, nos ritos (BOSE, 1992, p.328).
Ao contrário da cultura popular que vai sendo tecida, por anos e anos, através do cotidiano e história de um povo, a cultura de massa é uma cultura imposta. Ela se dá com tanta velocidade e é tão fugaz que sem que se perceba ela se impõe e se estabelece especialmente para o público mais jovem.
A cultura de massa se estabelece com a Indústria Cultural, que surge em resposta às mudanças ocorrida no século XIX, fruto do modelo capitalista monopolista que se iniciou no século XIX e se estabeleceu no século XX. Entre estas mudanças temos a criação dos grandes monopólios econômicos formando blocos resistentes à concorrência, a procura de mercado consumidor. Temos também o aumento da classe média, que necessita ser direcionada antes que se organizasse e viesse a criar problemas, especialmente, para o Estado.
É na confluência desses fenômenos que se dá a necessidade de uma indústria de Massa. Uma indústria que desenvolvesse basicamente duas funções: vendesse os produtos, acumulando riquezas para os conglomerados e ao mesmo tempo apascentasse a massa trabalhadora, através da ideologia. Fonseca ilustra bem o momento; sob a ordem capitalista monopolista, ao contrário, o Estado deixa de ser apenas árbitro para adquirir um poder de intervenção maior nas relações sociais. Conforme Bolaño (200), não apenas interfere no próprio conteúdo dos contratos, como se torna ele mesmo proprietário de empresas, transformando-se, nesse caso, num ente capitalista individual de pleno direito. O Estado passa, assim, a investir diretamente naqueles setores da econômia que o capital privado não tem condições ou não tem interesse em investir.
Além da presença expressiva do Estado nas relações sociais que se constituem sob a etapa monopólica do capitalismo na virada do século XIX para o século XX, um outro aspecto merece atenção. Diz respeito à forma de constituição e manutenção de hegemonia nas relações tanto entre as classes sociais quanto entre as nações. Nesse processo, passa a ser fundamental o papel exercido pelas indústrias da comunicação e da cultura. (Fonseca, 2003, p. 311-312) A partir daí, com advento de tecnologias mais eficazes, os meios de comunicação vão se desenvolver cada vez mais, se impondo como uma indústria ideológica e lucrativa. Aos poucos vai aumentando o interesse de investimento neste mercado, e este tipo de indústria vão se expandindo para o resto do mundo.
No Brasil irá se desenvolver da mesma maneira, porém somente a partir de meados do século XX, pois o capitalismo monopolista aqui será tardio. Portanto, as condições para o estabelecimento de indústrias acompanharão o tempo do capitalismo monopolista, e do desenvolvimento das classes média, que se consolidará com o governo Kubistschek.
Cultura popular é o conjunto das tradições, costumes, crenças, princípios, é o modo de ser de um povo. Segundo Fidelis: A cultura popular tem suas raízes nas tradições, nos princípios, nos costumes, no modo de ser daquele povo. Desta forma, cada povo produz, por exemplo, uma arte peculiar, reflexo de suas especificas qualidades necessariamente diversa das artes de outros povos. (Fidelis, 2008, p.1)
2- O homem é um ser social que vive em conjunto com outros seres humanos, estabelecendo relações sociais. Este contato social serve para a comunicação entre o individuo, o grupo e a sociedade. Ao entrarmos em contato com outra pessoa estabelece-se uma relação social, através da comunicação, estabelece-se uma interação social, uma relação de reciprocidade, na qual influenciamos e somos influenciados pela ação do outro. Segundo Tomazzi (1993, p.15):”São situações cujas causas não são encontradas na natureza, ou na vontade individual, mas antes devem ser procuradas na sociedade, nos grupos sociais ou nas situações sociais que as condicionam”.
As normas de condutas e de pensamento se impõem ao individuo independente
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