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Função Integrativa Do Líder

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Por:   •  30/1/2014  •  2.323 Palavras (10 Páginas)  •  406 Visualizações

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ABORDAGEM SISTÊMICO-INTEGRATIVA

Esta concepção foi desenvolvida por um grupo de profissionais que tinha como objetivo inicial desenvolver técnicas e estratégias de intervenção nos sistemas humanos segundo o modelo integrativo (Grassano, 1993). No decorrer do estudo, os profissionais perceberam a falta de uma visão sistêmica do desenvolvimento humano, o que resultou na elaboração desta abordagem que estuda a influência das funções parentais na estruturação e desenvolvimento integrado da personalidade.

Segundo a Abordagem Sistêmico-Integrativa o grupo familiar desempenha três funções básicas no desenvolvimento do indivíduo: Função materna que tem as atribuições de Vínculo, Nutrição e Organização; Função Paterna de Direção, Limite e Proteção e Função de Casal de Afetividade, Sexualidade e Companheirismo.

As Funções Materna, Paterna e de Casal são tratadas pelas autoras não como funções de Pai e Mãe embora o termo possa levar a esta confusão, mas sim como funções de maternagem e paternagem as quais podem ser exercidas por qualquer pessoa do sistema familiar e não necessariamente pelos pais biológicos.

Estas funções começam a ser exercidas e aprendidas já na vida intra-uterina e se perpetuam por toda a vida.

- Função Materna

Segundo Grassano (1997) esta é a função que garante a Sobrevivência da criança, e tem a tarefa de desenvolver o vínculo afetivo e de nutri-la, ensinando-a a conhecer as necessidades de seu corpo e de como responder a elas.

Ao ser atendido em suas necessidades básicas o bebê vai estruturando a sua confiança básica, pois a criança no seu processo de diferenciação e desenvolvimento, introjeta as suas experiências como sendo ela mesma (Rosset, 2003). Quando a criança vive situações desorganizantes como a dor, frio, calor e fome, é inundada por uma grande ansiedade que a desestrutura e é a contenção afetiva fornecida neste momento é que vai capacitar a criança a se reorganizar, a aprender que os problemas tem solução, o que vai lhe propiciar mais tarde a capacidade de reorganização nas situações desestruturantes de frustração e conflito, na vida adulta. É aqui que se aprende a organizar o mundo, segundo Rosset (2003) isto se aprende tendo um adulto que ensine pela fala e pelo exemplo. Organizar, estruturar o mundo da criança é ter com ela horários, fluxos, regras, espaços definidos; é auxiliá-la a diferenciar não só o seu mundo familiar, mas toda família extensa, seus sentimentos e comportamentos.

Quando na função materna, faz-se a tarefa de nutrição e organização, está se desenvolvendo o vínculo afetivo, o que vai proporcionar à criança, a capacidade de vincular-se com outras pessoas ao longo da vida (Padilha, 2004), bem como ser fundamento para sua autonomia.

Esta função é exercida quando se dispensa à criança os cuidados básicos de alimentação, higiene, calor, aconchego; quando se pega no colo nos momentos de tristeza, de dor, ou que só se quer colo; quando se protege alguém, se cuida da roupa ou da alimentação, quando se toca, se beija e se fala através do afeto (Rosset 2003).

A função materna, segundo Grassano (1997), é a responsável pela sobrevivência física e psicológica da criança, capacitando-a para se auto-estimar, se auto-organizar, para que possa, mais tarde, amar e cuidar tanto de si quanto dos outros.

- Função Paterna

A função paterna segundo Grassano (1997) é a que garante a Vivência no mundo. Segundo Padilha (2004) esta função tem o objetivo de preparar a pessoa para enfrentar o mundo lá fora e tem a tarefa de dar direção, limite e proteção ensinando à criança a viver no mundo, potencializando-a para direcionar seus caminhos profissionais e afetivos, perceber seus limites e se autoproteger.

Segundo Rosset (2003) esta função significa a lei, a organização, estrutura, palavra, autoridade; está ligada ao crescimento, leva à aprendizagem e ensina regras e limites.

Esta função começa a ser exercida já na gravidez quando o pai “grávido” protege a “mãe”, estabelecendo fronteiras entre ela e o social (Padilha 2004). Na relação direta com a criança, começa a ser desempenhada quando a criança inicia seu processo de interação social, e se lança para agir no mundo, onde precisa de limites, inclusive para garantir a própria sobrevivência já iniciada na função materna, desta maneira começa a experenciar o mundo, porém, protegida e direcionada pelos limites dados.

O limite e a proteção fortalecem a direção e vice-versa, possibilitando a vivência no mundo. Segundo Padilha (2004) a pessoa que tiver internalizado as atribuições da função paterna de limite, proteção e direção não será uma ameaça a sociedade, pois terá aprendido a respeitar regras, a não invadir o território do outro, saberá perseguir uma meta.

Esta função é desempenhada, segundo Rosset (2204), quando se ensina alguém; quando se define e se mantém os limites, quando se compreende e se cumprem as regras, quando se ensina alguém a consertar algo, a organizar alguma coisa, a fazer uma atividade; entre outras situações.

- Função de Casal

A função casal, segundo Grassano (1997), é a que garante a Convivência no mundo e tem a propósito de desenvolver a afetividade, sexualidade e companheirismo.

O casal constitui para os filhos um modelo de relação íntima, é aqui que a criança vai aprender a se relacionar com os outros e a desenvolver o espírito de companheirismo e de solidariedade.

Segundo Minuchin e Fishman (1990) é no relacionamento do casal que a criança percebe os meios de expressar afeto, de se relacionar com um parceiro em dificuldades e de lidar com o conflito de iguais, o que ela vê torna-se parte de seus valores e expectativas quando entrar em contato com o mundo exterior.

É na relação de casal ou “dos maiores” que a criança visualiza, aprende e internaliza as formas de se relacionar, o respeito ou não ao outro, as diferenças, enfim as modalidades de relacionamentos entre iguais.

Esta função está sendo desempenhada internamente na família quando a criança vê seus pais (ou os adultos de referência) lidando com suas diferenças, negociando valores e crenças, chegando a acordos ou não, como um cuida ou não do outro, entre outros; esta função é aprendida também quando a criança vivencia a forma como os pais lidam com os diferentes, com as diferenças culturais, econômicas e sociais existentes na sociedade.

FUNÇÃO INTEGRATIVA DO LÍDER *

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