Fusão Santander
Pesquisas Acadêmicas: Fusão Santander. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: JPNARI • 25/11/2013 • 1.872 Palavras (8 Páginas) • 551 Visualizações
RESUMO
O estudo de caso descreve a fusão/incorporação entre os bancos Santander e Real, que utiliza desse método absorvido pelas empresas do século XXI. Com base na história das instituições fusionadas, mostraremos quais as vantagens e desvantagens de adotar tal processo.
Contudo, mostraremos como esse processo de fusões/incorporações vem sendo utilizados nos últimos dez anos com maior frequência no mercado mundial, e como vem influenciando as empresas principalmente no setor bancário a adquirirem essa estratégia.
INTRODUÇÃO
O ambiente corporativo vem se reestruturando e obrigando as empresas a adotar estratégias que promovam mudanças capazes de melhorar sua competitividade, ou, pelo menos, garantir sua sobrevivência no mercado. No setor bancário, a situação não é diferente. Sob os olhares atentos das autoridades monetárias, bancos privados concorrem entre si, buscando eficiência e um melhor posicionamento entre seus pares. Dentre as ferramentas utilizadas para atingir seus objetivos, a estratégia da fusão é uma realidade no sistema financeiro brasileiro. O foco deste trabalho é descrever a incorporação do Banco Santander pelo Banco Real, destacando a importância do processo e a estratégia adotada pela organização.
OBJETIVO GERAL
O objetivo geral é mostrar as causas e os efeitos, sob o ponto de vista econômico, da fusão dos Bancos Santander e Real, como uma estratégia de crescimento da empresa no mercado financeiro.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Estudar as instituições envolvidas nesta incorporação;
• Identificar os fatores que levaram o grupo adotar tal estratégia;
• Entender a influência dessa tendência de megafusões no limiar do século XXI.
PROBLEMÁTICA (SITUAÇÃO-PROBLEMA)
O que leva uma organização importante como o Grupo Santander a adotar a estratégia de incorporação/ fusão empresarial?
REFERENCIAL TEÓRICO
De acordo com Getman (2004) fusão é uma aquisição que ocorre quando duas ou mais empresas se unem e a empresa resultante mantém a identidade de uma delas. Em geral os ativos e passivos da empresa menor são incorporados aos do maior. A fusão, por outro lado, envolve a junção de duas ou mais empresas para formar uma sociedade completamente nova, que absorve os ativos e os passivos das empresas pelas quais formadas.
As fusões são realizadas por razoes estratégicas ou financeiras. As fusões estratégicas visão à obtenção de economias de escala de diversos tipos, mediante a eliminação de funções redundantes. Objetivam também o aumento da participação no mercado, a melhoria do acesso a matérias-primas e da distribuição de produtos acabados, e assim por diante. Nessas fusões, as operações das empresas compradora e visada são combinadas de certo modo para produzir economias e, com isso, fazer com que o desempenho da nova empresa seja superior ao das empresas preexistente à fusão.
As fusões financeiras, por outro lado, baseiam-se na aquisição de empresas que podem ser reestruturadas para melhorar seu fluxo de caixa. Essas fusões envolvem a aquisição da empresa visada por um comprador, que pode ser outra empresa ou um grupo de investidores – muitas vezes, os próprios administradores da empresa. O objetivo do comprador é cortar custos drasticamente e desfazer-se de ativos improdutivos ou incompatíveis para aumentar o fluxo de caixa. O maior fluxo de caixa é usado para custear o serviço da divida volumosa que é assumida para financiar tais transações. As fusões financeiras não se baseiam na capacidade de geração de economias de escala e sim de crença, pelo comprador, de que a reestruturação liberara valor do oculto na empresa.
As empresas se fundem para atingir certos objetivos. O objetivo primordial é a maximização da riqueza dos proprietários, refletida no preço da ação da empresa compradora. Motivos mais específicos incluem: crescimento ou diversificação Sinergia, captação de fundos, obtenção de capacidade gerencial ou tecnologia, considerações fiscais, aumento de liquidez para os proprietários e defesa contra aquisições hostis. Eles devem ser perseguidos quando se acredita que são coerentes com a maximização da riqueza dos proprietários.
As empresas que desejam crescimento rápido em termos de tamanho ou participação no mercado, ou diversificação em termos de amplitude de produtos, podem concluir que uma fusão pode ser o caminho para atingir esse objetivo. ( Gitman, 2004, p.606)
DESENVOLVIMENTO (ANÁLISE DA SITUAÇÃO PROBLEMA)
Em julho de 1998, o grupo holandês ABN Amro comprou o Banco Real de seu antigo controlador, e em 2000 aconteceu a integração dos dois bancos. A compra foi concluída em novembro, quando o ABN compra também o Bandepe. A integração com Real ocorreu apenas em 2000. Em 2003, o ABN Amro Real pagou o grupo Italiano Intensa e anunciou a compra do Banco Sudameris Brasil, porém a integração total entre os bancos ocorreu apenas em 2007. Ainda em 2007, no mês de outubro, o banco holandês ABN Amro foi vendido a um consórcio formado pelo Espanhol Santander, pelo escocês RBS (Royal Bank off Scotland) e pelo belgo-holandês Fortis, pelo valor de 71 bilhões de euros (aproximadamente R$ 181 bilhões), o maior negócio da história da indústria bancária no mundo.
Desde sua constituição em 15/05/1957 o banco Santander vem ocupando grandes espaços com suas origens de um banco aberto ao exterior. A partir do século XX iniciou-se um grande crescimento, o banco dobrou seu balanço, ampliou seu capital, aumentou sua receita, sua rentabilidade posicionou-se acima da média das sociedades de crédito espanholas. Em 1994 o grupo chega a ocupar a primeira posição do mercado espanhol. A segunda grande expansão na América Latina em 1995 permite desenvolver negócios na Argentina, Brasil, Colômbia, México, Peru e Venezuela.
O Santander possui um vasto histórico de aquisições de bancos locais e várias aquisições de bancos no exterior. Em novembro de 2000, o Santander venceu o leilão e adquiriu o Banco Banespa, símbolo do processo de privatização dos bancos estaduais na década de 1990, que pertencia ao governo paulista e era, na época, um dos cinco maiores banco do país.
Em 25 de julho de 2008, iniciou-se
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