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Fundamentos Do Serviço Social

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Por:   •  17/4/2014  •  2.733 Palavras (11 Páginas)  •  386 Visualizações

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ETAPA 1 – PASSO 4

O filme é uma crítica à mecanização do trabalho e a desvalorização do indivíduo. Vemos um operário num processo mecanizado onde, se ele perde um segundo atrapalha o serviço do segundo.

Essa especialização dos trabalhadores era vantajosa somente para dos donos das fábricas, pois os profissionais a cada dia se tornavam mais rápidos e mais produtivos. Em contrapartida, formavam – se pessoas insatisfeitas e frustradas em suas vidas.

Em determinados momentos percebemos a forma negativa como toda essa pressão e cobrança influenciava a qualidade de vida dos operários.

As pessoas viviam a rotina da fábrica no seu cotidiano, de forma involuntária, vivendo em função do trabalho e não trabalhando em função da vida.

A preocupação capitalista dos donos das fábricas inviabilizava qualquer possibilidade de humanização das técnicas trabalhistas.

Os operários tinham nas fábricas seu único meio de sobrevivência, pois se tornavam dependentes das atividades que exerciam, pois eram as únicas que dominavam.

A centralização do poder é outra característica abordada. As cenas em que mostra o dono da fábrica observando seus operários pelos monitores retratam além da centralização, a impessoalidade que os trabalhadores eram tratados.

Em meio a todos esses fatores clássicos, começam a surgir os primeiros estudos das relações humanas que não é mencionado no filme, mas que começou a dar seus primeiros passos, considerando a situação imposta aos operários pela abordagem clássica.

O Serviço Social no Brasil surge para enfrentar os problemas das questões sociais que os donos das fábricas e a população enfrentavam que eram as mesmas vistas no filme:

• Controle da massa operária

• Más condições de trabalho

• Trabalho excessivo

• Doenças recorrentes da exaustão no trabalho

• Falta de alimentação

• Moradia, etc.

A partir do objetivo de obter um controle ainda mais amplo, o Estado passa a intervir não somente na regulação do mercado, através da política salarial e sindical, como também no estabelecimento e controle de uma prática assistencial. O Serviço Social enquanto profissão situa – se no processo de reprodução das relações sociais, como atividade auxiliar e subsidiária no exercício do controle social e na difusão da ideologia da classe dominante entre a classe trabalhadora. (Serviço Social e Assistência Social no Brasil – teses abertas, Cap. 3).

O Serviço Social brasileiro surge na década de 1930,

“o surgimento do Serviço Social como profissão – vale dizer, como prática institucionalizada, socialmente legitimada e legalmente sancionada -, a sua vinculação com a chamada “questão social” (NETTO, 1992: p.13)

com um cenário violento de desigualdades.

O quadro que se apresentará neste momento é de um número de trabalhadores afastados

dos postos de trabalho sem condições e/ou rendimentos financeiros para a manutenção

de suas vidas e de suas famílias.

A profissão de Serviço Social passa a existir com a fundação da primeira escola de Serviço Social em 1936, na cidade de São Paulo, com aspectos profundamente religiosos. Antes, a Igreja Católica já desenvolvia ações para enfrentar as questões sociais.

A escola de Serviço Social de São Paulo é fundada pelo Centro de Estudo e Ação Social (CEAS), que surge de um grupo de moças preocupadas com a questão social. O CEAS tinha como finalidade o estudo e a difusão da doutrina católica.

Nos finais dos anos 40 e início de 1950, a presença da interferência norte – americana no Serviço Social brasileiro cresce, o que resultará na criação de uma instituição para atendimento às famílias dos expedicionários brasileiros denominada LBA. É caracterizada por atitudes paternalistas e de prestações de auxílios emergenciais e paliativos à miséria.

O Estado foca – se nas disputas eleitorais, surgindo as instituições:

• Fundação Leão XIII – criada em 1946 pelo governo federal. Sua atuação é especificamente juntos aos moradores das favelas.

• SESI (Serviço Social da Indústria) – criado em 1946 no pós – guerra. Sua finalidade é atuar no bem – estar dos trabalhadores da indústria.

Com o governo de Juscelino Kubitscheck, o país assume uma postura de “Estado desenvolvimentista” o que vai impulsionar a ação profissional ao Desenvolvimento da Comunidade, ou seja, tem aspectos assistencialistas.

Nos anos de 1960, mais precisamente 1964, ocorre o golpe militar. O regime torna – se a favor do desenvolvimento do capital estrangeiro, resultando no empobrecimento da classe trabalhadora. O Serviço Social começa a questionar a sua prática conservadora e a ação em favorecimento ao Estado, iniciando assim o Movimento de Reconceituação.

O Movimento de Reconceituação, inicia-se nos anos de 1960, inicialmente com o Encontro Latino Americano em 1965 em Porto Alegre e em 1967, com um Seminário em Araxá.

O importante é visualizar que o Movimento de Reconceituação

“não é como um movimento isolado e vanguardista, mas como um processo vivo e contraditório de mudanças no interior do Serviço Social Latino – Americano.” (FALEIROS, 1987: 51)

A Assistência Social até finais dos anos 1980 se caracterizará como uma política de governo e não como uma política pública de Estado. O reconhecimento da Assistência Social como política pública e social só acontece com a aprovação da Constituição Federal de 1988.

Em 1990 o neoliberalismo chega ao Brasil no governo do então Presidente da República Fernando Collor de Mello. Sua política de governo acredita que o desenvolvimento social seria resultado do desenvolvimento econômico, cabendo ao Estado realizar políticas que favorecem o mercado. Nessa perspectiva neoliberal, não há o reconhecimento da assistência social como uma política pública.

Em 1995, Fernando Henrique Cardoso assume a presidência do Brasil e extingue a LBA.

Em 1996 o LOAS é implantado (Lei Orgânica da Assistência), ou seja, diferentes seguimentos como idosos, portadores de deficiência, criança e adolescentes

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